Amor Ou Dinheiro? - CONCLUÍDO

s e t e n t a e c i n c o

- Lavínia Narrando -

- Você tem certeza disso? - Ethan me pergunta pela centésima vez.

Eu estava decidida. Iria contar para o fbi o que tinha acontecido, só que omitiria a parte do pesadelo.

Na real mesmo só queria dar uma luz para eles, eles estão perdidos nessa investigação.

- Tenho. O máximo que pode acontecer é eles nos expulsarem de lá. - Falo dando a mão para o Ethan.

São 6 horas da manhã, acordamos no primeiro horário. Aliás, nem dormimos depois do pesadelo.

Entramos na sede do FBI e logo somos recepcionados.

- O que devo a honra da visita de vocês? - O cara que algemou Ethan pergunta e eu tomo a iniciativa.

- Estamos aqui pra falar com o chefe da investigação. - Digo e ele solta um risonho de deboche.

- Ele está ocupado, descobriram mais três corpos. - Ele diz e na mesma hora fico ofegante.

O agente do FBI me olha preocupado.

- Eu disse, eu falei que ele mataria de novo. - Falo ofegante.

O ar parecia não chegar aos meus pulmões e Ethan me olhava preocupado tentando me acalmar.

- Lavínia, não passa mal agora. - Ethan dizia mas não entrava na minha mente.

Minha respiração estava fora do normal, a ansiedade, o medo me alcançou.

- EI, TRAGAM UMA CADEIRA DE RODAS AQUI. TEMOS UMA GRÁVIDA PASSANDO MAL. - O agente do FBI diz levando tudo a sério.

Logo trazem uma cadeira de rodas e eles me levam para uma sala mais calma.

Ethan me entrega um copo d'água e eu bebo tentando me acalmar um pouco.

- O que deu na sua cabeça de trazer sua mulher grávida para a sede do FBI? Você está louco? - O agente fala.

- Ela ordenou. Você não tem ideia do que é conviver com uma mulher mandona, ela manda e eu obedeço. - Ethan diz e me acalmo com sua fala um pouco.

- O que vocês querem aqui? - Ele pergunta virado para mim e eu respiro fundo, ficando mais calma.

- Eu vou ser sincera. - falo e acabo de beber a água enquanto o agente me olha apreensivo. - Eu tenho certeza de quem é o assassino.

- Tem provas? - o agente pergunta.

- Será que você pode ao menos ouvir ela? Deixa ela falar! - Ethan o enfrenta e me surpreendo com isso.

- Você tem um minuto. - Ele diz e se senta na minha frente.

- Quem é o principal de vocês agora? - pergunto. - É o Ethan? Pode falar, não vai sair daqui, prometo. - Ele me olha receoso mas prossegue.

- Não, já descartamos essa possibilidade. Estamos investigando outra pessoa. - Ele diz.

- É o Paul? - Pergunto.

- Não. - Ele responde seriamente.

- Então vocês estão indo pelo lado errado. - Falo e ele solta uma risada pelo nariz. - Você pode pelo menos me ouvir?

- Você tem provas? Por que de nada adianta se não tem provas. Não podemos começar uma investigação sem provas. - Ele diz.

- E qual prova você tinha sobre Ethan quando decidiu algema-lo? - pergunto seriamente.

- Ele é dono do programa, a repercussão seria enorme e fora que ele tinha brigado com Gabriel duas vezes. - Ele fala gesticulando.

- Ok. Se isso pra vocês são provas ou motivos, vou te dar alguns para ir atrás do Paul, por que eu tenho certeza que ele é o assassino. - Falo e Ethan me olha orgulhoso.

- Ok, pode falar. - O agente diz pegando um papel e caneta.

- Assim que o programa se iniciou teve eliminação, Paul foi eliminado logo de cara, ele ameaçou o apresentador, disse que iria se vingar e todos riram dele. No momento eu não acreditei, mas foi quando teve a primeira morte e quando ele foi no enterro do apresentador. Estava tudo muito conturbado mas eu consegui ver o olhar dele de alegria pela morte do apresentador. Fora que o assassino tá fazendo tudo isso para chamar minha atenção e Paul me mandava mensagens todos os dias até eu me casar com Ethan. - Falo tudo para que ele entenda. - Eu juro que se vocês investigarem, procurar álibi e essas coisas, vão descobrir quem é o assassino, o Paul. - digo e ele anota tudo.

- E por que você está fazendo isso? - Ele me pergunta.

- Por que se alguém que eu amo se ferir eu vou me sentir culpada, muito culpada por não ter feito nada. - Falo sincera.

- Ok, vamos começar uma investigação sobre ele. Obrigado por isso. - Ele diz e aperta minha mão.

- Quem foi que morreu? - pergunto com medo de sua resposta.

- David, Dayan e Diana. - Ele diz e meu coração se aperta. - Preciso ir. Até.

- até. - Falamos em uníssono.