A ultima live

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Narrado em terceira pessoa
Após o encontro emocionante no aeroporto, Boun e Prem eram oficialmente um casal. Claro que Bui azucrinou Pirat para ameaçar Boun de morte iminente, assim como este fazia com Mike, mas Pirat estava mais do que feliz por ver seus amigos e seu irmão amando e sendo correspondidos. Pirat sentia em seu coração que havia feito o que podia para honrar a memória de Dan. Seus planos futuros incluíam terminar a faculdade e sair do país. Ele não havia dito nada a ninguém, sabendo que ficariam tristes, mas ele precisava de um recomeço em outro lugar, onde nada o lembrasse do amor perdido, embora o amor seguisse com ele aonde fosse. Pirat não tinha a menor intenção de se relacionar com alguém. Ele tinha certeza de que seria o solteiro do grupo e estava bem com isso.

Distraído, ele acaba esbarrando em alguém, fazendo a pessoa perder o equilíbrio e quase cair. Rápido, ele segura a cintura esguia e um delicioso cheiro de lavanda invade suas narinas.

- Me desculpe! Eu machuquei você?

- Eu que peço desculpas! Estava distraído.

O rapaz à sua frente é franzino, baixo e tem os olhos mais azuis que Pirat viu na vida. O sotaque dizia que ele não era dali.

- Meu nome é Pirat, sou aluno da engenharia. Como se chama?

- Sou David. Aluno de intercâmbio de Relações Internacionais. Sou originalmente da Inglaterra. Todos me chamam de Dave.

- Muito prazer, Dave. Tenho uma amiga em Relações internacionais. Se chama Jiwamn.

- O prazer é todo meu, Pirat. Eu a conheci ontem. Todos são muito gentis.

- Eu vou falar com ela para ficar de olho em você e ajudá-lo.

- Eu agradeço muito. Estou indo tomar café da manhã. Está ocupado? Gostaria de ir comigo? Eu cheguei há dois dias e não ainda não fiz amizades por aqui.

- Pois acabou de fazer uma! Venha comigo, vou apresentá-lo aos meus amigos.

Pirat sempre fora simpático e gentil com todos, mas havia algo em Dave que o fazia querer ficar por perto o máximo de tempo possível. Os olhos, o sorriso, a doçura e a sinceridade que via em Dave o atraíam como mariposa à luz. Dave era lindo. E o coração de Pirat palpitava desesperadamente. Após um café da manhã divertido, Pirat foi para as aulas com um enorme sorriso no rosto. Por causa de Dave. Tudo por causa de Dave. Foi quando a primeira onda de culpa e desespero bateu. Ele não podia fazer isso com Dan! Ele era um traidor. Depois de tudo que seu amado passou ele precisava se manter fiel à memória dele e não começar a pensar em outra pessoa. Não! Ele realmente não podia.

Só que o mal já estava feito. Dave se tornou presença constante e bastante amigo de todos no grupo. As semanas passavam e Pirat tentava se afastar o máximo que podia, mas parecia que Dave apenas se aproximava de forma sorrateira, tomando-lhe os pensamentos e o coração. Num dia em que todos estavam almoçando juntos, Dave segura sua mão e Pirat não consegue se afastar. Mas seu coração está dividido. Ele não se acha no direito de ser feliz se Dan já não está mais ali. É quando Kit passa pelo grupo e olha as mãos de Dave e Pirat entrelaçadas. No mesmo instante Pirat congela e se afasta. Não que Kit tenha feito alguma coisa. Pelo contrário. Ele sorriu e cumprimentou a todos como de costume, indo em direção às salas de aula. Pirat pede licença e segue Kit, sem realmente saber o que dizer. Kit era o melhor amigo de Dan, afinal. Correndo, Pirat consegue alcançá-lo e, sem fôlego, chama seu nome.

- Kit!

- Oh, Pirat, o que houve? Não estava almoçando com seus amigos?

- Eu... bem, você sabe...

- Qual é o problema, Pirat? Você está pálido! Venha sentar-se!

Kit o leva para um banco em frente à sala de Aço e Madeira. O corredor está vazio então eles podem falar livremente.

Amor em vôoOnde histórias criam vida. Descubra agora