Capítulo 2

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Gizelly Bicalho | Point Of View

O grande ápice da sua decadência ou o grandioso ato final da peça da sua vida, com certeza absoluta é ter que voltar para casa dos seus pais. Aos 27 anos de idade foi a única opção que tive após aquela noite fatídica de domingo, pois ficar naquele apartamento não era uma opção.

Passei a noite em claro arquitetando tudo que eu iria fazer a partir de agora, salvei cuidadosamente todas as gravações que provam a traição de Marcela. Fiz algumas cópias de segurança para garantir que se ela tentar virar o jogo contra mim, eu terei como desmascarar ela na frente de tudo e de todos.

Na segunda-feira à noite foi quando a bomba estourou, chegar com as minhas malas na casa de meus pais foi um baque para eles. Não tão maior quanto foi o baque quando eu contei a eles que eu e Marcela estávamos separadas, juro que se não soubesse da veracidade das reações de minha mãe, com toda certeza Hollywood estava desperdiçando uma grande atriz digna de um Oscar pelo drama.

Explicar para meus pais, minhas irmãs e cunhada que meu relacionamento perfeito de quase dez anos havia acabado e ainda ter que interpretar algo que não era verdade, foi difícil.

Durante a tarde de segunda-feira eu me sentei com Marcela para conversarmos, mais calma eu decidi que não valia a pena tornar o nosso fim de casamento um escândalo na mídia. Marcela parecia agradecida, a imagem dela hoje era mais importante do que qualquer coisa. Era de interesse dela que as imagens da vulgaridade cometida por ela naquele apartamento não fosse a público, desmoronando toda a postura que ela criou.

Fiz questão de mostrá-la as gravações que cuidadosamente e deixei bem claro que as imagens estão guardadas em lugares seguros e de fácil acesso para mim e um outro contato de segurança. E tendo a prova de que falava sério sobre as câmera e as filmagens ela quase se ajoelhou implorando para que eu não expor toda aquela baixaria.

Foi ali então que nós em comum acordo redigimos um termo de separação que no dia seguinte, passaria pelo juiz, para enfim eu me livrar daquela puta. Era também de meu interesse que toda aquela merda não fosse jogada no ventilador, não queria ter que passar por corna para minha família, amigos e funcionários. Sem contar que toda essa merda de alguma maneira ia acabar vazando e a notícia que Gizelly Bicalho era a corna mansa do ano, estaria estampado nas capas revistas, jornais e sites de fofoca.

Como eu não conseguiria mais viver naquele apartamento, cedi ele a Marcela assim como todas as coisas que dei a ela. Pra mim não faria sentido ter tudo guardado como uma lembrança dos anos de chifre que aguentei enganada, tão pouco queria o dinheiro daquilo caso eu vendesse. Era sujo demais para mim. Nossa conta conjunta foi fechada e dividida ao meio, não era grandes coisas já que não deixei meu real patrimônio nessa conta. E após lermos tudo e combinar que para todos diríamos que não nos amávamos mais e que tínhamos pretensões de vida diferentes, assinamos o contrato. Peguei tudo que me pertencia e com ajuda dos seguranças e uma pequena equipe de mudanças, saí daquele apartamento de cabeça erguida e decidida a voltar ser quem eu era antes e nunca mais deixar ninguém me passar a perna como Marcela um dia fez.

– Bom dia mamãe. - Desejei dando um beijo a cabeça da minha mãe. - Bom dia papai. - Fiz o mesmo com meu pai, antes de me sentar junto a eles à mesa de café da manhã.

– Dormiu bem minha filha? - Meu pai perguntou me servindo de achocolatado.

– Como a dias não dormia pai. - Falei contente porque eu amava achocolatado e amava mais ainda tomar nas minhas canecas de lego.

– Toma, a mamãe fez ovos mexidos e panquecas especialmente para você. - Minha mãe falou me servindo, mas notei que ela estava meio triste, assim como o meu pai.

Shameless (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora