Capítulo 16

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Rafa Kalimann | Point Of View


– Rafinha... que camisa eu coloco? – Me virei para atrás e vi Gizelly parada com uma camisa rosa claro e outra preta.

– Coloca a preta, vai combinar com meu vestido. – Disse e ela jogou a outra camisa na cama e vestiu a que eu escolhi.

– Ficou bom? – Ela perguntou quando terminou de abotoar a camisa.

– Está linda. – Sorri para ela que retribuiu com um sorriso bobo.

– Você está um espetáculo. – Ela veio e me abraçou por trás. – Mais tarde quero tirar peça por peça e te comer bem devagar, estou com saudades da sua bucetinha.

– Não faz assim... - Falei toda manhosa já sentindo meu corpo se arrepiar.

– Tudo bem, tá pronta? - Ela perguntou beijando meu ombro, eu fiz que sim com a cabeça. – Então vamos tomar café da manhã. – Ela me puxou para fora do quarto.

Antes de descermos as escadas Gizelly me soltou, combinamos que tínhamos que manter a discrição perto das pessoas. Entramos na sala de jantar e o café da manhã já estava à mesa e Maria terminava de ajeitar tudo.

– Bom dia, meninas - Maria desejou sorrindo.

– Muy buenos días María! – Gizelly toda animadinha abraçou e beijou a mais velha.

– ¿Cuánta animación mi pequeña. - Maria sorriu e beijou Gizelly. – Me desculpe Rafaella, às vezes esqueço que nem todo mundo fala espanhol. – Maria me olhou um pouco sem graça.

– Está bien, María, hablé un poco de español. – Falei me sentando e vendo as duas mulheres me olharem surpresa.

– Así que está bien, jahora come! – Ela mandou.

– Não sabia que você é fluente em espanhol. – Gizelly falou assim que Maria nos deixou a sós.

– Eu falo cinco línguas, Inglês, Espanhol, Francês, Alemão e Português, seis com a minha língua materna. E como sabe nós constantemente precisamos lidar com pessoas de outros países por causa do trabalho, mas confesso que aprendi espanhol porque acho uma língua muito sexy. – Expliquei entregando a taça com salada de frutas para ela.

– Uau Rafa! – Gizelly estava muito surpresa. – Mas então... você acha a língua espanhola sexy? – Me perguntou com um sorriso safado.

– Amo, principalmente quando falado ao pé do ouvido. – Provoquei piscando para ela.

Nosso café da manhã foi regado a frases de duplo e triplo sentido, dava pra sentir a aura sexual que corria entre nós duas. Seguimos para o último dia de convenção, no uber, eu aproveitei para falar com Manu e Ale, e responder as mensagens da minha mãe que apenas me informava que tinha pegado meu carro emprestado já que o dela e o do papai foram levados para serem blindados.

Passamos o dia todo entre palestras e conversas com vários outros advogados, pegamos panfletos de algumas propostas para melhorar a qualidade e dinâmica da empresa. Gizelly e eu estávamos bastante empolgadas para mostrar essas propostas para os nossos pais e ter o aval deles para implementá-las.

A empolgação era tanta que nossa aura sexual foi deixada de lado e passamos o dia todo falando de trabalho, no final do dia estávamos no uber e Gizelly ia em uma conversa animada com o pai e eu me ocupava em ouvir como havia sido o dia do meu menino. E foi ali dentro do uber que meu coração se apertou em saudades do meu pequeno, queria tê-lo aqui comigo, aposto que meu ragazzo adoraria ir à praia.

– Mama eu estou com muita saudade, eu vou com a vovó te buscar. – Meu pequeno sorriu, ele estava com as bochechas e ponta do nariz vermelhas pelo frio que fazia em New York.

Shameless (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora