Rafa Kalimann | Point Of View
– Mama, onde estamos indo? - Yudi perguntou enquanto eu terminava de abotoar a camisa dele.
– Vamos jantar na casa do Otto e da Márcia – Expliquei calmamente.
– Lá vai ter outras crianças? - Ele me olhou esperançoso.
– Acho que não filho... - Respondi tentando imaginar se Bianca e a esposa ou a irmã de Gizelly tem filhos.
– Entendi. - Vi sua tristeza, eu sabia que jantares assim, sem crianças era um martírio para ele.
– Mas você pode levar o videogame que o tio Júlio te deu. – Tentei animá-lo.
– Mas eu já usei minha cota de eletrônicos no dia, mama. – Ele explicou.
Eu não era uma mãe antiquada que não gosta que seus filhos tenham acesso à tecnologia logo cedo, mas também não poderia deixar meu filho tão novo já se viciar e criar dependência de eletrônicos para tudo. Por isso defini que Yudi todos os dias tem duas horas para usar seus eletrônicos, e aos fins de semana eu dava uma hora de bônus. Finalizado essas horas de uso, ele partia para outras coisas, como um simples jogo de tabuleiro por exemplo.
Saímos de casa na companhia de Ale, seguimos pelas ruas de New York sendo seguidos pelos nossos seguranças e o carro do meu pai logo a frente nos guiando até a casa dos Bicalho.
Fomos recebidos na casa dos Bicalho com bastante alegria, Márcia, em minha primeira impressão se mostrou ser uma mulher espirituosa. As apresentações foram feitas ainda na porta da casa, quando entramos conhecemos a esposa de Bianca e a outra irmã de Gizelly e sua cunhada.
Todos ficaram encantados com a beleza de Yudi e a educação do meu filho, devo confessar que não consegui tirar o sorriso bobo dos lábios.
– Eu gosto muito desse jogo mas eu tenho vídeo game na televisão enorme da sala, eu amo Super Mario. – Gizelly conversava com Yudi, eles pareciam ter feito amizade ao encontrar um gosto em comum.
– Mama me deixa usar eletrônicos somente um tempo, eu também amo Mário mas se eu jogo ele primeiro passo o tempo todo jogando ele e quando meu tempo acaba, eu vi que nem joguei outra coisa. – Yudi explica e Gizelly assente.
– Eu nunca entendi direito esse jogo... - Dei de ombros.
– Lá vem a Rafaella com as suas teorias para acabar com a graça do jogo. – Júlio resmungou e eu ri dando de ombros.
– Mas você tem que gostar de Mário, Rafaella. – Gizelly me olhava chocada.
– Por que eu tenho que gostar? - Questionei para ver o que ela ia responder, estava realmente interessada.
– E lá vamos nós... – Ale brincou rindo com Manu.
– Você é italiana, certo? – Gizelly perguntou.
– Sim... - Balancei a cabeça confirmando.
– O Mário e o Luigi são italianos, você deveria gostar deles. Eles são heróis! - Ela falou como se fosse óbvio e Júlio apontou para ela me encarando.
– Viu só Rafa, finalmente alguém que entende das coisas. – Júlio falou exasperado.
– Heróis. – Fiz pouco caso. – Eles só vencem o Bowser porque ele é um vilão idiota. - Só falei isso para deixar os dois irritados.
– O quê? Brincou. O Bowser é um super vilão além de construir um castelo para manter a princesa Peach presa, ele ainda consegue arquitetar um plano para dominar o mundo. – Sarah entra na nossa pequena discussão.
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Shameless (Girafa)
FanfictionGizelly Bicalho acaba de sofrer uma grande desilusão na sua vida, com a descoberta da traição de sua esposa. Envergonhada e revoltada com toda situação, ela conhece o furacão chamado Rafaella Kalimann. Italiana sangue quente, Rafaella Kalimann vai v...