Capítulo 58

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— Ah, qual é! Fala logo onde tá a porra do dinheiro.— Jennie disse entediada, parecia irritada. Estava com uma arma, apontando bem na cabeça de um político.

Jennie estava na sala de Jung Kyungdo, um político conhecido da Coreia, sentada bem em cima da mesa do homem, enquanto ele estava sentado na cadeira. Ele havia em dívida com a Yakuza, seja comprando drogas ou pedindo dinheiro emprego, porém não pagou. Então Jennie estava lá para cobrar. Parecia impaciente com a arma.

O político estava suando frio, suas mãos estavam levantadas e fazia uma expressão de medo.

— Não fode comigo, irmão. Eu sei que você tem dinheiro pra pagar!— Jennie disse inquieta.— Cenoura, achou alguma coisa?

— Eu já disse que eu não concordei com esses nomes. E não, não achei. Não tá nem atrás dos quadros.— Jungkook disse suspirando irritado.— Atira logo nesse filho da puta, morango! A gente tem que voltar ou com dinheiro ou com a cabeça dele!

— Ah, cara! Você rouba tanto! Você é tão corrupto que dói! Ainda quer enganar dizendo que você não tem dinheiro?— Jennie disse irritada.— Se você não disser onde tá eu atiro.

— V-Você não faria isso, eu tenho poder suficiente pra fazer a Coreia toda ir atrás de vocês!— Kyungdo ameaçou.

Jennie olhou para Jungkook por alguns segundos, eles se encararam e olharam de volta para o político, sorrindo e dando altas gargalhadas. Jennie até limpou uma lágrima que caiu de tanto rir. O político ficou visivelmente confuso e desconfortável com a situação.

— Ai, você é engraçado.— Jennie disse com um sorrisinho presunçoso.— Você tá falando isso pra gente da Yakuza? Olha esse cara, cenoura! Eu vou explodir a cabeça desse filho da puta!

Jennie destravou a arma a empurrou na cabeça do homem, que se desesperou.

— Tá bom! Tá bom! Tá em baixo da minha estante de livros!— O político gritou. Jennie travou a mandíbula.

— Cenoura, vai olhar lá.

Jungkook se abaixou, não vendo nada, então decidiu empurrar a estante, encontrando a maleta debaixo dela. Jungkook se abaixou, sorriu e abriu a maleta, vendo inúmeras notas de dinheiro em espécie. Jungkook pegou um bolo e levantou.

— Morango, saca só o que eu achei.

Jennie olhou e sorriu. Jungkook colocou de volta na mala e se levantou a pegando.

— Ah, isso é incrível!— Jennie travou a arma de novo e saiu de cima da mesa.— Se você tivesse dito antes, pouparia nosso tempo.

— Vocês vão pagar! A polícia vai pegar vocês!— Kyungdo disse. Jennie e Jungkook riram enquanto saiam pela sala.

— Sinto muito, no momento só tem uma policial que me pega. O resto tem medo.— Jennie disse com um sorriso presunçoso. Jungkook apenas fez uma careta.

— Não faça mais negócios com a gente se não for pagar. Eu não sou tão bondoso quanto a moranguinho aqui.— Jungkook disse fazendo uma arma com os dedos e atirando, rindo da expressão assustada do político.— Vamos embora.

— É pra já, cenourinha.

— Eu já disse pra parar de me chamar assim.

Ao entrarem no carro, Jennie riu, deixando Jungkook confuso.

— Isso foi estranho, não é do sei feitio ir pra missões que a gente pode ter que matar alguém.— Jungkook disse.

— Todas as nossas missões a gente pode ter que matar alguém, idiota.— Jennie suspirou.— O que me deixa melhor é o nosso plano.

— Você sabe que vai ser a primeira pessoa que você vai matar, né?— Jungkook perguntou abrindo o porta-luvas e pegando chiclete, que por sinal era de Jennie.

— Aham, mas se eu não matar, ele me mata.— Jennie sorriu.— Se a justiça vier me contestar sobre isso eu vou dizer que foi defesa pessoal. Simples.

Jungkook encarou Jennie por alguns segundos, parecia querer dizer algo ou contestar o que Jennie disse, mas se absteve em apenas suspirar e começar a mascar o chiclete.

— Tá, né.

— Eu só precisava de você. Nós mataremos ele em breve, pode até ser amanhã se possível.— Jennie disse pegando um chiclete também.

Jungkook deu de ombros e ligou o carro, indo em direção ao hotel.

[...]

— Você tá pensando no que?— Lisa gritou no telefone.

— Matar meu pai.— Jennie disse calma, deitada em sua cama e com um pirulito de morango na boca.— O que você acha?

— Acho que você só pode tá ficando louca!— Lisa disse em um tom alto.— Como você acha que vai fazer isso?

— Tô bolando um plano aí. Enfim, você vai me ajudar?— Jennie perguntou enrolando seu cabelo no dedo. Lisa deu um breve suspiro.

— E o que que eu vou ter que fazer?— Lisa perguntou se questionando se era uma boa ideia aceitar, mas já sabia a resposta.

— Hum... isso eu te digo depois.— Jennie disse rindo.

— Jennie, eu sou policial. Tipo, matar pessoas é totalmente o contrário da minha conduta.— Lisa disse suspirando.

— Hum... tem como eu dizer que foi legítima defesa se eu matar ele?— Jennie perguntou curiosa.

— Bem... até tem, mas...

— Que bom que você sabe! Seu pai era advogado, né? Você só me ajuda.

— Não é assim que funciona!— Lisa disse irritada, mas logo suspirou novamente.

— Tá suspirando muito hoje, amor.— Jennie disse com um sorrisinho.

— Verdade! Nem é como se a minha namorada não estivesse tentando fazer outro plano suicida, pra variar.— Lisa disse irônica, fazendo Jennie rir.

— Sério, Liz. Obrigada por aguentar namorar comigo.— Jennie disse com uma voz calma e um sorrisinho.— Você não merecia namorar a filha de um bandido que praticamente mantém ela em cárcere privado. Você merecia uma filhinha de papai que fosse uma boa namorada e ter uma vida calma.

— Ei, não fala isso.— Lisa a repreendeu.— Você é boa pra mim, eu não quero nada além de você. Claro que eu quero uma vida tranquila, mas seria bem melhor se fosse do seu lado. Eu te amo, Jennie.

Jennie sorriu e se virou de bruços na cama com um sorrisinho bobo nos lábios.

— Eu também te amo, Lisa.— Jennie disse rindo.

— Você vai viver uma vida tranquila, eu prometo.— Lisa disse.

— Se eu sobreviver, né.

— Você prometeu que não me deixaria, lembra?— Lisa murmurou.— Não fala essas coisas.

— Eu vou ficar viva, não se preocupa.— Jennie riu.— Quem não vai é meu pai, pode ter certeza.

— Enfim, vai me contar o plano ou não?

Jennie olhou para os lados e para cima verificando se havia alguma câmera em seu quarto, para somente assim começar a falar sobre seu plano.

— Então, amanhã ele vai inspecionar um laboratório de drogas que fica num barco. Vai ser uma ótima oportunidade. Quando ele menos esperar eu aponto a arma pra ele e depois jogo o corpo na água.— Jennie disse dando de ombros.— Sem provas, sem condenação.

— E onde que eu entro aí?— Lisa perguntou.

— Vou precisar de ajuda pra destruir todo o laboratório. Botar fogo em um barco e sumir com as testemunhas.— Jennie disse.

— O seu irmão não pode te ajudar com isso?— Lisa perguntou.

— E se eu morrer, ein?

— Você tá jogando sujo.— Lisa disse emburrada.— Tá certo! Eu vou! Mas se der errado eu vou chamar reforço.

— Ótimo! Por mim tudo bem!— Jennie riu.

A Police Officer and a Delinquent | Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora