Capítulo 111-"Romaniz Leto"

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Um silêncio toma conta da sala. Após alguns segundos os aventureiros respondem todos juntos a pergunta de Dominic, nenhum deles viu um deus antes. Dominic diz que talvez eles saibam sobre o "alvo" deles.

Dillinger continua e explica porque trouxe os três. Thetsy é um grande filósofo, conhecedor dos mais diversos assuntos, e sua capacidade logística e entusiasmo pode ajudá-los na busca por mais informações. O muskin pede que o chamem de "Jano" de agora em diante.

O rei também apresenta Eliphas Finrod, um antigo colega dele mestrado em artes arcanas. O elfo negro faz uma saudação silenciosa com a cabeça para os outros na mesa. Dominic continua falando sobre o "alvo" deles, um homem perigoso porém que pode ajuda-los de alguma forma, seu nome é Romaniz Leto.

Bralith reconhece esse nome, um dos bruxos mais famosos da face da terra, sua fama é equiparavel se não superior a fama de Dante Agaures. Ele não tem nenhum feito em batalha e nunca foi visto em uma também, ele não é um aventureiro e não faz parte de uma guilda ou grupo super poderoso, ele é um bruxo que fez um pacto com um deus.

Assim como Dante, Romaniz Leto consegue trocar de lugar com o deus do qual fez o pacto, similar a relação de Dante e Shahar. De um ponto de vista ele é basicamente um deus na terra. Se Dante já é forte com um demônio, imagina alguém com um pacto divino, é por isso que a Ilha de Kefala decidiu dar a ele um palácio com as maiores mordomias e especiarias, entretanto ele está preso lá até o fim de sua existência.

Tarz indaga: se ele é um deus, não faz sentido tentar prende-lo, mas Dominic explica que ele funciona de forma similar a Dante, o portador pode trocar de lugar com o ser, então atualmente quem esta em posse do corpo é Romaniz, não o deus. Bralith pergunta quanto tempo o tal deus ficaria na posse do corpo de Romaniz, mas Dominic não sabe dizer ao certo.

O homem continua dizendo que apesar das poucas informações sobre ele, essa é a melhor chance do grupo, afinal ele é pactuado com o deus da Névoa e da Morte, Guardiã da Passagem para o Pós-Vida: Lynie.

Roghar se lembra de já ter visto alguns seguidores da Lynie (por ser um deus ele/ela não recebe gênero, sendo usado tanto o artigo "a" quanto "o") em cemitérios e enterros. O draconato entende a ideia de Dominic, ele quer ouvir do próprio deus da morte o que eles podem fazer para reverter a morte de Rylthar e Dante. Não é atoa que é perigoso, por isso eles devem convence-lo de alguma forma.

O guerreiro pergunta se eles devem sacrificar alguém, mas Dominic diz assustado que ele nunca falou sobre isso. O que ele sabe é que o tal deus gosta de mancenilheiras, uma fruta super tóxica. A Aurora Negra está disposta a correr o risco, então Dominic diz que preparou uma excursão até Kefala (a Aurora Negra já foi até a ilha, mas todos, com excessão de Rylthar, acharam ela muito chata). Enquanto Dominic e os aventureiros irão até Romaniz Leto, Thetsy e Eliphas falarão com Gringo para tentar convence-lo de ajudar no plano. Dominic finaliza lembrando que isso é o máximo que ele pode fazer pela Aurora. Tarz lembra que se Gringo não quiser colaborar ele pode usar seu Anel de Jivin e entrar na mente do mago.

Terminada a reunião e traçado um plano o grupo é levado por Lapolas até uma sala com um símbolo arcano desenhado no chão, aquele é um círculo arcano de teleporte rápido. O grupo pisa no símbolo e poucos segundos depois se vê em um local completamente diferente. Eles estão em uma área aberta com um gramado bem cuidado e diversas palmeiras. O local onde pisam parece uma pista de pouso com o chão em lajotas bem trabalhadas, nelas escrita o mesmo símbolo de antes.

Seguindo o caminho eles vêem um grande castelo bem estilizado. Ao lado de Roghar, Bralith e Tarz estão Dominic, Lapolas e Dillinger, que acompanham os aventureiros para eventuais problemas. Na frente deles uma pessoa espera para recepcionalos, uma meia orc com uma armadura dourada e um cabelo lambido para o lado esquerdo,

A mulher sauda Dominic, que responde com outra saudação. Ela se apresenta como Tamra Gajazara. Tarz confunde o nome dela com "tanga" e ela se queixa com raiva que isso acontece o tempo todo, então repete seu nome até eles entenderem. Roghar e Bralith também se apresentam.

Tamra começa com os avisos. Ela é a responsável pela segurança dos visitantes e é a "guarda-costas" de Romaniz, ou no caso a pessoa encarregada de prende-lo lá. Apesar disso ela não garante que eles podem sair vivos do local, afinal dependendo das circunstâncias nem ela será capaz de fazer algo. Bralith dá um passo a frente afirmando que não tem mais nada a perder. A morte de seus amigos definitivamente o abalou. Tarz acompanha o volda e diz que essa é a coisa certa a se fazer, Roghar e os outros seguem os dois.

"Já que vocês não tem nenhum apego pela vida: à porta a frente."

Old Dragon: Aurora NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora