Capítulo 108-"Báu de informações"

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O túnel que Dante esta é uma espécie de buraco móvel que fica ondulando pra cima e pra baixo de maneira disconexa. O tiefling não consegue ver seu próprio corpo afinal está apenas em consciência lá. O túnel tem uma palheta preta total com unicos pontos brancos divergentes e desconexos. O bruxo não sabe quanto tempo passou nesse vórtice, afinal não tem nada para constar a passagem de tempo, então ele apenas fica lá, vagando, sozinho (ele não está com Shahar).

Após um tempo indeterminado o tiefling vê uma luz no fim do túnel, caindo em um local estranho. O chão abaixo dele é invisível, na realidade parece mais que o bruxo está caminhando num chão transparente no meio do universo, afinal em volta dele tem uma grande imensidão preta onde reluzem e piscam varios símbolos brancos, varias palavras desconexas que Dante não consegue entender. A tal dimensão parece ser infinita.

Na frente de Dante está um grande dragão negro deitado no chão, olhando para o tiefling com seu pescoço arqueado. Na frente do dragão duas pessoas que ele conhece bem: uma, para alegria de Dante, é Rylthar Tlin'orzza e a outra, para o desespero dele, é Agnes Agate.

O artífice conversava com o dragão negro e é surpreendido por um tiefling batendo com a cara no chão invisível. Preocupado o elfo negro pergunta:

"E ai, conseguiram impedir Gringo?"

"Eu pareço ter conseguido?"

Rylthar fica em silêncio graças a constatação do companheiro.

Os três aventureiros olham em volta, alguns símbolos ficam aparecendo e saindo, quebrando e voltando, tanto em cima quanto abaixo quanto ao lado deles, em todo o lugar. Os símbolos estão em uma língua que nem Rylthar nem Agnes sabem, são apenas símbolos desconexos e misteriosos.

Os ferimentos tanto dos membros da Aurora Negra quanto da calamidade sumiram completamente. Eles não sentem fadiga, fome, cansaço nem dor, na realidade eles não sentem nada. Rylthar respira fundo tentando entender o que está acontecendo, sua alma de investigador começa a aparecer.

O artífice olha para o dragão negro e pergunta o que está acontecendo, já se desculpando pela intromissão. Agnes olha em volta constando o quanto o local é bonito, mas no meio de sua passada com os olhos ela nota Dante. A calamidade busca sua Sheol, mas a arma não está com ela, e depois busca pegar sua Mara, que também não está la. Rylthar diz que os dois não tem motivos para entrar em guerra agora, eles tem problemas maiores.

O tiefling ignora a arqui-rival e se foca nas palavras que aparecem no ar. Rylthar e Agnes não parecem entende-las, mas Dante consegue as ver, muito graças as suas habilidades mágicas de bruxo. As palarvas variam entre nome de pessoas, raças, lugares, coisas, comidas, fórmulas químicas, eventos da natureza e etc. O local parece ser um grande báu de informações do mundo. Pouco a pouco Dante começa a entender que o local onde estão não é normal, há algo maior ali.

Rylthar se vira para o dragão e, de maneira cordial e educada, pergunta se ele pode ilumina-los da situação atual. Ele não parece muito consciente, na realidade parece justamente o contrário disso. O dragão abre suas asas e dá um rasante para baixo, ultrapassando a "barreira invisível" do chão. Ele parece estar fugindo, isso é o que os três aventureiros pensam, porém o dragão voa para cima para ganhar velocidade e então vai na direção dos três invasores, pronto para destrui-los com uma única mordida.

Os dois arqui-rivais não tem tempo de reagir, apenas colocando seus braços na frente do rosto por instinto. Apenas Rylthar pula fora do alcance da mordida do dragão, que é impedido por alguém que se coloca na frente do golpe.

A pessoa que se coloca na frente do golpe usa apenas uma calça preta, deixando o tórax exposto. Seu corpo é bem definido, relativamente musculoso, e é acompanhado de um cabelo curto preto e desgrenhado e uma barba igualmente dessarumada.

"Oh visitantes! Opa, olá!"

O homem na frente do dragão é o ex-líder da Novarum Jivis: Mitra.

Old Dragon: Aurora NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora