Capítulo 119-"Horizonte de possibilidades"

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Durante três dias Tarz e Thetsy se focam em ajudar Eliphas com a assimilação das fórmulas arcanas nas anotações de Gringo, essa era só a base para depois entender o processo total e enfim a criação da porta dimensional para o local. É ai que mora o problema: eles teriam que criar uma porta para o local, ela nunca foi sequer feita antes, ninguém chegou na dimensão desse modo, portanto era um horizonte de possibilidades totalmente novo. Nesses estudos Tarz aprende bastante sobre arcananismo e magia, coisas que nunca aprenderia antes pois as presenças de Dante e Rytlhar faziam essa função no grupo.

No quarto dia Eliphas consegue fazer a primeira tentativa para um portal. O único mago do grupo abre uma porta dimensional para a Dimensão Arcana, o escolhido para a patrulha foi Galahed Pasqual, que volta dizendo que o local que foi era, na realidade, uma dimensão de vacas voadoras. Primeira falha.

No quinto dia Eliphas tenta mais uma vez sumonar um portal para a dimensão arcana. Asterios foi o encarregado de olhar, mas Bralith estava empolgado demais e vai também. Os dois voltam cobertos de tentaculos e sangue azul, aquela não era a Dimensão Arcana. Segunda falha.

No sexto dia Eliphas testou mais uma vez. O portal não deu nem chance para alguém entrar pois tudo em volta começou a ser puxado por uma forte gravidade. O elfo negro foi obrigado a fechar o portal se não o castelo inteiro seria levado. Terceira falha.

No sexto dia, após varias tentativas e erros, Eliphas testa o portal em uma ruina isolada, nos subúrbios de Albalos, acompanhado de Thetsy, Tarz e Lapolas. No final da tarde eles voltam suados até o rei.

"Funcionou."

O rei convoca o resto dos suditos e também os envolvidos. Na mesa em que sempre discutem os planos o rei abre o jogo a todos os presentes: ele não sabe se conseguirá levar todos os seus suditos na missão. O rei já pagou o que devia e não quer correr o risco de perder nenhum de seus preciosos súditos, e ele deixa isso bem claro para a Aurora Negra, Eliphas e Thetsy. Tarz compreende, o rei já fez bastante coisas por eles.

Dillinger se direciona a Bralith e diz que eles ainda tem algo a discutir. Galahed entrega ao volda um montante com adornos dourados e uma lâmina negra. O paladino pergunta o que ela faz, mas o humano não sabe ao certo. Se ele não sabe, então basta testa-la. O volda ruma até a sacada mais próxima e gira a espada na mão, se acostumando com sua empunhadura.

O céu está nublado, não é possivel ver a lua lá fora. Bralith está no andar mais alto do castelo, a quase cem metros do nível do mar. O volda balança a espada e fecha seus olhos e pensa na mesma sensação de quando usa seu Escudo da Fé, e então ataca com sua arma.

O coração de Bralith dispara, uma dor toma conta de seu corpo. Quando o volda abre seus olhos as nuvens que antes tapavam a lua já não estão mais la, agora o astro era visível. O balançar da espada de Bralith limpara os céus. O ar em volta de Bralith emana raios negros, raios esses que lembram a Herakles de Nabu.

Asterios se aproxima e pergunta se ele gostou, o volda gira a espada e responde que sim, é perceptível na entonação o palpitar de empolgação do seu coração. Asterios explica que quando ele e Lapolas vasculhavam os destroços do castelo ele encontrou a arma de Nabu e decidiu reaproveita-la, aprimorando um pouco suas capacidades. Agora ela é da posse de Bralith, que agradece e da soquinho de cumprimento para o minotauro, que responde o soquinho.

O paladino apenas se lembra de um problema na fabricação do item: se o volda usar demais a arma ele terá uma diarreia. Agora o volda está meio decepcionado, suspira e apenas torce que Rylthar consiga fazer algo a respeito sobre isso.

Após o teste Eliphas chama todos para as ruinas: é chegada a hora de se aventurar na Dimensão Arcana.

Old Dragon: Aurora NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora