Parte 5

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Sakura ficou surpresa ao encontrar a refeição noturna na sala de jantar, e não na pequena mesa da cozinha. Porém, ficou ainda mais chocada ao ver Sasuke sentado à cabeceira da mesa retangular, vestindo uma camisa branca impecável, os cabelos escuros emoldurando o maxilar delineado. A primeira aparição dele no jantar. Quando ela notou apenas dois pratos à mesa, perguntou:

– Tsunade não vai jantar conosco?

– Ela já jantou. Está de partida. – Outra surpresa, uma que Sakura não tinha certeza se gostava.

– Para onde ela vai?

– Por que não pergunta a ela?

– Eu perguntarei. – e saiu.

Na cozinha, Sakura encontrou Tsunade guardando alguma coisa na geladeira, e uma sacola de lona no chão, não muito longe.

– Indo a algum lugar? – Tsunade fechou a geladeira e virou-se para Sakura com um sorriso.

– Visitar meu irmão e meus sobrinhos fora da cidade. Partirei assim que acabar aqui. Tem um carro esperando para me levar ao aeroporto.

– Quando você decidiu fazer isso? – Sakura percebeu o tom ansioso e tentou amenizá-lo ao acrescentar: – Não me lembro de você ter falado em viagem... – Tsunade pegou um pano de prato e enxugou as mãos.

– Porque eu só decidi ir esta tarde.

– Não é uma emergência familiar, espero.

– Não, querida. Apenas uma visita que estou devendo há muito tempo. Ficarei fora uma ou duas semanas no máximo.

– Uma ou duas semanas? – Sakura resistiu a contorcer as mãos de nervosismo. De repente, ficaria sozinha em casa com Sasuke. Apesar de a ideia preocupá-la também lhe causou grande excitação.

– Quando você voltar, precisamos discutir alguns detalhes sobre a restauração. Tenho algumas ideias que gostaria de compartilhar com você.

– Será um prazer. – Tsunade pegou sua sacola de lona e gesticulou para a geladeira. – Preparei diversas refeições para vocês esquentarem. Apenas se certifique de que ele coma de vez em quando. Sasuke perdeu muito peso ultimamente. Está magro demais. – Sasuke podia ter perdido peso, mas Sakura não o descreveria como magro.

– Eu tentarei, mas não sei se terei muito sucesso.

– Apenas tente. O resto depende dele. – Tsunade deu um tapinha de carinho no rosto de Sakura. – Agora, me leve até a porta, sim?, depois vocês podem comer, antes que esfrie. – Em silêncio, elas atravessaram a sala de jantar, onde Sasuke ainda estava sentado, depois a pintura dos anjos no hall da sala.

Já na porta da frente, Tsunade voltou-se para Sakura com preocupação nos olhos. – Lembre-se do que eu lhe disse. Não ceda aos desejos de Sasuke. Não permita que ele a convença de tudo.

– Não se preocupe – replicou Sakura. – Eu não sou o tipo de pessoa que faz o que não quer. Não nesta vida. Não mais.

–E não se preocupe, pois Sasuke não lhe causará mal algum.

– É bom saber disso – quando Tsunade desviou o olhar, Sakura perguntou: – O que você está me ocultando, Tsunade?

– Ele é um homem muito persuasivo. Muitas mulheres podem atestar isso. Mas ninguém conhece o homem verdadeiro por trás daquele exterior endurecido. Cuide de proteger seu coração. – Sakura deu uma risada sem humor.

– Acredite, Tsunade, apaixonar-me é a última coisa em que penso. Vamos apenas dizer que estou calejada no que diz respeito a esse tipo de coisa.

– Apaixonar-se nem sempre é uma coisa horrível. – Tsunade observou-a com expressão pensativa. – Mas agora que penso sobre isso, talvez você seja a pessoa.

Incontrolável - SasuSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora