Part 7

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CAPÍTULO 7

Na manhã seguinte, Sakura precisava de alguma coisa para fazer, além de se preocupar com Sasuke. Por isso, optou por explorar o sótão no terceiro andar, dando apenas uma breve olhada para a porta fechada do escritório de Sasuke antes de localizar a entrada do sótão. Depois da noite anterior, ela concluíra que tinha sido muito dócil. Muito obediente. Era hora de assumir o controle.

Ao abrir a porta do sótão, encontrou outra escadaria e acendeu a única lâmpada que estava pendurada no teto alto. A cada passo que dava, um mau presságio a assolava. Censurou-se pela reação exagerada e continuou, incerta do que acharia lá. Com sorte, não ratos e aranhas. Ou almas penadas.

Abriu uma segunda porta e adentrou a área que atravessava a extensão da casa. Embora raios de luz se infiltrassem pelas janelas de teto, o lugar ainda retinha uma atmosfera sombria, desde os pisos de madeira gasta até as teias de aranhas nos cantos. Uma pilha de tábuas perto de uma janela imediatamente chamou a atenção dela e, após alguma investigação, ela descobriu diversas cadeiras e mesas rachadas, como se alguém tivesse usado um martelo sobre elas. Alguém que obviamente não gostava dos móveis ou que escolhera descontar a raiva nas antiguidades.

Calafrios percorreram sua coluna, e Sakura tirou a atenção dos móveis para examinar as duas caixas do outro lado do cômodo. Deparou-se com uma mina de ouro... várias peças de porcelana chinesa e objetos de cristal, todos cuidadosamente embalados em pano branco... um contraste total com a destruição. Todavia, ela não achou diários ou outras peças do passado. E não estava disposta a procurar mais pistas no momento.

Após organizar as caixas, saiu do sótão e foi para o cômodo que Tsunade alegara ter sido um quarto de bebê, um dia... um lugar mais alegre, esperava. Mais uma vez, parou do lado de fora do escritório de Sasuke e pensou em bater, até que ouviu o som de conversa abafada. Aparentemente, ele estava ao telefone, então ela decidiu não perturbá-lo.

Abriu a porta para um quarto grande, pintado de amarelo brilhante, com a luz do sol entrando pelas janelas sem cortinas e enviando um brilho dourado nas paredes. No canto, jazia um pequeno berço e uma cadeira de balanço solitária. Quando ela atravessou o quarto e se aproximou do berço, uma forte onda de tristeza inundou-a. Talvez este cômodo também tivesse sido o lugar de alguma tragédia e ela detestava pensar que tal tragédia envolvesse uma criança.

O toque de seu telefone trouxe-a de volta para o presente. Ela tirou o celular do bolso. - Alô.

- Oi, Sakura. Você está ocupada?

Não. Na verdade, eu ia ligar para você. Achei algumas peças de porcelana chinesa que gostaria que desse uma olhada, quando tiver tempo.

- Estarei fora da cidade até o fim da semana que vem, mas traga as peças depois disso. E estou ligando porque acho que encontrei alguém que talvez possa ajudá-la com a história da casa.

A notícia definitivamente elevou o otimismo de Sakura.

- Quem?

- Ele se chama Caneb e mora numa comunidade em Vila da Folha. Eu não tenho o endereço exato, mas não deve ser difícil achar.

Não muitas informações, mas Sakura estava disposta a tentar. Se ela saísse agora, chegaria lá antes do almoço. E, se tivesse sorte, resolveria pelo menos um mistério hoje.

- Obrigada. Você veio em meu socorro novamente.

- De nada. Como está indo o trabalho?

O trabalho estava indo bem. Já o relacionamento com Sasuke estava indo para lugares que provavelmente não deveria.

Incontrolável - SasuSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora