silent cry - seungmin + jeongin

07

JEONGIN
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Voltamos para os nossos quartos quando o relógio de Bang Chan marcou 01 da manhã. Foi uma madrugada divertida, mas tudo veio a tona quando eu me vi sozinho no quarto.

Betty bateu na porta do meu quarto as 6:20, me levantei da cama e tirei o pijama que haviam me dado para vestir. Vesti uma das mudas de roupa que mamãe havia colocado na minha mala e a segui até onde era o lugar para receber ligações.

Me sentei de frente para o telefone fixo e me acalmei quando ouvi a voz da minha irmã.

— Oi, meu amor. Como você está, Innie?

— Estou bem... Como estão as coisas em casa?

— Não faço ideia, para ser honesta. — suspirou. — Eu saí de casa assim que eles levaram você.

— Seol, onde você está? Ainda não é maior de idade...

— Estou na casa da vovó, Innie. Não se preocupe comigo, estou bem. A vovó quis matá-lo quando descobriu o que ele fez com você.

— Você não devia ter contado.

— É claro que eu devia, ela merece saber como o filho é um monstro. Innie, quero te prometer uma coisa...

— Você não precisa.

— Preciso. Você acha que consegue aguentar dois meses aí?

— Seol-ah...

— Você sabe, faltam dois meses até eu fazer 19 anos. Eu irei te tirar daí assim que isso acontecer, mas preciso saber que você irá aguentar.

— Você não pode fazer isso, se nem a vovó se atreve a enfrentá-lo, por que você iria?

— Por que eu não tenho medo dele, Jeongin. O que ele poderia fazer comigo? Me expulsar de casa? Ótimo, já fui embora. Não me deixar assumir a empresa? Quem liga, nunca foi o que eu quis. Me afastar da mamãe? Certo, eu consigo vê-la escondida. Mas se tem uma coisa que eu não vou permitir que ele faça, é tirar você de mim.

— Você não pode se arriscar assim. Ele ainda é meu pai...

— Não é, meu amor. Um pai nunca faria isso com o seu próprio filho. Eu sei que você o ama isso e caramba, eu aprecio muito a sua inocência de continuar amando-o mesmo depois dele ter feito isso com você, mas você não pode viver assim. Eu não vou te deixar viver assim.

— Você tem certeza disso?

— Eu nunca estive tão certa de algo antes. Eu prometo, ok?

— Tudo bem, eu confio em você.

— Eu fico feliz.

— Seol, acho que fiz novos "amigos".

— Isso é ótimo, meu anjo. Por que... eles estão aí?

— Um tem transtorno alimentar, outros depressão e outros ansiedade, em um grau severo pelo que me disseram e o outro... tentou suicídio.

— Oh, meu Deus. Eles estão melhores?

— Pelo que parece, sim. Eles são legais e engraçados.

— Fico feliz que sejam legais. Se algo acontecer, você pode me ligar, ok? Vou deixar sempre o telefone ligado.

— Não posso usar sempre o telefone.

— Eu sei disso, bobinho. Aquele homem proibiu. Mas olhe o fundo da sua mala, mamãe e eu colocamos um de reserva lá.

— Vocês são incríveis.

— Eu sei. Estou com saudades, pirralho.

— Eu também. Muita.

— Te verei em breve, seja forte.

— Por você?

— Deveria ser por você em primeiro lugar, mas tudo bem. Eu amo você, Innie.

— Eu também amo você, Seol.