Capítulo V - Colônia Teimosa: Parte 1 (narrado por pérola)

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     O planeta Fleba-oot, 3° planeta mais distante da estrela Crônion, no terceiro quadrante da Galáxia, é observado pelas gems há cerca de 3 anos e estava finalmente pronto para a pré-colonização. A visualização da superfície era para ter sido feita através da base lunar, porém o orbe da sala de observação apresentava defeito e mostrava inconsistência nas projeções como imagens duplicadas, com atraso ou até perda do sinal. Por isso, optaram por prosseguir em terra para que a conquista do planeta não demorasse muito mais.

     Diamante Azul não queria que houvesse atrasos no cronograma, então designou uma Demantoide para liderar a exploração a pé (rumores dizem que essa pressa toda se deve a uma pequena competição entre ela e Diamante Amarelo de "quem conquista mais rápido"). Por ser um planeta grande para se percorrer assim, Demantoide escalou uma equipe grande para que cobrisse mais áreas e, consequentemente, levasse menos tempo.

     Apesar de ser perigoso explorar um planeta desconhecido, as habilidades dos gems os tornam naturalmente resistentes. E somadas a essas características, temos ótimas estratégias táticas para garantir máxima segurança e eficácia nas nossas missões. Para o dia do mapeamento, foram designados 8 grupos para a checagem minuciosa de cada um dos 8 continentes do planeta. Cada grupo era formado por 1 opala, 5 amazonitas e 25 soldados Quartzo.

     As amazonitas eram responsáveis por observar, estudar, catalogar e reportar toda forma de vida orgânica existente na biosfera para garantir que nenhuma dessas espécies representava nenhum perigo à colonização. Os soldados eram responsáveis por escoltar as amazonitas e garantir que a pesquisa fosse bem sucedida. As Opalas eram responsáveis por reunir e reportar todos os dados coletados para a líder da missão.

     Quando todas as frotas já estavam dentro da nave-mãe da Demantoide, ela iniciou a revisão da missão:

-   Escutem, Gems. A missão de vocês é estudar o planeta. Opalas, liderem suas frotas, garantam a eficiência e tragam os dados para mim no fim dos períodos de pesquisas. Amazonitas, não se distraiam com os detalhes dos orgânicos; apenas determinem se é perigoso ou não. Soldados, protejam suas amazonitas com as suas vidas, elas valem mais do que vocês. Diamante Azul quer que essa missão seja o mais breve possível. Então mantenham o foco, a agilidade e a eficácia. Agora vão.

     Assim que terminou a revisão, mandou que cada um dos grupos se dirigisse a uma das naves exploratórias e partiram para o seu respectivo continente.

     Quando as naves pousaram, as opalas dividiram seus grupos em equipes menores de 5/1 (5 soldados para 1 amazonita) e as dispersaram mandando cada uma para uma direção diferente, sempre visando uma missão rápida e eficaz.

     Na primeira semana de registro, tudo correu perfeitamente bem. Cada grupo reportou cerca de 3 mil espécimes para a sua opala e durante a revisão dos dados houveram apenas 247 espécies em comum entre cada reportagem, ou seja, foram descobertos 2.753 novos seres daquele planeta. Mas ainda sem sinal de vida inteligente ou que ameace a colonização.

     Na segunda semana de registro, começaram parte da exploração oceânica do planeta. Descobriram que lá estão as maiores formas de vida e, embora alguns possam estilhaçar gems, não são capazes de ir para o ambiente terrestre. Nesse período, foram descobertos mais 3.158 novos espécimes e apenas 425 deles são capazes de transitar entre água e terra. Mas ainda sem sinal de vida inteligente ou que ameace a colonização.

     Continuaram assim até a décima segunda semana de registro. Até então tínhamos cerca de 38 mil espécimes catalogados. Todos eram adaptados às adversidades climáticas e predatórias do próprio planeta, mas sem nenhum tipo de defesa contra gems.

     Estávamos perto de terminar a missão e era quase um sinal verde para o início da colonização. Até que duas ametistas foram vistas correndo desesperadamente de volta para a nave de exploração.

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