06 | A cinco passos de você

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"É um clássico erro meu

Alguém me dá amor

E eu jogo tudo fora

Me diga, eu enlouqueci? (...)

Às vezes você tem que perder alguém

Só para descobrir que você realmente alguém" - Lose Somebody (Kygo feat. OneRepublic)

 OneRepublic)

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Charles

Baku, Azerbaijão

A comunicação era a primeira coisa que nós realmente aprendíamos na vida. O engraçado era que, quanto mais crescíamos, aprendíamos as nossas palavras e realmente começávamos a falar, mais difícil se tornava saber o que dizer. Ou como pedir o que realmente precisávamos. Ou expressão como nos sentíamos.

Naquele dia, no final da etapa em Baku, onde tudo deu errado, eu me sentia frustrado, desconcentrado, irritado... 

Mas havia um sentimento que eu não sabia descrever o que era, apenas sabia que ele aumentou após a discussão com Felicite.

Eu não esperava que ela viesse atrás de mim como fizera. Na verdade, eu não esperava que ela falasse comigo. Mas ela veio e eu fiquei tão irritado pela vitória ter escapado das minhas mãos pela segunda vez consecutiva, que eu sabia que descontaria a minha raiva na primeira pessoa que aparecesse em meu caminho.

Essa pessoa, infelizmente, acabou sendo Felicite Vezzini, e ela...

Ela era a protagonista de todos os meus problemas, justamente por não conseguir encontrar uma solução. Quando, no fundo, eu sabia que a solução era exatamente a italiana.

Mas nós dois... A ideia de nós dois mais uma vez...

Era infundada, incabível. 

Havia muita mágoa guardada, muitas coisas não ditas, muitos sentimentos reprimidos e nós éramos muito bons em guardar o que sentíamos.

Porque mesmo depois de quatro anos, mesmo eu estando em um relacionamento que era bom na medida do possível, mesmo estando conquistando todos os meus objetivos na vida, Felicite Vezzini ainda era a responsável por todos os tipos de sentimentos que lutavam dentro de mim. E isso...

Era a pior coisa que poderia acontecer comigo.

Me lembrava do Charles de antes.

O Charles que sentia demais, mesmo quando não queria sentir.

O Charles que não precisava entrar em um carro em alta velocidade para sentir o mínimo de adrenalina e um frio da barriga, que o mostrava que ele ainda era humano e tinha sentimentos.

The Last TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora