04 | A linha tênue

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"Lutar com um amor verdadeiro é como lutar boxe sem luvas

Química até explodir, até que não haja mais nós

Por que eu tive que quebrar o que eu tanto amo?

Está na sua cara

E eu sou a culpada, eu preciso dizer

Ei, é tudo culpa minha, na minha cabeça

Fui eu quem nos incendiou" - Afterglow (Taylor Swift)

Fui eu quem nos incendiou" - Afterglow (Taylor Swift)

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Felicite

Barcelona, Espanha

Algumas centenas de anos atrás, Benjamin Franklin compartilhou com o mundo o seu segredo. Ele disse: "não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje". Depois que ele descobriu a eletricidade, as pessoas passaram a escutá-lo.

Mesmo assim, os seres humanos ainda tinham a chata mania de adiantar as coisas.

Se me perguntassem sobre isso, eu diria que o adiantamento das coisas estava muitas vezes ligado ao sentimento de medo. Nós éramos cercados por medos: medo do fracasso; medo da rejeição; medo de tomar decisões erradas.

Essa era a mais tenebrosa. Pelo menos, para mim.

E se uma decisão que eu tomei estivesse errada e mudasse o rumo de todas as coisas que eu pensei em minha vida? E se eu estivesse cometendo o maior erro da minha vida ao tomar tal decisão?

Todos nós já ouvimos os provérbios, ouvimos os filósofos, ouvimos os nossos avós nos alertando sobre o tempo perdido. Ouvimos, até mesmo, os malditos poetas nos exortando a aproveitar o dia e os momentos.

Ainda assim, às vezes tínhamos que ver por nós mesmos.

Tínhamos que cometer os nossos próprios erros. Aprender as nossas próprias lições. Varrer a possibilidade de hoje para debaixo do tapete de amanhã até não podermos mais. Até finalmente entendermos por nós mesmos o que Benjamin Franklin realmente quis dizer:

Que saber era melhor do que imaginar. Que acordar era melhor do que dormir. E mesmo o maior fracasso, mesmo o pior, superava o fato de nunca tentar.

Essas perguntas e essas analogias rondavam a minha cabeça desde que eu tinha pisado no paddock na última etapa em Miami, quando a ficha de que eu aceitara a proposta de Pepe finalmente caiu.

O problema era que duas semanas se passaram desde o Grande Prêmio em Miami, e eu ainda não sabia se estar ali era o melhor no momento.

Passei o crachá autorizando a minha entrada no paddock em Barcelona. Tudo recomeçaria mais uma vez naquele sábado quente e ensolarado no autódromo da Catalunha, e eu precisava me mostrar inabalável para fazer o meu trabalho com maestria.

The Last TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora