14 | Um dia

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"Você é o hábito que eu não consigo quebrar

Você é o sentimento que eu não consigo largar

Você é o arrepio que eu não consigo afastar

Você é o hábito que eu não consigo quebrar" - Habit (Louis Tomlinson)

Você é o hábito que eu não consigo quebrar" - Habit (Louis Tomlinson)

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Charles

Silverstone, Inglaterra

Uma semana se passara desde que Felicite e eu dissemos um para o outro que não iríamos nos afastar, mesmo que não soubéssemos o que aquela nova atmosfera entre nós significava. Só que nós sabíamos que ter o outro era a somatória perfeita para a confusão, e mesmo assim, estávamos nos metendo naquilo. E nós não tivemos muito tempo para conversarmos desde então.

Depois da etapa de Mônaco, Felicite voltou para Formigine e eu fiquei em Monte Carlo, resolvendo outros assuntos do trabalho a pedido de Mia. Em todos aqueles dias, eu apenas vira Fizzy quando a equipe chegou a Silverstone. Mas não trocamos qualquer palavra, porque aquele seria um dos Grandes Prêmios mais corridos para nós dois. Fora tudo aquilo, eu ainda precisava me concentrar para realizar uma boa prova, apagar os resultados desastrosos de Barcelona e Baku, e mostrar que depois de Monte Carlo, a Ferrari tinha voltado aos trilhos e eu precisava ter mais um resultado promissor seguido.

A etapa de Silverstone era para ser a minha melhor chance de recuperar os pontos que perdemos e voltar  ao primeiro lugar no campeonato. O carro estava confiável e veloz o suficiente para ganharmos mais uma vez. As atualizações foram bem sucedidas, os erros encontrados por Felicite consertados e não apareceram desde Mônaco. Tínhamos tudo para voltar a ser apontados como a equipe campeã daquele ano.

Só que ninguém previu que erro daquela vez seria justamente da estratégia do time.

Aquilo era frustrante em tantos níveis, que seria impossível colocar em palavras.

E eu estava cansado.

Tão cansado que a única coisa que eu gostaria de fazer era simplesmente sumir e apenas aparecer quando fosse preciso, que no caso, seria na próxima etapa, em Spielberg.

Eu estava tentado a fazer aquilo, não tinha como negar, enquanto andava de um lado para o outro na minha sala reservada nas instalações da Ferrari, após ser liberado por Mia.

Aquela era para ter sido a minha corrida, mas não apenas a minha, a da Ferrari novamente. Poderíamos ter repetido o resultado da dobradinha de Mônaco, e levar para casa o máximo de pontos que uma etapa poderia nos garantir mais uma vez.

Mas, as estratégias escolhidas não pareceram favoráveis.

Ficou claro quando a equipe não me chamou para trocar os pneus gastos com a entrada do Safety Car, após o carro de Ocon parar na pista nas voltas finais. Quando a corrida voltou, foi inevitável ser ultrapassado por Carlos, e logo em seguida por Checo e Lewis.

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