capítulo 28🤠

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Giana Mello

Maratona 8/10

Estou me congelando parada debaixo de uma árvore, esperando a chuva parar para tentar voltar para casa.

Na verdade estou me cagando de medo dos relâmpagos, que acabei me abrigando debaixo de uma enorme árvore enquanto a chuva cai sem parar.

Solar me derrubou e sumiu aquela malvada. Por sorte não me machuquei na queda.

Já perdi as esperanças de Alex aparecer. Ele não deve ter saindo da baia por causa da chuva, então terei que ficar aqui até alguém aparecer para me socorrer. Se eu não morrer congelada ou torrada com um raio.

Meus ossos parecem que estão congelando, e já não sinto mais meus dedos das mãos. Por mais que abrace meu próprio corpo, está sendo impossível me aquecer.

Agora eu só queria um chocolate quente, e minha cama para me proteger do frio. Mas é impossível infelizmente.

Ou estou começando a delirar, ou acabei de escutar alguém gritando meu nome.

Olho em volta e não vejo ninguém, então aceito que estou ficando louca.

Mas de repente parece que a voz se aproxima mais de mim, então me levanto com dificuldade e olho em volta mais uma vez.

- Giana! - Escuto o grito mais próximo.

- Aqui! - Grito de volta.

Alguns segundos depois vejo Lary surgindo do meio da chuva montado em um cavalo negro. Ela para ao meu lado e pula do animal.

- Você está bem? - Pergunta preocupado.

- Es... estou co... com frio. - Digo com muito sacrifício.

- Vou te tirar daqui. - Ela me puxa para si.

Sei que não é o momento certo, mas ela está tão linda todo ensopado pela chuva que não consigo desviar o olhar.

Vamos. - Ela me ajuda a subir no cavalo. - Está perigo aqui.

Depois que Lary me coloca com facilidade em cima do cavalo, ela monta logo atrás de mim.

O animal pelo jeito não ficou muito animado por ter que carregar nós dois, e começa a sapatear.

Lary o controla com facilidade e ela começa a cavalgar logo em seguida.

Com uma das mãos Lary segura o cabresto do animal, com a outra ele envolve minha cintura e me segura firme contra seu corpo. Agora não sei ao certo se estou temendo de frio ou por causa da sua proximidade.

Não sei por quanto tempo andamos em meio a chuva, mas de longe vejo o que parece ser uma cabana velha.

- Lary. - Aponto para a cabana.

- É para lá mesmo que estamos indo. - Diz.

Não tenho idéia para que rumo fica o rancho, como também não tenho idéia se essa cabana pertence as minhas terras.

Quando chegamos ao nosso destino final, Lary pula do cavalo, e o puxa até uma pequena cocheira coberta. Logo em seguida ela me ajuda a descer do cavalo, mas não me coloca no chão.

- Lary...

Está tudo bem Gabrielly. - Ele me corta.

Ele caminha até a cabana, abre a porta e adentramos o lugar.

Não parece ser uma cabana abandonada. Tem uma cama e duas poltronas, uma pequena lareira, uma mesa com duas cadeiras e outros objetos.

- De quem é essa cabana? - Pergunto - curiosa.

- Minha. - Diz Lary.

- Por que tem uma cabana no meio do nada?

- Gosto de vir para cá para pensar. - Dá de ombros.

Lary caminha até a lareira, pega alguns pedaços de madeira, joga dentro e tenta acender o fogo.

Me assusto quando Lary começa a tirar suas roupas.

- O que está fazendo? - Pergunto de olhos arregalados.

É óbvio que ela está tirando as roupas, mas não deixo de fazer a pergunta estúpida.

- Tirando as roupas Giana. - Ela revira os olhos. - Tire as suas também, se não quiser pegar uma pneumonia.

Mas...

- Não é nada que eu já não tenha visto. - Ela sorri com malícia.

Não sei se xingo ela ou se continuo babando no seu corpo quase nu em minha frente.

Começo a tirar minhas roupas também, já que não estou afim de ficar doente.

Lary fica complemente nua em minha frente, então viro a cara para o lado envergonhada.

- Giana? - Lary me chama.

- Oi? - Continuo não olhando.

Sabe que está parecendo uma virgem, não sabe? - Ela ri baixinho.

O ignoro e continuo a tirar minhas roupas que estão coladas em meu corpo.

- Giana? - Lary me chama novamente.

O que foi? - Pergunto irritada.

- Você é virgem? - Ela pergunta.

Sua voz soa incrédula e zombeteira, o que me deixa ainda mais irritada.

- Não é da sua conta. - Retruco. - Agora feche os olhos.

Olho de relance para Lary para ver se
ela fechou os olhos, mas eles estão bem
abertos.

Com certeza estou parecendo um pimentão maduro. Estou morrendo de vergonha por ficar nua em sua frente mais uma vez.

- Me dê suas roupas. - Ela pede.

Faço o que ela pede, então Lary entende nossas roupas em uma cadeira e coloca perto da lareira.

Aproveito que ela está de costas para mim e observo seu corpo torneado em minha frente.

Lary se vira para mim de repente, então viro o rosto para o lado disfarçando.

- Pode olhar Giana. - Ela diz. - Não mordo... a não ser que queira.

- Eu... eu... - Não sei ao certo o que dizer. - Estou com frio. - Mudo de assunto.

- Gosto de ter você assim pertinho de mim. - Ela cochicha em meu ouvido.

- Lary...

- Eu sei que você também gosta. - Diz convencido.

É claro que gosto, mas não posso me dar ao luxo de me iludir com ela.

Arregalo os olhos com surpresa quando Lary rola por cima de mim e me encara de um jeito estranho.

- O que vai fazer? - Pergunto.

- Isso. - Ela leva seus lábios aos meus e me beija.

Eu sabia que não era uma boa idéia deitar em uma cama com Lary, mas acabei fazendo isso mesmo assim. E o que aconteceu em seguida não estava em meus planos, simplesmente aconteceu. E eu não fiz nada para impedir.

Uma cowgirl em minha vida (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora