capítulo 33🤠

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Giana Mello

Tento empurrar Mary, mais ela é mais forte que eu. Continuo a me debater contra seu aperto com muita dificuldade, mas não desisto de tentar.

De repente alguém me puxa para trás com brusquidão. Acabo desequilibrando mas não caio.

Só então percebo que Lary  já debutou Mary no chão e está lhe dando uma sequência de murros.

- Lary! - Tento separar a briga.

É em vão, pois ela continua socando a cara do Mary.

- Laryssa pare! - Grito alto.

Ela para e me olha com tanta fúria que chego dar um passo para trás, enquanto sinto meu coração na boca.

- Você deixou ela te beijar Giana? - Ela pergunta furioso.

- O quê?! - Pergunto incrédula. - Está louca?

Mamãe e Maria aparecem na sala e nos olham preocupadas.

- O que aconteceu? - Mamãe pergunta.

Não consigo dizer nada, pois minha voz sumiu.

Do nada me dá uma crise de choro, quando olho para Mary com o rosto todo ensanguentado, e sinto meu estômago embrulhar logo em seguida.

Era o sonho do meu pai que eu me formasse em Medicina, mas nunca tive estômago para ver sangue em minha frente.

Mamãe já corre para meu lado para me amparar, já que ela já sabe meu fraco para o lado de sangue.

- Ajuda ela. - Digo com a voz embargada.

Odeio Mary, mas vê-la toda ensanguentado me fez sentir pena. Sei que ela não merece nada de mim, mas vendo o estado dela nesse momento, está me deixando abalada.

Maria mexe em Mary que está desacordada, enquanto seu rosto parece que começou a sair mais sangue.

- Eu acho...

Não consigo dizer mais nada e tudo escurece em volta de mim.

[...]

Acordo assustada e percebo que estou no meu quarto, e apenas a luz do abajur está acessa.

Olho em volta e me deparo com Lary sentada na poltrona. Ela parece dormir, então a deixo quieta.

Tiro o cobertor de cima das pernas, e saio da cama. Sinto minha boca seca, então decido ir até a cozinha beber água.

Ainda sinto todo meu corpo trêmulo, mas decido continuar a caminhada até a cozinha.

Pego um copo no armário, logo em seguida abro a torneira e o encho de água.

Caminho até a varanda, e me sento em uma cadeira de balanço. Fico olhando para o horizonte enquanto bebo minha água.

Os galos já começaram a cantar, e o dia clarear. Coloco o copo no chão, logo em seguida abraço meu corpo, pois sinto um calafrio correr por minha espinha.

- Giana? - Lary me chama.

Continuo quieta, já que não estou nem um pouco afim de discutir nesse momento.

Lary senta ao meu lado, e fica me observando em silêncio.

- Você está bem? - Ela pergunta.

- Sim. - Digo apenas.

- Por que está aqui fora?

- Perdi o sono. - Dou de ombros.

Ao mesmo tempo que me sinto feliz por Lary me defender da Mary, estou a odiando por ter me perguntado se deixei Mary me beijar.

O que foi Gi? - Lary pergunta com irritação.

- Nada. - Falo.

· Está brava comigo por quê bati naquela merda?

Me levanto rápido e começo a andar para longe dela. Lary me segue de perto e não me deixa em paz.

- Por que quis que Mary ficasse em sua casa Lary? - Me viro para ela e pergunto.

- Queria ter certeza que você não a amava. - Diz. - Queria observa-las juntos.

- Você é burra? - Pergunto. - Não me ouviu dizer várias vezes seguidas que nunca amei Mary?

Passo a mão pelo rosto e suspiro frustrada.

- Então por que deixou ela te beijar? -
Retruca irritada.

- Eu não deixei ela me beijar! - Grito brava. - Mary me beijou a força, e toda essa merda teria sido evitada se ela tivesse ido embora!

Sabia que Lary estava tramando alguma coisa, sobre Mary permanecer no rancho. Mas não imaginei que ela pensava que eu amava aquela traste. Pensei que ela confiava em minha palavra, mas pelo que estou vendo estava errada.

Você parecia gostar do beijo. - Ela resmunga.

- Acha que eu seria tão burra de beijar minha ex, sabendo que você poderia entrar na sala a qualquer momento? - Pergunto incrédula. - Acha que sou tão baixa assim? Pelo que parece continuo sendo a vadia que você me chamou um dia.

Lhe dou as costas e começo a andar em direção a casa novamente, mas Lary segura meu braço me impedindo de continuar a andar.

- Gi...

- Achei que você confiava em mim, mas me enganei. - A corto. - Não vou ficar tentando explicar nada para você, pelo jeito já tem uma ótima opinião formada ao meu respeito.

Puxo meu braço do seu toque com brusquidão e continuo minha caminhada. De repente paro e digo:

- Pensei que você poderia me amar algum dia da mesma maneira que te amo. - Suspiro frustrada. - Mas acho que você não é capaz de tanto.

Quem ama confia. Não é isso o que dizem?

É óbvio que ficaria louca se visse outra mulher o beijando, mas acreditaria em sua palavra, pois veria em seus olhos se estava mentindo ou não.

Volto a caminhar, e dessa vez Lary não me interrompe de continuar a andar.

Provavelmente está em choque com a informação que acabei lhe dando.

Não imaginei que a primeira vez que fosse dizer a ela que o amava, seria logo após uma discussão.

Agora não sei ao certo o que será do nosso relacionamento. Não quero e não vou me envolver com uma mulher que não confia em mim, mesmo a amando loucamente.

Se Lary quiser continuar com nosso namoro, terá que aprender a confiar na minha palavra, e não me acusar de tudo sendo que a culpa não foi minha.

Eu sabia que era joguinho de Mary seus pedidos de desculpas, mas não imaginei que ela fosse me beijar. Mas eu deveria ter desconfiado que ela faria algo idiota, ela não iria desistir tão fácil de acabar com minha felicidade.

Fiquei em choque ao ver Lary a agredindo sem nenhuma piedade, e com toda certeza sei que ela mereceu cada murro que levou. Mas não consigo presenciar uma cena daquelas e não me sentir ruim. Posso parecer durona, mas na verdade sou uma bunda mole.

Ao entrar no meu quarto bato a porta com força e me jogo na cama em seguida.

Começo a chorar de raiva e desespero. Raiva por Lary não ter confiado em mim, e desespero porque pelo que estou vendo tudo foi por água abaixo, assim como eu estava pressentindo.

- Giana? - A porta do quarto é aberta e mamãe adentra o ambiente. - O que houve meu bem?

Ela senta ao meu lado e passa a mão por meus cabelos bagunçados.

- Acho que acabou mãe. - Digo entre as lágrimas. - Tudo acabou.

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Uma cowgirl em minha vida (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora