capítulo 24🤠

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Giana Mello

Maratona 4/10

- Relaxe. - Vitória cochicha em meu ouvido.

- Está com cara de quem vai matar alguém.

- Imaginação sua. - Reviro os olhos.

- Sei... - Sorri zombeteiro. - Não precisa mentir para mim.

Não estou mentindo. - Minto na maior cara de pau.

Com toda certeza eu quero matar alguém nesse momento, e esse alguém seria Lary e a loira aguada grudada nele.

- Apenas se divirta. - Diz Vit. - Tem muitas pessoas legais aqui.

- É o que pretendo. - Digo apenas.

Começo a olhar em volta, e percebo que conheço poucas das pessoas que estão no bar. Alguns trabalham no rancho, outros são vizinhos que já conheci.

A loira que está olhando para Lary como se ela fosse o bolo mais gostoso do mundo, nunca a vi. Deve ser a tal dona do bar.

- Giana, não é? - Pergunta alguém atrás de mim.

Me viro e me deparo com Malu sorrindo para mim.

- Sou eu. Retribuo o sorriso. - Você é a Malu?

- Exato. - Ela balança a cabeça.

- Você não foi me visitar no rancho. - Digo.

- Fiquei tão envergonhada pelo que disse. - Ela cora sem graça.

A primeira vez que vi Malu, ela estava falando mal de mim em minha frente, e não sabia quem eu era.

Acontece. - Digo zombeteira. - Não precisa se preocupar com aquilo, já me esqueci.

- Sério? - Pergunta tensa. - Te chamei de cobra na sua cara.

- Já me chamaram de coisa pior. - Olho para onde Lary está.

Quando me mudei para o rancho, muitas pessoas me julgaram ser uma megera antes mesmo de colocar o pé no lugar. Mas perceberam que não sou uma bruxa como pensaram.

- Mas quero lhe pedir perdão. - Malu - segura minha mão. - Não te conhecia e me precipitei pensando o pior de você.

Está perdoada. - Digo.

Vitória aparece com dois copos enormes de cerveja. Quando ela vê Malu perto de mim seus olhos se arregalam.

Acho que minha amiga está afim de Malu. Fica todo animadinha.

- Olá Maria Luiza. - Vit a cumprimenta.

- Oi Vitória. - Malu sorri fraco e cora tímida. Vit me entrega um dos copos, e o outro oferece a Sina.

As duas ficam se encarando em silêncio. Parece duas adolescentes quando descobre pela primeira vez que estão apaixonadas.

Saio de fininho para não atrapalhar o momento estranho das duas. Vejo que tem apenas uma mesa vazia no bar, então parto rumo a ela.

A maioria das pessoas no bar são homens. Falam e dão risadas altas demais. Parece um bando de homens da caverna reunidos em um mesmo lugar.

Coloco meu copo sobre a mesa e me sento na cadeira logo em seguida.

Pego meu copo de cerveja e bebo um gole. Não é forte como as bebidas que tomei na festa da vila, e o gosto também não é desagradável.

Por que me deixou sozinha com Vitória?. - Malu me assusta ao se jogar na cadeira a minha frente.

- Estavam tendo um momento tão fofo. - Sorrio abertamente. - Não quis atrapalhar.

- Não estávamos tendo nada. - Revira os olhos.

Uma cowgirl em minha vida (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora