capítulo 18🤠

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Giana Mello

Estou sendo uma covarde e não tem como negar. Já se passou uma semana do ocorrido na casa de Lary. Daquele dia em diante estou fugindo dela.

Sei que se deixar ela se aproximar acabarei cedendo a seus encantos. O que posso fazer se aquela mulher  me deixa louca?

Quando Lary  me beijou daquela maneira ousada, acabei sendo fraca e retribui o beijo com o mesmo fervor. Estava em suas mãos naquele momento, e faria tudo o que ela me pedisse. Mas me lembrei de como ela me tratou como uma cadela e fugi.

Me tranquei em seu quarto e não sai até o dia seguinte. Levantei bem cedinho antes que ela acordasse e fui embora.

Lary chegou no rancho procurando por mim. Mas não quis falar com ela, então Maria lhe disse que eu estava bem.

Sei que estou sendo uma idiota, mas não consigo me controlar perto dela, e acabo fazendo merda.

Não sou uma pessoa rancorosa, mas também não sou tão boazinha a ponto de esquecer o que ela me falou. A perdoei, mas a magoa ainda continua em meu coração.

Se Lary tentar me beijar sempre que quiser, sei que vou ceder porque sou uma estúpida.

- Sua mãe ligou. - Diz Maria me tirando de meus devaneios.

- O que queria? - Pergunto.

- Saber de você. - Puxa uma cadeira para si e se senta ao meu lado. - Ela está preocupada. Não irá ligar para ela?

- Não. - Resmungo irritada. - Até ela parar de me jogar para Mary.

Maria pega minha mão e aperta de leve.

- Ela só quer sua felicidade Gi. - Sorri fraco.

Minha felicidade será ao lado de uma mulher que me traí? - Retruco. - Você iria querer isso para uma filha sua Mari?

Com toda certeza não. - Faz uma careta. - Eu acho que sei o motivo dela querer que você volte com sua ex?

- E qual seria? - Pergunto.

- Você continuaria morando perto dela. - Coloca uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

Será que Maria tem razão quanto a isso?

- Não pretendo voltar para Nova York. - Digo.

- Acho que ela já havia previsto isso. - Dá de ombros.

- Em vez de querer me juntar com aquela crápula, era melhor me dizer como ela se sente. - Suspiro alto.

Acho que Maria está certa quanto a isso. E olha que não contei a minha mãe sobre minha decisão de não voltar para Nova York.

- Faça as pazes com ela. - Tenta me convencer.

- Vou chama-la para morar aqui. - Digo. - Tenho quase certeza que ela não irá aceitar, mas não custa nada tentar.

- Ótima idéia. - Maria diz animada. - Talvez ela aceite.

Acho bem improvável. Viver com tanta calmaria não faz seu estilo.

Me levanto e empurro a cadeira em seu lugar novamente.

- Deixa eu trabalhar. - Pego meu chapéu de palha que comprei e coloco sobre a cabeça.

- Bom trabalho meu bem. - Deseja Mari.

- Obrigada. - Lhe dou um beijo na bochecha.

Ao sair de casa levanto a cabeça para sentir o sol sobre minha pele, como faço todas as manhãs.

- giii! - Escuto Alex me gritar.

- Já vou! - Grito de volta.

Caminho em passos largos até ele que me aguarda com um sorriso nos lábios.

Uma cowgirl em minha vida (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora