capítulo 27🤠

455 38 1
                                    

Giana Mello

Maratona 7/10

- Giana? - Diz mamãe do outro lado da linha.

- Olá mãe. - Digo.

- Senti falta de ouvir sua voz. - Ela suspira alto. - Estou com saudades.

- Também sinto sua falta. - Digo.

Estou sem falar com minha mãe desde o dia que ela me disse que passou o número do telefone do rancho para Mary.

Fiquei com tanta raiva que não liguei para ela novamente. Fiquei com mais raiva ainda por ela querer que eu volte para Lamar. Isso não acontecerá jamais!

Como está querida? - Pergunta.

- Estou ótima. - Digo. - E a senhora?

- Estou bem. - Diz. - Mas sinto muito sua falta.

- Por que a senhora não vem morar comigo? - Pergunto a ela.

Mamãe fica em silêncio por um tempo. Tenho certeza que ela está fazendo careta, minha mãe nunca foi chegada a roça.

- Você sabe que eu não aguentaria por muito tempo tanta calmaria. - Ela diz por fim.

- Eu sei. - Falo. - Mas não custava nada tentar.

Falta quatro meses para você voltar para casa. - Mamãe diz animada.

- Eu não vou voltar. - Digo.

- Você o quê?! - Pergunta com a voz estridente.

Tive que tirar o telefone da orelha, ou acabaria surda com seu grito.

Não vou voltar para Nova York. - Digo. - Pretendo morar no rancho.

- Giana você está louca?

- Nunca estive tão sã em toda minha vida. - Sorrio abertamente.

- E seu trabalho? Sua vida aqui? - Ela fica em silêncio por um tempo. - E Mary?

- Mary não existe para mim mãe. - Digo ríspida.

É tão difícil ela entender que não quero Mary em minha vida novamente?

- Se a senhora quiser que brigamos, é só tocar no nome daquela traste novamente. A corto. - Vou dizer pela última vez para a senhora, e espero que entenda dessa vez. Não amo Mary, e mesmo que amasse não lhe daria uma segunda chance, ela não merece isso. Então esqueça de tentar juntar nós duas, porque não vai acontecer.

- Só quero sua felicidade. - Diz com a voz chorosa.

Sempre que discordamos de algo ou brigamos ela faz essa voz, e sempre acabo aceitando seus desejos, mas dessa vez é completamente diferente.

- Acha que a minha felicidade será ao lado de uma mulher que me trai? - Retruco.

- Mary errou meu bem, mas se arrependeu. - Diz. - Ela te ama.

Gargalho alto com incredulidade. Mary ama somente a si mesmo.

- Contou a ela sobre a herança que vovó me deixou? - Pergunto.

Minha mãe em fica em silêncio, então já tenho a reposta para minha pergunta.

- Está explicado o porque ela está se dando ao trabalho de me perturbar. - Resmungo irritada.

- Você sabe que ela não é esse tipo de mulher. - Diz.

- Uma boa mulher ela não é. - Retruco. - Ou não teria me traído.

- Giana não fale assim. - Ela me repreende.

Mary só pode ter feito lavagem cerebral em minha mãe, não pode ser tão cega assim.

Uma cowgirl em minha vida (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora