Heaven - (Drarry +18)

"12"

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🌈⃝⃒⃤  Olá meus amores, espero que gostem!

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Por Harry Potter

Não sei explicar como me senti tendo que dividir a cama com Draco, parecia mais uma cena de fanfic clichê, mas era só a minha vida mesmo. Cedric e eu brigamos antes que eu saísse para viajar simplesmente pelo fato de que eu passei perfume e me arrumei bem para sair.

Ele estava começando a ficar ciumento demais sem motivo algum. E com toda certeza eu sabia que isso tinha alguma coisa a ver com aquela mensagem.

Ignorei suas chamadas e dormi, quando acordei Draco estava tocando minha mão e dizendo que Hermione havia chamado para almoçar. Notei rapidamente como ele parecia perturbado com alguma coisa mas não passou tempo suficiente olhando para mim para eu saber o que lhe incomodava.

Ele saiu porta afora ainda aturdido, me sentei na cama ficando de cabeça baixa por um tempo, estava cansado mas feliz de ter um tempo com meus amigos. Admirei por um minuto inteiro meu crucifixo pendurado pelo pescoço e seu contrasto com a guia de Pai Xangô presa ao pulso. Ontem havia sido Quarta-Feira, aproveitei que era dia dele e fui pedir orientação.

Coloquei a cruz para dentro da camisa branca e calcei os coturnos rapidamente, o banho me fez bem, alertou meus músculos. Levantei e sai para a sala de jantar, era tudo tão lindo nessa casa que fiquei com medo de quebrar qualquer coisa. Assim que cheguei, vi meus amigos sentados já para comer. Me sentei também entre a Luna e o Draco e esperei, Hermione havia feito uma lasanha que parecia incrível e começamos uma conversa agradável.

Até Ron bater os olhos em minha guia e apontar curioso.

— Você é filho de Xangô? — disse animado, eu fiz que sim pois estava mastigando ainda — Eu também.

— Sério? Que legal — comentei, então começamos a falar sobre terreiro, e ele nos contou que seus pais eram donos de um quando ele nasceu, mas que atearam fogo nele por intolerância religiosa — Aconteceu isso quando meu pai se batizou, foi muito cruel.

— E o que é isso? — Luna questionou olhando para minha corrente, puxei a mesma e entreguei em suas mãos.

— "Com o sacrifício da própria vida", que lindo. — ela me devolveu colocando de volta no meu pescoço — Herança de família?

— Era do meu pai.

Ao contar isso, senti que Draco enrijeceu ao meu lado. Não podia parar de pensar no porque ele era tão intolerante, algo deveria ter acontecido, pois eu me negava a pensar que era puro achismo de isso ou aquilo. Respirei fundo quando o assunto mudou, o que nos deixou bem mais aliviados.

Quando o jantar acabou nós fomos lavar a louça e tomar vinho, a noite começou a ficar fria lá fora e os ventos mudaram, as luminárias falharam e decidimos que iriamos deitar para que amanhã pudéssemos nos divertir mais. Demos boa noite uns para os outros e então seguimos cada dupla para o seu quarto. Assim que Draco e eu chegamos no nosso a atmosfera mudou, ficou mais densa e os segundos pareciam demorar horas para passar.

Ele se dirigiu quieto  até o banheiro onde pude ouvir o registro ser aberto, me deitei depois de trocar de roupa e fiquei ali, de repente minha mente começou a vagar pela imagem da água acompanhando seu corpo nu, a trajetória invejável que as gotas faziam em sua pele e as mãos... acariciando cada canto daquela escultura.

Soltei um som incoerente ao me imaginar lá com ele e minhas bochechas ficaram vermelhas notando o quanto queria que minha fantasia instantânea fosse verdade.