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🌈⃝⃒⃤  Olá meus amores, espero que gostem!

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Por Harry Potter

Depois que demos todo tipo de calmante para a Luna, e a deixamos em uma sala separada e quentinha com Ginny e Hermione para limpar o sangue que sujava suas roupas, fomos até seu escritório para limpar a bagunça e poder coletar qualquer prova que nos ajudasse a achar o canalha que fez aquilo.

Mas horas se passaram, nos demos tudo que podíamos, mas além do cadáver cruelmente degolado e mutilado, nada estava fora do lugar.

Assim que terminamos de fotografar, e limpar tudo, fomos para uma reunião lá em cima. Luna foi dispensada e Ginny se ofereceu para levá-la para casa e cuidar dela. Kingsley, que estava abismado e furioso, se sentou em uma mesa vazia e ficou quieto por alguns segundos.

— Além de suas saúdes mentais, eu prezo por suas seguranças — começou e olhou para cada um de nós como quem olha para um filho — E não vou descansar enquanto não souber como aquele corpo veio parar aqui.

— Nós também não vamos — Hermione garantiu com os braços cruzados em cima do peito.

— Que bom, estamos em estado de alerta — o Delegado se levantou e começou a delegar funções — Ron e Blaise, vocês vão virar esse prédio de cabeça pra baixo e achem a brecha por onde eles podem ter entrado.

Os dois citados se levantaram e foram procurar coisas nas câmeras de segurança.

— Hermione e Pansy, vocês vão interrogar cada pessoa que estava nesse prédio nas últimas vinte e quatro horas, quando a Ginny voltar deve fazer o mesmo.

Elas se afastaram, e ficamos somente eu, Draco e o Delegado. Ele nos olhou, imaginei que a pior parte ficaria conosco. Mas esperei pelas ordens que, com toda certeza, iria acatar.

— Draco, preciso que vá até a Igreja e procure de forma meticulosa cada detalhe de qualquer coisa que poderia ajudar a pegar qualquer um. Nesse passo, vamos atacar de todos os lados.

Eu me mexi milimetricamente e Kingsley me freou com um movimento de mão, Draco e eu ficamos parados sem entender. Foi quando meu estômago embrulhou e eu sabia que ao ainda pior estava por vir.

Para mim.

— Só eu? — Draco sugeriu se armando e pegando as chaves da viatura, Kingsley assentiu e ele se distanciou depois de se demorar um pouco mais nos meus olhos.

Assim que aquela figura tortuosa e excitante saiu pelo elevador, fiquei esperando que ele me pedisse o mais difícil.

E, claro, que ele pediu.

Lá estava eu, em frente a casa onde meus pais morreram, na mesma rua onde eu quase morri e senti o corpo quente de papai pela última vez. Fechei os olhos, ainda apoiado na moto, sem forças para continuar e nem ir até o interior do lugar onde minha vida quase teve seu fim.

Eu queria ir embora, mas a vontade de reviver aquele dia e ter a sensação de estar em casa mais uma vez me dominou como se fosse puxado em direção ao inferno.

Puxei a cruz de prata de papai para fora da camisa e dei um beijinho singelo antes de começar a proferir as mesmas palavras que me fizeram ficar vivo.

— Pai nosso que estais no céu... — comecei baixinho abrindo a porta que ainda tinha resquícios de pedaços quebrados, ela fez um pequeno rangido ao se abrir e então encarei a casa vazia e sem nenhum móvel, com apenas cortinas fechadas e tapetes no chão. Meu estômago se revirou; ainda havia sangue em frente ao armário sob a escada.

Heaven - (Drarry +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora