Heaven - (Drarry +18)

"27"

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🌈⃝⃒⃤  Olá meus amores, espero que gostem!

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Por Draco Malfoy

Depois que finalmente tive alta, Harry ficou o tempo inteiro comigo, percebi vagamente que mais ninguém estava ali. Somente eu e ele. Terminei de colocar a jaqueta nos ombros - com um pouco de dificuldade - e o abracei para caminhar com calma.

— Não que você seja insuficiente pra mim — comecei, ele me olhou enquanto deixávamos a recepção do Hospital — Mas onde estão os outros?

— Na sua casa, esperado para te apresentar ao seu irmão antes de ouvir o que o Delegado tem a dizer — respondeu abrindo a porta do carro para mim, meus pontos se mexeram e eu gemi baixinho de dor, Harry entrou no carro e arrancou sem dar sorte ao azar.

Dirigimos com calma até minha casa, por causa da sedação eu acabei cochilando e acordei com Harry fazendo carinho no meu cabelo. Era bom. Eu queria ter isso para sempre. Abri os olhos e lhe ofereci um sorriso bobo, ele se inclinou e me deu um selinho.

— Pronto? — sugeriu, eu acenei que sim e então saímos do carro, com exceção da dor no peito, eu estava adorando ter as mãos dele em volta de mim.

Subimos no elevador ainda juntinhos, "cacete, como eu estou boiola", e depois abrimos a porta do meu apartamento. Harry havia dito a verdade, todos os nossos amigos, incluindo o Delegado estavam na sala. Sentado de costas, um garoto loiro estava quietinho, mas ele se virou assim que a porta se fechou. De soslaio pude ver Sirius e Remus conversando ao longe. Mas só me concentrei naquela figura estranhamente familiar.

Ele se levantou e me olhou atentamente, tinha no máximo um metro e sessenta e oito e os olhos tempestuosos do meu... do nosso pai. Era tão parecido com ele que me deixou sem chão por apenas um segundo, e a dor dos pontos foi substituída pela dor da saudade.

— Acho que já sabem o nome um do outro — Pansy se adiantou, e nós sorrimos fraquinho.

Me aproximei dele e o analisei por mais cinco segundos. Uma lágrima brotou no meu rosto, ele também deixou que uma escorresse no seu. Notei que ele tinha uma postura correta, algo que remetia os alunos militares da França.

— Você se parece com ele — dissemos juntos, fazendo a mesma observação sobre nossa aparência, em seguida rimos.

— Posso? — abri os braços pra ele, querendo segurar uma parte de minha família que imaginava estar perdida.

Ele acenou que sim, e me abraçou colocando a cabeça em meu peito, ele tinha cheiro de maçã verde. O que me causou certa animação, o comparei comigo por apenas um instante. E fiquei ali, com meu irmão nos braços, como forma de segurar minha família mais uma vez.

— Esperei muito por isso — ele comentou e senti uma lágrima sua tocar meu peito — Eu acompanhei seu trabalho. Nosso pai pediu que eu não deixasse que fofocas apagasse o agente que você é.

Aquilo me deixou triste, e feliz, e com saudades. Apertei mais um pouco ele e o momento se tornou mais leve, calmo, nos sentamos na sala e começamos a conversar com ele para deixá-lo mais a vontade. Eu queria que ele se sentisse em casa.

Kingsley colocou um mapa enorme na mesa de centro e então nos sentamos todos em volta.

— Felicidades à parte, agora entramos em um novo estágio na nossa investigação. Scorpius, o seu pai te mandou algumas coisas, certo?

— Sim, senhor — acenou o garoto, e do bolso tirou um pen drive — Mas ele disse que era pra mostrar somente para duas pessoas. Eram três na lista, mas ela foi feita antes da noite de trinta e um de Outubro de dois mil e dois.