Heaven - (Drarry +18)

"25"

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🌈⃝⃒⃤  Olá meus amores, espero que gostem!

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Por Harry Potter

O colocamos sentado em sua sala, o cara era cardiologista, tinha vários diplomas, alguns até de áreas que não condiziam com a sua. O que me deixou curioso. Draco se sentou em sua frente, Matthew continuava muito quieto, receptivo, com as mãos presas em cima da mesa.

Caminhei atrás dele e verifiquei se não tinha armas escondidas na mesa, não encontrei nada o que me fez ficar aliviado e frustrado. Se é que isso era possível.

— Dr? Por que não usa o nome do seu pai no trabalho? — Draco perguntou puxando uma caneta e um papel de forma quase casual — Parece repudiar o sobrenome "Riddle".

— Deve ser porque eu sou irmão do traficante mais perigoso do mundo — respondeu com um certo escárnio, mas não de nós, e sim de Tom. Em seguida Matthew retomou: — Eu sabia que era só uma questão de tempo até vocês virem a mim.

— E não pensou em se esconder? Em fugir? Deixar que a gente se exploda atrás de você enquanto bebe alguma coisa no caribe? — sugeri, ele não olhou na minha direção.

— Por que eu fugiria se não tinha nada a ver com isso? — Matthew gesticulou, as algemas fizeram um barulho metálico que quase se sobrepunha a algazarra lá fora — Eu sei o que devem estar procurando e pensando, mas não tenho nada a ver com o meu irmão, nem mesmo o sobrenome. Acham que eu podia continuar com o "Riddle" sendo que esse é o sobrenome que mais mata no país?

Agora ele parecia irado, e me olhou. Seus olhos eram iguais aos dele, o que me deixou arrepiado.

— Pegue aquela pasta escura, na gaveta, se não quer acreditar em mim — pediu, eu o fiz e peguei uma pasta preta que tinha o nome "Tom" — Essas são todas as duzentas e trinta e sete pessoas que salvei vindas de confrontos com o cartel do meu irmão, as que estão fichadas em vermelho são as que eu perdi. Quinze, apenas quinze.

— Isso me parece rivalidade, Matthew — Draco apontou, passei a pasta para ele que foleou — Mas sinto em informar que você perdeu. Seu irmão matou muita gente, muito mais do que duzentas ou trezentas pessoas.

— Acha que eu não sei disso? — rebateu, sarcástico — Me formei a pouco tempo, não tenho tanto tempo de carreira quando meu irmão — ficamos quietos por uns segundos, ele me olhou novamente e disse: — Sim, era rivalidade. Nós fomos criados juntos, ele brincou comigo quando eu era criança, nossa família era feliz. Até o Tom se enterrar no mundo das drogas e poder. Ele queria sempre mais, ergueu aquela porra de império do nada.

— Como foram parar naquele orfanato? — perguntei, ele respirou fundo.

— Meu pai era um homem rico, mas humilde, ele sempre dava um jeito de nos mostrar o valor das coisas — contou com calma, e agora parecia perdido em memórias— Tom tinha doze anos quando eu nasci, era divertido, ele cuidava de mim. Até que um dia ele fez dezesseis anos, e se meteu com gente barra pesada. Ficou devendo por causa das drogas, e eles assaltaram nossa casa. Mamãe levou um tiro no processo e morreu na minha frente.

Meus olhos se encheram de compadecimento, e algo se retorceu dentro de mim.

"Papai mandou ele para o orfanato, sem pensar duas vezes, mas tentou ficar comigo. Sem a minha mãe ele ficou sobrecarregado, triste, e me deixou no mesmo orfanato. Quando cheguei lá, Tom já não era mais meu irmão e sequer gostava de mim. Quando atingiu a maioridade, ele se foi e me deixou lá."

— Então, decidiu se tornar médico e salvar as pessoas que seu irmão não conseguiu matar? — apontei, ele fez que sim — A policia de Londres está a anos atrás do seu irmão. Poderia ter entregado qualquer informação sobre ele. Por que não o fez se queria se vingar?