Heaven - (Drarry +18)

"8"

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🌈⃝⃒⃤  Olá meus amores, espero que gostem! E daqui pra frente é só para trás.

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Por Harry Potter

Acertei duzentos, dos duzentos tiros, de novo.

Apoiei as mãos naquela mesa fria querendo estar em casa, na cama, dormindo até que o sol explodisse nosso querido planetinha azul. Peguei o silenciador e coloquei acoplado na arma, mas antes que pudesse começar a atirar, me peguei pensando em tudo que aconteceu no último final de semana.

A forma como ele me contou a história do seu término, triste e magoado, bom, só ali eu podia ver que o que disse chapado de sei lá o que era verdade. Draco ainda sentia falta do ex, o que anulava as minhas chances de continuar ficando com ele. Respirei fundo e voltei a atirar até uma lufada de ar em trazer um perfume amadeirado e culpado, inspirei fortemente sem me virar.

Lógico que já sabia muito bem que Draco estava atrás de mim.

Fiquei parado, tremendo com um pouco de rancor em minhas botas, até ele se aproximar e ficar parado ao meu lado.

— Oi — disse baixinho, não respondi — Ok, eu sei que está chateado comigo. Mas... todos nós temos direito a ampla defesa, certo?

Houve um momento de expectativa, eu o olhei de soslaio e deixei que terminasse, ele pareceu triste por não conseguir meu olhar mas cruzou os braços e continuou: — Eu não sinto falta do Theo, o que quis dizer com aquilo é que eu estava sentindo a sua falta ali. Foi aí que ele me beijou.

Uma chama de esperança se acendeu em meu peito, mas e se não fosse verdade? E se as coisas com ele fossem tão complicadas que ele precisasse de um tapa buraco para os momentos de sobriedade? Engoli seco essas indagações e voltei a atirar. Draco deu uma risadinha sarcástica ao meu lado.

— Você não confia, não é? — sugeriu.

— Eu deveria? — rebati largando a arma que fez um barulho metálico e olhando diretamente nos seus olhos — Se bem que foram só duas vezes que a gente ficou, não devíamos estar tendo esse tipo de conversa.

— Não mente pra mim, Harry — ele sorriu, e eu me desestruturei — Diz que alguém já te pegou daquele jeito e eu me coloco no meu lugar.

— Muitas vezes — menti, ele me olhou duvidando, mas mantive minha fachada de indiferença.

— Não acredito em você — declarou com os olhos cinzas semicerrados, cruzei meus braços acima do peito e esperei por mais alguma coisa — Sei bem quando marco presença, e fiz isso melhor do que ninguém na sua pele.

— Também não acredito em você. Sei bem quando alguém está com saudades de outra pessoa e vi isso nos seus olhos na sexta feira. Me deixa em paz, Draco.

Dei as costas para sua imagem perfeita e comecei a caminhar em direção a escada, ele passou as mãos nos cabelos e me parou assim que coloquei os pés no primeiro degrau.

— O que eu preciso fazer para conseguir sua confiança de volta? — perguntou entredentes, como se estivesse lutando contra a vontade de dizer aquilo ou não.

— Respeite o limite que estou colocando — disse sem nem acreditar em mim mesmo, ele fez um som de concordância muito desanimado, olhei para o chão e para as pontas das minhas botas. Decidi adiantar o assunto de trabalho que tinha para tratar com ele — Consegui mais uma pista para seguir nas folhas, Ron achou a mesma coisa... falam sobre...

— Um padre na Avenida aqui perto — ele completou e agora parecia com raiva, aparentemente havia achado essa pista também — Eu sei, eles disseram que havia um padre que sabia de tudo e que poderia ter ajudado.