Jacarezinho, Rio de janeiro
12:23assim que entrei no quarto da Carol me deparei com a Lai sentada na cama em desespero, chorando e ligando pra alguém.
Lai: ela não atende, só cai na caixa postal. - disse me olhando com o rosto vermelho de tanto chorar. - essa garota não passou por mim na sala, eu teria visto.
Ananda: não tem mais nada aqui? - abri a porta do guarda roupa me deparando com um vazio enorme. - onde caralhos essa menina ia se meter?
Lai: eu não sei se ligo pro Perigo... o que eu vou falar a ele, meu Deus?
Ananda: relaxa, eu vou falar com ele.
sai do quarto e tirei o celular da cintura, disquei o número pessoal do Perigo.
liguei uma, duas, três e na quarta vez ele me atendeu.
Ligação on*
Ananda: Perigo?
Perigo: eu tava em reunião, Ananda. Lai não te falou?
Ananda: eu sei, mas é que deu merda aqui.
Perigo: caralho cara, que merda?
Ananda: A Caroline... - ele me interrompeu.
Perigo: qual foi ananda, não boto fé que tu me ligou pra resolver bagulho de vocês duas. eu tô em Angra porra, resolvendo b.o de homem, de bandido e você vindo com briguinha?
Ananda: deixa eu falar porra, caralho. a caroline saiu de casa, não tem mais roupa nenhuma dela no guarda roupa.
Leblon, Rio de Janeiro.
12:44.Caroline.
tava me sentindo uma louca em fazer isso, mas encontrar alguém tão intenso quanto eu me encantou demais, ainda mais no momento tão zoado que eu estou.
conheci o Bruno dias atrás e ele foi se mostrando um cara incrível, com isso ganhou minha confiança. contei a ele sobre a situação que estar rolando lá em casa e o quão insuportável tá sendo conviver uma cobra no quarto ao lado.
ele me ofereceu a casinha que a mãe dele morava aqui no Leblon e de verdade, que lugar fofo.
é calmo, perto da praia e a casa em si é pequena e cheia de detalheszinhos.
ouvi um som na porta e olhei para a mesma.
: oioi, tô entrando. - a voz do Bruno. - trouxe um bagulho pra nós almoçar, sei que ainda não deu tempo de fazer compras.
Carol: ai meu deus, obrigada! tava pensando em ir fazer comprar ainda hoje.
Bruno: se quiser ir daqui pra mais tarde eu vou contigo, tem um mercado grandinho na rua de trás.
Carol: não quero te incomodar, pode deixar que dou um jeito de ir depois.
Bruno: é, acho que talvez eu tenha que voltar pro escritório mais tarde.
Carol: do que você trabalha? aliás, vem cá pra cozinha. - vou andando até lá e ele veio comigo. - a gente se conhece tão pouco, que doidera.
Bruno: trabalho na área administrativa de uma boate.
Carol: caralho, que foda. - disse pegando talheres e dois pratos pra pôr em cima da mesa. - e onde cê tá morando?
Bruno: bom, com isso ai consegui uma condição legalzinha, tô morrando em um apé com a minha mãe.
Assim que ele terminou de falar meu celular começou a tocar.
Carol: ai, agora é o meu irmão.
Bruno: você já falou com ele? ai, aliás, não fala de mim pra ele, nao problemas...
Carol: não falei e nem pretendo, tá tudo muito bom do jeito que tá.
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Mulher do Poder
Romance"Nunca fui sozinha, sempre foi eu aqui em baixo e vocês duas por mim ai em cima."