Capítulo 15

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Vidigal, Rio de Janeiro.
03:26 PM

Onnika.

Minha cabeça tava uma confusão, depois daquela treta com o Perigo só falei com ele pra resolver os bagulhos sobre hoje e contei sobre o tal Jota.

E o BN eu nem vi depois daquilo tudo, na verdade só passei por ele quando eu estava descendo pra colocar o lace, mas nem nos olhamos. Até agradeço por isso, porque não sei onde vou enfiar minha cara de tanta vergonha que eu to daquele barraco todo.

Cheguei no Vidigal a umas horas já, conversei com o TH e pá, ele é super tranquilo, bem na dele e essa coisas.

Vinhemos na casa da mãe dele almoçar e além de conhecer ela, conheci as irmãs dele também que são umas gracinhas, a mais é super fofa, deve ter uns 5 anos e a do meio a Thay, deve ter seus 15.

TH: vou subir coroa. -levantou da mesa.- antes das 20 venho te buscar.

Thay: posso ir hoje, Thi?

TH: nem inventa.

Onnika: pro baile? -ela assentiu balançando a cabeça.- deixa ela ir, é bom que me faz companhia.

TH: é com tu ai mãe, to ralando. -pegou a camisa que estava no sofá e foi saindo.

Ana: ai eu não sei viu, última vez que tu foi Thiago arranjou aquela confusão toda com aquele garoto do asfalto la.

Thay: Thiago gosta de arranjar coisa onde não tem mãe.

Onnika: deixa ela ir por favorzinho, quero ficar sozinha lá não.

Ana: só se ela me prometer que vai ficar no camarote junto com o irmão dela.

Thay: meu Deus. -revirou os olhos.- ta bom!

Onnika: quer ajuda com os pratos Ana?

Ana: fica tranquila, vai ajeitar suas coisas lá em baixo. aquela casa deve ta um caos, o Thiago fica mais aqui do que lá.

Onnika: ele pediu pra eu arrumar so amanhã, mas vou lá ajeitar ao menos minhas coisas.

Thay: amiga, eu vou colocar a Stella na cama e já vou te ajudar.

Balancei a cabeça concordando e logo desci pra casa de baixo. A casa do TH era bonita demais, mas tava bagunçada pra caralho.

Pacote de biscoito, salgadinho e latas de refrigerante em cima do balcão da cozinha, roupas em cima do sofá, tênis no chão da sala e essas coisas.

Tava animada já pra da uma geral ali, até porque gosto de fazer essas coisas quando tô nervosa. Peguei minha mochila e levei ate o quarto que ele tinha dito mais cedo que eu iria ficar.

Assim que entrei no quarto meu celular começou a vibrar, eram mensagens da Carol, tava um pouco insegura pra falar com ela, então hoje fiz de tudo pra não me bater com ela.

Whatsapp. 📲

   Irmã 💕
online

Caralho, cheguei do curso agora procurando você pra irmos no açaí e o Perigo disse que tu já tinha saido.

Pensei que ia só a noite.

Nem pra se despedir de mim, né?!

Eu nem sabia como explicar, Azevedo mandou eu inventar uma historia sobre ir pra São Paulo resolver algumas coisas sobre minha mãe. Achei meio chato envolver isso, mas foi a única coisa que eu sabia que a Carol não iria desconfiar.

Ô vida, desculpa.

Nem deu tempo de te ver, vim de carro e os moleques precisaram vir mais cedo me buscar.

Já tá em Sampa?

Nem perto, rolou uns bagulhos no caminho mas antes de anoitecer já to lá.

Quando chegar avisa, ta bom?

Lai tá preocupada e eu também.

Relaxem, daqui a uns dias to de volta.

Vê se toma cuidados ai.

Ta tudo na paz, pretinha.

Cuida das coisas ai, principalmente do Azevedo.

Vou cuidar mana.

Agora vou ajudar a Lai arrumar a casa aqui.

Ainda bem que eu não tô ai kkkkkkkk

Whatsapp.📴

Desliguei a tela do celular assim que ouvi a Thays me gritando da sala, perguntando onde eu estava.

Onnika: tô no quarto de hóspedes, vem me ajudar a escolher umas roupas.

Ela veio ate o quarto e logo se sentou na cama enquanto eu tirava algumas roupas de dentro da mochila.

Thays: ai mana, tu só tem roupa de paty, que issooo - nós rimos.- certeza que tu não é aquelas riquinhas de condomínio? nome difícil, roupas de marca e os caralho.

Onnika: garota, a maioria das roupas são de um brechozinho das manas la do centro onde eu morava com meus pais.

Thays: e o nome?

Onnika: minha mãe querendo inventar moda! -ela deu risada.- Onnika Victoria, eu prefiro o primeiro nome por ser exótico, mas o Victoria também é bom.

Thays: graças a Deus um nome mais fácil,  até eu me acostumar com o Onnika ia ser trampo viu mona.

Continuamos conversando enquanto eu dobrava algumas roupas e ia separando a que iria usar hoje.

Aliás, o Onnika não foi algo aleatório, minha mãe sempre disse que se tivesse outra filha colocaria esse nome, so não colocou em mim porque meu pai não soube escrever na hora de ir no cartório e resolveu por Ananda mesmo. O Victoria sim foi de ultima hora, só pra facilitar pra galera daqui.

Mulher do PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora