11.Prove!

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O quão improvável seria Priscila Caliari beijar outra mulher? Acredito que nem nos meus devaneios mais loucos cheguei a imaginar isso, mas estava acontecendo.

Carolyna estava com seus lábios sobre os meus, meu corpo tão colado ao seu que era possível sentir o pulsar do seu coração. Sua mão apertava minha cintura enquanto a outra estava em minha nuca, seus dedos fazendo uma leve pressão sobre a mesma. Eu estava estática, meus olhos abertos pela surpresa e minhas mãos ao lado do corpo fechadas em punho.

Quando finalmente resolvi afasta-la de mim sua língua entra em minha boca de forma tão despudorada que me faz fechar os olhos e minhas mãos que antes estavam prontas para empurra-la pelos ombros se agarraram aos fios ruivos de seu cabelo com força e desespero.

Minha boca está sendo devorada por lábios macios, firmes e sem dúvida deliciosos, essa é a única definição que encontro para a sensação que esses lábios me despertam no momento.

Arrisco beija-la da mesma maneira, minha língua agora encosta na sua o que a faz suspirar, puxo seus cabelos de forma firme e lanço minha língua até sua boca que no momento tem gosto de creme dental, exploro sua boca timidamente, até que ela me surpreende sugando minha língua, não entendo porque, mas isso me atingiu em lugares inimagináveis, junto ainda mais
nossos corpos, sinto seu corpo quente e sua
respiração pesada, meus pulmões estão
doendo imensamente, mas não consigo parar estou retribuindo o beijo com demasiado desespero, apenas quando ouço Carolyna gemer um pouco mais alto e descer suas mãos até minha bunda e aperta-la é que vejo que esse é o limite.

Empurro seus ombros com força, acho
que não calculei bem ou ela estava distraída demais. Carolyna tomba para trás e cai no sofá, ela me olha surpresa seus lábios estão muitos vermelhos e seu olhar meio perdido, porém segundos depois ela assume sua postura de sempre e me encara com certo divertimento.

- Então, isso esclareceu um pouco suas
dúvidas sobre beijos? - Ela pergunta.

- Sim, acredito que entendi tudo.

- Tem certeza? Posso mostrar novamente se
quiser. - Ela diz se levantando.

- Não!... Er... Não será necessário. - Vou para
o lado oposto e pego minha bolsa. - Obrigada por... ham... Me ajudar com essa questão. - Digo sem graça e estendo a mão para um aperto amigável, ela me fita divertida e aperta minha mão.

- Foi um prazer.

Vou até a porta a qual ela abre, desejo boa noite e me dirijo até o elevador, assim que a portas se fecham levo minhas mãos ao rosto, quando vejo meu reflexo nos espelhos tomo um grande susto, meus cabelos estão bagunçados, meus lábios vermelhos e inchados e minhas roupas amassadas. Estou parecendo com
alguém que acabou de dar uma rapidinha no banheiro.

Tento me deixar o mais apresentável possível antes que as portas do elevador se abram. Passo o mais rápido que posso pelo porteiro e corro até entrar em meu carro, ligo o mesmo e sigo para casa. Minha cabeça dando voltas e mais voltas. EU BEIJEI CAROLYNA BORGES, UMA MULHER!... e foi bom, foi muito... bom! E... EU TRAI O GUSTAVO!!

Eu sou uma desavergonhada!

Como pude me deixar levar?

É uma mulher!

Você traiu seu noivo com uma mulher, sua rameira!

E agora?

Como irei encarar Gustavo?

Como poderei encarar minha família?

Como poderei voltar a falar com Carolyna?

Acelero rumo a minha casa, meus
pensamentos estão tão confusos. Como
consegui ser tão tola? Sarah certamente fez
aquilo para se divertir as minhas custas.

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