8.Aceita uma bebida?

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O dia está simplesmente gélido, olho pela janela do meu quarto uma chuva fima porém constante, cair. Observo correndopara o trabalho, ocupadas demais para ignorarem a temperatura e apreciar beleza que o frio que trás consigo, espero nunca me tornar insensível o bastante para não apreciar as coisas simples e belas a minha volta.

- Priscila? - Ouço batidas na porta.

- Sim Luiza?

- O café da manhã está pronto e você irá se
atrasar se não descer agora.

- Descerei em alguns minutos, obrigada Luiza. - Ouço seus passos se afastando, olho um pouco mais pela janela, a chuva começa a se tornar mais intensa, resolvo por fim me arrumar. Minutos depois desço as escadas e encontro Adriana tomando seu café.

- Bom dia mamãe.

- Bom dia. - Ela responde secamente.

- Adriana por quanto tempo irá me tratar
assim?

- Até que recobre seu bom senso e cancele o
contrato que fez com aquela mulher.

- Isso não será possível no momento.

- Não entendo porque está me desafiando.
Você sempre me ouviu Priscila e também costumava seguir os conselhos de Gustavo.

- Mamãe, estou apenas pensado no bem de
todos. Procure entender.

- Eu jamais entenderei esse seu disparate.
- Ela se retira e acabo tomando meu café da
manhã sozinha.

Chego ao Caliari'Bank uma hora depois, ando com uma certa dificuldade, meus pés estão de fato doloridos e só de imaginar que terei de enfrentar aqueles terríveis saltos novamente tenho vontade de sair correndo.

- Bom dia, Senhorita Caliari.

- Bom dia Viviane, por favor providencie os
relatórios sobre os débitos ainda pendentes
da empresa.

- Sim, Senhorita. Devo confirmar seu almoço com o Sr. Paz?

- Tinha esquecido disso, pode confirmar.

Entro em minha sala e mergulho de cabeça nas questões da empresa. Tenho tanto a resolver em tão pouco tempo. Papéis e mais papéis se acumulam sobre minha mesa. Analiso cada um deles, não sei como é possível tantas coisas ainda se encontrarem pendentes desde a morte do meu pai.

Achei que Gustavo estava resolvendo essas questões porém encontro tudo no mais perfeito caos, continuo minha análise, quanto mais leio mais parece ter algo
errado, algumas coisas não estão batendo.
Ouço o toque do meu celular.

- Alô?

- Priscila, você está atrasada! - É Gustavo.

- Desculpe, estarei aí em questão de minutos.

- Tudo bem, não demore muito.

- Já estou indo querido.

Desligo e pego minha bolsa, ando o mais
rápido possível até o estacionamento, entro
no carro e sigo até o restaurante, é o mesmo
em que encontrei Carolyna, entrego as chaves ao manobrista e entro no restaurante, avisto um Gustavo impaciente bebendo uma taça de vinho.

- Desculpe pelo atraso, minha manhã foi bem cheia. - Beijo seus lábios rapidamente.

- Eu entendo. Problemas?

- Algumas coisas não parecem certas com as contas.

- Eu mesmo supervisionei tudo e posso lhe
garantir que está tudo na mais perfeita
ordem.

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