27.Quanto vale a dama de olhos escuros?

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Observo as duas mulheres a minha frente, elas estão rindo de um jeito espontâneo, suas cabeças vão para trás, como se ouvissem a piada mais perfeita do mundo, suas mãos estão sempre juntas enquanto andam pelo parque desfrutando o fim de tarde. Carolyna Borges e Priscila Caliari, quem diria.

Você está sempre surpreendendo, não é Carolyna? Por mais que eu tente pensar que existe apenas um interesse comercial de Carolyna sei que não é verdade, ela tem o contrato e já conseguiu outros sócios importantes. Ela não está com Pridcila por interesse. Não,não... Ela realmente gosta da Caliari, isso me enoja, mas também me alegra, irei atacar onde mais dói, sorria querida Borges essa sua alegria de conto de fadas lésbico irá acabar em breve. Volto para o carro, entro e dou a partida em seguida, meu celular toca minutos depois.

- Regina?

- Sim, Gustavo?

- Falei com Frank ele nos espera no Hotel
Plaza.

- Onde você está?

- A poucas quadras do Hotel.

- Perfeito, chegarei em 15 minutos, espere por mim.

- E claro! Acha que quero encarar Frank
sozinho?

- Não vá estragar tudo com esse seu medo
idiota.- Desligo.

Sigo pelas ruas movimentadas, felizmente
o Trânsito flui com rapidez, em exatos 15
minutos estaciono próximo ao hotel, avisto
o carro de Gustavo em seguida. Pego minha
bolsa e ando até onde ele está, posso sentir
seu cheiro de medo a metros de distância, ele sai do carro olhando de um lado para o outro, quando me vê sua expressão demonstra tanto alívio que chega a ser ridículo.

- Pontual como sempre minha querida.

-Não podemos deixar um homem como Frank esperando.-Sigo rumo ao hotel quando sinto Gustavo segurar em meu braço.

- Regina, Frank é um homem perigoso.

- Ora Gustavo, é exatamente de um homem
perigoso que estou precisando no momento. - Me livro do seu aperto e entro, Gustavo segue logo atrás de mim.

Passamos diretamente para o restaurante do hotel, Frank nos esperava lá. Ando confiante, tendo em mente cada pedacinho do meu plano, seria uma jogada sensacional, eu teria tudo que sempre quis e o melhor, receberia tudo de Carol.

- Frank. - Gustavo cumprimenta um homem
que deve ter uns 55 anos, ele sofre de calvície. sua barriga saliente mostra que não é muito adepto a exercícios.

- Gustavo Paz e... - Ele olha para mim.

- Essa é Regina Mills.

- É um prazer conhece-la Senhorita Mills.- ele beija minha mão.

- O prazer é todo meu.

- Por favor, sentem-se - Sentamos.

- Bem Gustavo, confesso que fiquei surpreso com sua ligação pedindo um encontro e me permita dizer que estou ficando curioso, ainda mais com presença da Senhorita Mills.

- Na verdade, eu pedi esse encontro. Digo
encarando Frank nos olhos.

- Bem, acabou de ficar ainda mais
interessante.

- Estou ciente da dívida considerável que
Gustavo adquiriu com o Senhor.

-Dívida que ele promete pagar assim que se
casar com a herdeira do império Caliari.

- Infelizmente não haverá mais casamento.-
Gustavo diz nervoso.

-Como assim não haverá mais casamento?
Frank pergunta mortalmente calmo.

- Priscila, cancelou nosso compromisso.

- Isso é uma pena Gustavo, mas tudo que me interessa é o meu dinheiro.

- Você terá o seu dinheiro, na verdade terá
muito mais, basta apenas comprar uma ideia audaciosa.

- Senhorita Mills, sou um homem que vive
de ideias assim. Diga-me o que tem para
oferecer?

- Todo dinheiro que possa desejar arrancar de Carolyna Borges e da família Caliari.

Frank não precisou dizer uma palavra, ele havia aceitado e agora eu tinha tudo nas
mãos e eu faria uma bagunça geral em um
certo romance.



3 dias depois

- Você não precisa ficar aqui sozinha. - Carol falava pela milésima vez.

- Carolyna, não comece de novo, por favor.

- Ok, ok.. Seu espaço, entendi, seu espaço. - ela gesticulava com as mãos.

- Vem, vamos inaugurar a cozinha.

- Que tal inauguramos o quarto primeiro?

- Carolyna!

- Tudo bem, cozinha primeiro.

- Boa menina.

Carol começou a preparar o jantar, enquanto eu organizava alguns objetos na sala, algumas caixas ainda estavam no ambiente, outras já estavam prontas para serem levadas até o deposito.

- mi amor, irei descer por um momento, preciso deixar algumas caixas lá em baixo.

- Eu vou com você. - ela gritava da cozinha.

- Não se preocupe, são apenas duas caixas,
voltarei logo.

- Não demore, o jantar estará pronto em 5
minutos.

- Ok, Senhorita mandona.

Saio do apartamento, ando pelo largo
corredor até chegar ao elevador. Entro e
aperto o botão do térreo. Sinto meu celular
vibrar, pego o mesmo do bolso da calça jeans, é Carol.

- Já está voltando?

- eu acabei de sair. - digo rindo.

- Sério? Parecem horas. Vem logo!

- Acabei de sair do elevador. Já estou me dirigindo ao deposito.

- Mais rápido, Pri!

Chego até o deposito, pego as chaves, abro o compartimento onde deixo as chaves, Carol permanece na linha, ela está cantarolando.

- Já estou voltando. - Digo. Antes de alcançar a saída, sinto meu corpo ser
envolvido por um braço forte, em seguida algo começa a ser pressionado em meu nariz.

- Priscila, que barulho foi esse?- Carol
pergunta, e o celular cai de minha mão.
Minha visão começa a ficar turva, tento
afastar o tecido úmido, mas minhas forças
parecem terem sido sugadas.

- Pri... Priscila..- É tudo que ouço antes de perder a consciência.

***

- Pri... Priscila...

Saio do apartamento em disparada, pego o elevador até o térreo, assim que as portas se abrem me dirijo até um pequeno lance de escadas, o qual desço com rapidez, chego ao deposito, está vazio, olho de um lado para o outro... Até que vejo o celular de Pricila no chão. Corro até o mesmo, o editor de texto está aberto.

"Quanto vale a dama de olhos escuros?"















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Eitaa oq será que vem aí??? Aguardem os
próximos capítulos :)

Gostaram???

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