10.Beijos, por favor

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Eu Disse gostosa? Eu realmente usei esse termo para me referir a Priscila Caliari?
Observo seu rosto ficar adoravelmente
vermelho, suas bochechas ficam tão...
beijáveis. Não acredito que acabei de pensar nisso! Me afasto dela e volto a sentar no sofá o mais natural possível.

- Obrigada. - Ela finalmente diz e vai em
direção a cabine.

- Vista uma das roupas novas, não quero ver você nessas coisas que não a valorizam. - Ela assente positivamente.

Minutos depois Priscila surge usando uma
calça preta justa e uma blusa branca de
mangas longas. Os botões estão abotoados até a gola.

- Abra os três primeiros botões Pricila e
dobre as mangas da blusa. - Ela obedece. -
Bem melhor. Pegamos nossas coisas e agradecemos a Ed por sua ajuda, como tínhamos uma quantidade absurda de sacolas pedi que deixem tudo
diretamente na mansão dos Caliari.

Após deixar a loja de Ed nos dirigimos para uma loja de sapatos e acessórios, Priscila ficou maravilhada com a quantidade de opções que a apresentei, mais uma vez compramos uma quantidade absurda de coisas e mais e mais sacolas seriam entregues na casa dela.

- Adriana irá me matar! - Ela diz certa hora enquanto experimenta mais um dos vários
saltos que escolhi.

- Por que ela faria isso?

- Fora a quantidade de sacolas e a mudança
mais que radical que sofri e o fato de você
estar por trás de tudo isso?

- Uau, então acho que eu estou encrencada e não você.

- Por que você estaria?

- Por estar corrompendo um anjo. - Ela me
encara e ri tímida.

- Não sou um anjo. Posso ser má as vezes. -
Acabo caindo na gargalhada.

- Você!

- Exatamente! Um dia irei te mostrar meu
lado do mal.

- Eu ficaria honrada.

Passamos horas no shopping, comprarmos e compramos. Fomos em lojas de roupas, perfumes, sapatos, compramos óculos escuros e tiramos uma foto naquelas cabines do shopping foi extremamente divertido, fiquei surpresa ao notar que já passava das 15hr quando enfim terminamos. Acabamos por almoçar por ali mesmo, fazia tempo que não
comia hambúrguer e fritas.

- Não acredito que estou ingerindo essa quantidade absurda de gordura. - Digo me
deliciando com as batatas. - Acho que não como isso desde que meu pai morreu. - Ela diz e de repente fica calada.

- Eu sinto muito.

- Sinto muitas saudades dele. - Ela me olha
e abre um sorriso. - Ele costumava enfiar
batatas no nariz para me fazer rir.

- Assim? - Não acredito que vou fazer isso.
Coloco batata frita no nariz e Pricila gargalha, ela parece uma criança, sua risada me enche de vida.

- Isso merece uma foto.

- Não, não. - Ela fica ao meu lado e também
enfia batata frita no nariz. Ela se aproxima
de mim e cola seu rosto no meu, posiciona o
celular e eterniza o momento.

- Obrigada Carol, por tudo. - Ela me abraça
rapidamente e volta para seu lugar.

Terminamos nosso lanche e seguimos rumo ao estacionamento, minutos depois já nos encontramos no meio do tráfego pesado de New York. Priscila vai o tempo todo olhando pela janela, ela parece feliz, quando os grandes portões da mansão Caliari surgem ela dá um profundo suspiro, paro o carro.

- Em casa! - digo.

- Obrigada mais uma vez por tudo Carol.

- Não precisa agradecer, Quando tudo isso acabar, você sabe... As aulas. Espero que ainda possamos sair juntas e fazer coisas de amigas.

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