25.Com você ao meu lado

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- Você vai desistir de nós e ficar com ele?-
Ao olhar para Carol notei todo seu temor, eu tinha uma decisão difícil nas mãos, mas eu não me senti má ou uma egoísta quando minha mente formou as seguintes palavras.

-Eu te amo e nada mais irá me manter longe, eu não consigo sobreviver sem você.

Em poucos segundos estávamos nos beijando naquela sala de espera, não era um beijo cheio de urgência e desejo, era apenas o toque sútil dos lábios dela sobre os meus, essa foi a primeira vez que disse que a amava e talvez me beijar dessa maneira seja o jeito dela dizer que também me ama.

- Não importa o que aconteça, estarei
ao seu lado.- Carol diz com uma certeza
arrebatadora.

- Priscila Caliari?- Um médico de
aproximadamente 50 anos, cabelos
amarelados bem cortados e com um porte forte chama por mim.

- Sim?

- Sou o Dr. Edgar Sabino, o responsável pelo
caso do Sr. Paz.

- Como ele está?

- Foi um susto, algo que deve ser evitado, o
Sr. Paz corre sérios riscos.

- Talvez seja o caso de leva-lo para um
hospital maior e ter outras opiniões médicas.- Carol sugere.

- Está duvidando da minha capacidade
médica Senhorita?- Ele parece ofendido.

- De forma alguma, mas creio que alguém com as condições do Sr. Paz certamente fará de tudo pra se recuperar. Não acha?

- Ele poderá fazer isso aqui!

- Então está dizendo que o caso dele não é tão grave a ponto de leva-lo para outro estado?

- O caso do Sr. Paz é delicado.

- Mas, não incurável, não é mesmo?

- Eu nunca disse incurável.

- Essa é uma ótima notícia.- Dr.Sabino encara Carol com o que acredito ser um desgosto profundo.

- Bem, Senhorita Caliari, me acompanhe.

- Você vai esperar por mim?-pergunto a Carol.

- Sempre. - ela me abraça e sussurra. -
Lembre-se, não é incurável. - assenti.

Dr.Sabino me leva até o quarto de Gustavo, vejo o mesmo fitar o teto, seu corpo está ligado a vários aparelhos, assim que me vê noto um brilho frio em seus olhos, ele parece irritado, porém vejo sua expressão voltar ao modo amigável que sempre apresentou quando estava comigo.

- Como se sente?-pergunto.

- Com o coração duplamente doente.

- Gustavo, por favor.

- O que Priscila? Você resolve cancelar nosso casamento e sem razão nenhuma.

- Eu estou apaixonada e acredito que isso seja alguma coisa.

- Nós temos um sentimento de anos, sólido,
você não pode simplesmente me deixar por
algo de momento.

- Não é algo momentâneo, é real e...- suspiro. - Não quero que se altere.

- Sou um homem doente que está sendo
abandonado E você não quer que eu me
altere? Você só pode está curtindo com minha cara.

- Só quero que me perdoe, mas não posso
me casar com você, eu não faria você feliz e
também não seria feliz.

- Você está sendo uma egoísta! Seu pai deve
está muito decepcionado com você, imagine só o que Adriana irá sentir.

- Adriana sentirá apenas vergonha, enquanto a meu pai, sei o quão bom ele era, mas eu não sou como ele, tentei ser, mas eu nasci com minha própria personalidade e dessa vez não pensarei só na felicidade dos outros, pensarei na minha também. Espero que consiga me entender algum dia, desejo melhoras.- Me dirijo até a porta.

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