XIII

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Gregório observou Martino amarrado a uma cadeira velha com o corpo coberto de sangue 

- Seu patrão  inda não sabe que você está aqui - ele o perfura a perna com um punhal 

o grito de dor de Martino atravessa as paredes e ecoa por metros de distancia 

- Eu quero a cabeça dele, mas antes vou encaminhar o seu corpo enrolado na minha bandeira para mostrar como os mortos por mim chegaram até ele. Não mandarei terceiros matarei  todos com minhas próprias  mãos - Gregório sobe o punhal rasgando a perna direita de Martino, continua seu caminho por todo o corpo até degolar o homem que  braço direito de Antenor Lutero 

- Embrulhem este cadáver em uma faixa preta com o brasão Berdinazzi e enviem o corpo para aquele porco velho, sangrei o comparsa dele até a morte, e em breve o farei com ele, mas antes quero que ela sinta a perda de cada um que leva o teu sangue ou a sua honra.

Gregório limpa o sangue das mãos e deixa o galpão abandonado, estava a dias resolvendo seus negócios ilícitos entre contratações de novos seguranças e caçando cabeças indesejadas.

- Oi- ele diz tranquilo ao avistar o número de Camile no visor

- Quando você vem? Estou com saudades - ela diz com a voz sensual

- chego de viagem hoje a noite e vou para o seu apartamento

- vai dormir aqui comigo ?

- Claro, pensou que ficaria livre de mim em alguns minutos ? - ele sorriu

- Não seu bobo eu quero exatamente o contrário disto

Camile estava preocupada com o sumiço de Gregório ele mantinha seus luxos e a deixava confortável em sua vida esnobe

Mantinha uma boutique de luxo no centro de Mantova, que também era regada ao dinheiro de Gregório

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- Temos armas de verdade ? - Fred diz ao ver a coleção de armas de seu avô no escritório da família

- É a coleção de seu avô meu querido, ficam todas guardadinhas ali

- Eu posso pegar ? - ele diz curioso

- ainda não, mas quando crescer mais um pouco você vai conhecer a história de cada uma delas - Verônica o afaga os cabelos com carinho

- Vovó eu queria ir até o campo onde tem aquelas árvores grandes outra vez, posso fazer um passeio de cavalo ?

- Claro querido, mas precisamos de algum adulto para te acompanhar

- mas posso ir sozinho em meu cavalo ? - ele a olha em expectativa

- Fred acho que você precisa de um pouco mais de aulas antes de montar sozinho - Luna diz apreensiva ao perceber a aceitação de Verônica

- Não se preocupe Luna temos cavalos é bem adestrados e dóceis ,  que não oferecem nenhum risco - Domenica diz defendendo o desejo do pequeno sobrinho

- Domenica eu fico insegura, ele ainda não tem domínio da montaria  -

- Fred é um Berdinazzi, meus filhos todos aprenderam cedo a cavalgar, não vamos criar Fred diferente disto Luna, acho melhor se acostumar - Verônica diz incisiva.

- Dona Verônica eu acho que ele ainda não está preparado e....

- Já observou que para você ele nunca está preparado? Está mimando demais este menino e isto não é bom, Fred precisa ter confiança nele mesmo e só vai conseguir isto quando puder caminhar com as próprias pernas. Ele vai montar um cavalo sozinho e Domenica irá o acompanhar no passeio

- Dona Verônica me desculpe mas Fred é só um menino

- está decidido Luna, você precisa dar espaço para que ele se acostume a nova família e a criança que receberá dela - ela diz severa e vira as costas deixando o ambiente

Luna fica irritada mas não bate de frente com ela, da um beijo na testa de Fred e se vira para Domenica

- Domenica por favor cuide de Fred, e não tire os olho dele durante o passeio

- não se preocupe Luna eu cuidarei muito bem dele, minha mãe é um pouco rude porém foi verdadeira, não acha que está o super protegendo demais ? Crianças precisam aprender a caminhar com a as próprias pernas 

- Talvez vocês tenham razão, mas ainda assim tenha muito cuidado 

Fred  sorri satisfeito e acompanha Domenica pelos corredores da casa 

Luna segue para seu quarto e  observa o piano de Verônica que  estava sendo limpo por uma das empregadas da casa, ali na anti sala do quarto da matriarca dos Berdinazzi

ela se aproxima e nota que se tratava de um Fazioli, sua marca preferida de pianos 

- é um modelo clássico, eu costumava tocar a alguns anos atrás mas  faz muito tempo  que parei - Veronica diz ao avista-la namorando o instrumento musical

- Eu tocava sempre, inclusive sinto falta do meu piano é um modelo parecido com este -  ela passa o dedo sobre as teclas  

- Toque algo para nós duas então, sinto falta de ouvir uma boa música  - ela diz com um pequeno sorriso 

- Posso ?

- por favor

Luna se senta e inicia Sonata ao luar_ musica que ela havia aprendido com sua mãe ainda criança 

- Beethoven, um clássico - Verônica se senta e fecha os olhos sentindo a música adentrar seus ouvidos

Ao finalizar Luna se levanta e caminha até Verônica

- Gostaria que Fred aprendesse sobre música, mas acho que ele tem um espírito mais aventureiro e prefere a rebeldia dos cavalos, a adrenalina da natação.

- Um autêntico Berdinazzi - Verônica sorri - Luna  você é virgem ? - ela a examina com atenção

- me desculpe Senhora Verônica mas não entendi o sentido desta pergunta - ela sente o rosto corar

- Na minha juventude, isto era primordial para afirmar a honra de uma mulher, hoje em dia as coisas mudaram e evoluíram, nenhum homem se prende as tradições e a pureza não é mais um requisito para o casamento, ao contrário, quanto mais experiente mais fácil será para segurar um homem ao seu lado.

- ainda não a entendo- ela se senta um pouco desconsertada

- Eu quero que se case com meu filho e dê a ele uma família, Gregório é um homem experiente vai precisar de alguns dotes para o impressionar

Luna se levanta perplexa com o rumo da conversa

- me desculpe Senhora mas vou me retirar, este assunto não me deixa confortável. - ela caminha a passos largos

Verônica percebe o efeito de suas palavras e da um pequeno sorriso

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