Captain Myoi Sharon Mina

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Quando a noite se fez presente, as agentes decidiram que era hora de descansar. Após passarem o dia com conversas, brincadeiras e afetos, Momo sentia mais que tudo de que precisava de uma cama, e não de um hospital.

A japonesa Hirai estava em seu quarto que iria dividir com Dahyun novamente. Uma parte sua estava feliz, outra parte, nervosa. Talvez tenha sido o que o médico disse quando se recuperou, ou as flores que Dahyun havia lhe dado pela recuperação.

Será que Kim realmente gostava dela?

Esse pensamento não parava de rodar sua cabeça.

- Perguntei a Líder se podíamos ficar juntas. - Momo se virou vendo Dahyun entrar no quarto. A japonesa arrumava sua mala, tentando fingir que estava conseguindo organizar seus pensamentos e conflitos. - Tem algum problema?

- Não, de jeito nenhum. - Respondeu sincera e Dahyun sorriu indo até a cama.

- Você parece bem. - Se sentou e Momo sorriu indo fazer o mesmo, se sentando ao seu lado. - Foi um desespero, sabia? Mina unnie também não acordava de jeito nenhum, mas sabíamos que ela estava viva, agora você...

Seus olhos marejaram no mesmo momento.

- Não sabíamos nada sobre você...

- Eu estou aqui agora. - Descansou sua mão na coxa de Dahyun que olhou para o ato. - Eu não vou te deixar, Hyun.

Dahyun levantou seu olhar para a mais velha.

Ela quis sorrir, mas não conseguia. Infelizmente, tudo que conseguia sentir quando olhava Momo, era a grande dor de uma perda, mesmo que não soubesse que havia perdido.

- Eu aceitei tão fácil... - Sussurrou e Momo suspirou. - Que você não iria voltar.

A japonesa permaneceu em silêncio.

- Eu sinto muito.

- Não tem nenhum problema. - Negou com a cabeça. - Quando eu acordei, você foi a primeira pessoa que eu vi. Você nunca me deixou, Hyun, eu sei que não deixaria.

Talvez a tonalidade de Momo havia feito com que Dahyun se sentisse em um paraíso fora do mundo. A japonesa era a coisa mais fiel que o núcleo de Dahyun já havia sentido, mesmo que seja a sua primeira vez.

Momo travou ao sentir quais eram as intenções de Dahyun. Travou porque sentia o mesmo, sentia tanto desde que havia deitado seu olhar na mais nova pela primeira vez, mas nunca soube se estariam vivas ou não para descobrirem o que realmente sentiam uma pela outra.

Dahyun inclinou um pouco a cabeça pra frente, onde a ponta do seu nariz encostou o de Momo. A japonesa engoliu seco, era claro que queria, mas com Dahyun tudo parecia tão diferente, tão mais bonito, tão mais bem escrito nas histórias tortas de Momo.

Momo só teve tempo de fechar os olhos quando sentiu os lábios dóceis e macios de Dahyun encontrarem o seu.

E naquele momento, Momo só conseguia pensar que havia acordado no momento certo.

Em um suspiro, Momo juntou suas duas mãos no rosto de Dahyun que agarrou seus pulsos com força. Abrindo a boca dando espaço para um beijo mais aprofundado, Dahyun suspirou ao sentir a forma cruel que Momo a beijava.

Dahyun havia sido presa e torturada muitas vezes, mas não da mesma forma que Momo a prendia.

Momo desceu suas mãos aprofundando mais o beijo, suspirando com força ao sentir a língua de Dahyun se saborear em sua boca. Se sentia no paraíso, a forma de que a gente de Dahyun se movia conforme o movimento de seus lábios fazendo Momo respirar fortemente.

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