A mulher coreana acordou aos gritos no meio da madrugada assustando suas parceiras. Todas dormiam na sala, não queriam arriscar ter segundos longe uma da outra.Dahyun foi a primeira a levantar, mesmo mancando, pegou sua pistola em cima da mesa apontando para qualquer lugar do apartamento.
Mas Yoo Jeongyeon só estava em dor.
A coreana se debatia ainda de olhos fechados tentando sair dos braços fortes de Momo, mesmo que não soubesse quem era, Yoo Jeongyeon não queria ser pega, como ela foi.
- Jeongyeon, se acalma! - A japonesa tentava prender os braços da coreana, mas não dava em nada, pois Yoo Jeongyeon ainda os olhos fechados e gritava em bom som. - Jeongyeon, abre os olhos, sou eu, Momo!!! MOMO!!!
A coreana abriu os olhos assustada e olhou envolta.
Chaeyoung estava sentada no sofá com Capitã em seu colo, a ratazana também parecia assustada assim como sua dona, mesmo que Chaeyoung a entendesse completamente, nunca iria esperar isso vindo da agente mais competente.
Mina estava em pé com duas adagas na mão, mas sua feição não era letal, sua feição era penosa, triste e fraca, seus olhos marejados mostravam o quanto ela se importava com cada pessoa dentro daquele local. Sana também não estava diferente, a japonesa, que estava dormindo ao lado de Tzuyu, estava sentada no colchão com os olhos arregalados, tristes, e com o coração mais pesado que nunca. Assim como a militar, que não ficava pra trás.
As irmã Park também sentiram a dor, porque sabiam exatamente do que se tratava.
- Nós estamos aqui. - Momo acalmou a coreana que a fitou ainda confusa, com os lábios abertos, respiração descompassada, com medo de ser deixada. Um grande medo que nunca pensou em ter.
A coisa era que Yoo Jeongyeon andava sobre os mares sempre que via Im Nayeon. E agora não estava vendo mais, há quatro dias. Quatro dias que pareciam anos, anos de uma dor que nunca imaginou ter. Seu coração doía, seu corpo inchava pelas lágrimas cortadas pelo sua própria dor. Jeongyeon achava que sua dor a protegia, mas não sentia dor enquanto dormia, apenas sonhava.
Cada vez que sonhava, era difícil abrir os olhos.
Yoo Jeongyeon não fazia ideia de como e quanto havia se apaixonado pela sanguinária Im Nayeon.
- Você quer falar pra gente sobre o que foi o sonho? - Momo perguntou delicada, tentando acalmar a coreana. Em pé, Dahyun pôs sua pistola em cima da mesa novamente. - Dizer qualquer coisa pode ajudar você.
Yoo Jeongyeon não queria abrir seu coração, seria uma grande traição.
- Não, eu estou bem. - Sussurrou movendo levemente a cabeça, um movimento tão fraco quase impossível de ver. - Eu só vou voltar a dormir.
- Nós também sentimos falta dela, Jeongyeon. - A voz da Líder se fez presente. - As vezes eu me pergunto em qual missão estamos, pra falar a verdade.
- Você encontrou amor aqui. - Yeji completou. Jeongyeon engoliu seco e Momo se afastou sentando-se no sofá. - Ela nunca teve ninguém... talvez nem mesmo eu. - A garota expôs seus sentimentos. - Nós iremos a encontrar e trazer pra você. Talvez vocês não conheçam ela como eu conheço, mas... - Acabou por rir nostálgica. - Ela gosta de livros de romance, tenho certeza que ela adoraria viver um com você.
Jeongyeon abaixou o olhar para o lençol levemente molhado no colchão e então percebeu o quanto estava suando.
- Eu vou tomar um banho. - Se levantou sem mais delongas. - Não se preocupem comigo.
Era o que a coreana queria, mas todas ali tinha um vínculo maior do que armas e explosões.
Assim que Jeongyeon desapareceu da sala, Sana se levantou respirando fundo.
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BETWEEN 1&2
AcciónPara salvar o país de uma grande guerra, nove mulheres distintas são colocadas dentro de uma sala para discutirem o trabalho de derrubar o governo coreano. Park Jihyo, a líder da inteligência artificial coreana, se sente no trabalho de recrutar as o...