07| CASA DE APOSTAS

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Aposto que agora você sente isso,
Especialmente porque nos conhecemos
há apenas um dia
Mas eu tenho que resolver essa merda, amor
Estou exorcizando demônios
que estão por aí agora
(Swim – Chase Atlantic)

🏁

N e s t a  n o i t e  a g i t a d a  de Las Vegas, uma pessoa está amarrada a cadeira, desacordada. O sangue escorrendo do rosto do homem, mancha sua camisa social branca, que está toda rasgada e suja. Depois de muito tempo sendo interrogado devido ao desvio de dinheiro e vazamento de informações da gangue do Distrito Vermelho, o homem tem sua vida interrompida com um tiro na cabeça. O som da bala saindo da arma ecoa por todo o galpão, fazendo as pessoas que estão presentes estremecerem.

— Tirem ele daqui — A voz de Aaron soa extremamente irritada.

Depois de um longo interrogatório, Aaron começou a se estressar com o homem morto, que está sendo arrastado por um dos capangas. Aaron caminha calmamente em direção a outro homem e senta-se na cadeira à sua frente. Os olhos gélidos e raivosos, encaram o homem, fazendo ele engolir em seco e tremer de medo, implorando por sua vida.

— Por favor, eu já disse que não sei de nada — O homem começa a torcer rouco, devido ao acúmulo de sangue em sua boca e por estar com a garganta seca.

Aaron observa o homem totalmente desinteressado em seus apelos. As suspeitas sobre o desvio e as informações vazadas, confirmaram que esse homem e o outro, foram os principais responsáveis por tais ações. Implorar por sua vida, a esta altura do campeonato, é totalmente inútil.

Não há misericórdias para traidores. Não no Distrito. Todos deviam saber disso, mas parece que ainda existem pessoas que insistem em ir contra os avisos.

— Você sabe o que acontece com traidores. Então não implore por misericórdia, você é o responsável por tudo o que está acontecendo com você. Poderia ter evitado tudo isso, você sabe.

Aaron fala, enquanto gira sua faca entre os dedos.

— Mas eu juro! Eu não estou traindo vocês, me escutem. Isso tudo é um mal entendido!

O homem grita se debatendo na cadeira e tendo seus movimentos limitados por conta da corda. Aaron joga a cabeça para trás perdendo a paciência com o traidor, em um piscar de olhos, North pega sua arma que já está destravada e atira no peito do homem. Os gritos de desespero cessam rapidamente.

— Levem este aqui também.

Aaron levanta da cadeira e pega um lenço umedecido e limpa as mãos manchadas de sangue e os respingos de sangue de seu rosto. North sai da sala e caminha até uma pequena cômoda e serve com uísque.

— Paciente como sempre, irmãozinho — Ryle que está encostado na parede perto de Aaron diz.

— O que você ainda está fazendo aqui? — Aaron pergunta franzindo o cenho.

— Nada. Apenas estou entediado.

Levantando uma sobrancelha, Aaron observa seu irmão em um julgamento silencioso. Ryle revira os olhos.

— Está bem. Consegui informações sobre a gangue do Leste. Eles pretendem invadir o Distrito quando estivermos com a guarda baixa, devido as informações que foram repassadas, eles estão focados em atacar os pontos mais fracos e entrar no Distrito pelas pistas de corridas.

— Agora mais essa! — Aaron esbraveja.

— É irmãozinho, Thent não vai gostar nada disso.

— Vou ver o que posso fazer para consertar toda essa merda! — Aaron bufa. —  Mas afinal, você não está aqui somente por isso, não é?

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