17| SOMOS TODOS FUGITIVOS

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Oh, tire esse véu dos meus olhos
Meu Sol ardente vai, algum dia, nascer
Então, o que eu vou fazer por um tempo?
Disse, vou brincar comigo mesma
Mostrar para eles, agora, que estamos sem inibições
(Doin Time - Lana Del Rey)

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E m o r y  d e s l i g o u  o  c e l u l a r  e m p r e s t a d o a ela por Ryle. Após ligar para Nestla e constatar que a amiga estava bem, Rivieri ficou mais calma. A loira havia dito a Emory que após todo o caos, todos ficaram isolados dentro de casa. Alguns homens limpavam os destroços deixados para trás pela invasão que ocorrera, contudo, Nestla não soube informar qual gangue ganhou e está no comando do Distrito Vermelho. Tudo o que se sabe até o atual momento, é que todos os moradores são obrigados a ficar dentro de casa até que tudo seja resolvido e os corpos espalhados sejam pegos e enterrados ou queimados.

Por mais que Emory sentiu-se aliviada por Nestla ter voltado para casa bem, ela ainda está apavorada, há grandes possibilidades de Thent ter sobrevivido ao ataque.

Mas eu realmente espero que não.

Emory pensa desdenhosa. Caso Thent tenha sobrevivido, de nada adiantará sua fuga. A gangue do Distrito Vermelho irá procurar por eles em cada canto de Las Vegas e fora dele.

Soltando um suspiro cansado, Emory livra-se dos pensamentos negativos que começaram a rodar por sua mente. Levantando-se da cama, Emory saiu do quarto e desce até o andar do restaurante do hotel. Entrando no lugar, Rivieri recebe alguns olhares curiosos e questionadores por seus trajes. Desde ontem que ela ainda está vestida com as roupas de corridas, tirando-as somente para banhar e na hora de dormir, optando por enrolar-se em um dos roupões que estavam no quarto.

Emory olha para si e geme internamente descontente.

— Preciso urgentemente comprar algumas roupas, se não irei surtar com tantos olhares intrometidos — murmura Emory, irritada.

Procurando no salão a localização dos irmãos, ela encontra Aryan sentado em um canto mais afastado, mexendo na comida, parecendo absorto em pensamentos.

Caminhando até a mesa, Emory puxa uma cadeira e senta. Aryan levanta os olhos do seu prato e encara Rivieri, e logo em seguida, desvia o olhar.

— Onde está... — sem indícios dos outros três, Emory abre a boca para questionar, mas é interrompida pela voz desprovida de qualquer emoção de Aryan.

— Foram pegar seus documentos.

Sem saber o que dizer, Emory apenas balança a cabeça.

Um silêncio recai sobre à mesa, ambas as pessoas perdidas em pensamentos devido aos recentes eventos.

Bons vinte minutos se passam, e os três irmãos entram no restaurante, atraindo atenção de algumas pessoas. Sentando à mesa, Aaron empurra na direção de Emory um envelope.

Emory primeiramente encara Aaron e o envelope. Hesitante em abrir e revelar seu conteúdo.

Segundos se passam e Rivieri solta uma lufada de ar e abre o envelope, revelando seu conteúdo. Dentro, há documentos falsificados, que agora fazem parte da sua nova vida e algumas notas de dólares.

Encarando confusa a quantia de dinheiro, Emory olha questionadora para Aaron.

— Podemos dizer que é uma parcela da sua ex dívida voltando para você — Aaron pisca para Emory, que encontra-se estupefata.

— Você é fodidamente louco — Emory diz ainda em choque, ganhando uma risada de Tyler, sentado ao seu lado.

— Sim, com certeza Aaron é louco — diz Ryle.

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