Capítulo 23: Maliciosamente

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— Vou te ajudar, senhorita. Porém, antes eu tenho uma pergunta. Jovens como você não chamam seus respectivos parceiros com apelidos estranhos ou algo desse tipo? Vi isso hoje e fiquei me perguntando porque não me chama de coisas assim. 

Mariana congelou a risada com a pergunta, parecia estar pensando no que responder. Então, ela limpou a garganta. 

— Quer que eu te chame de 'bebê' ou 'mozão'? 

— Não! — franziu a sobrancelha — Que cafonice!

— Bom, eu também acho isso! — riu fraco e viu Ana sorrir também. — Amo quando sorri pra mim. — Mariana passou uma mecha de cabelo da loira por trás da orelha.

— É involuntário, estar com você é bom, me desperta sentimentos gostosos naturalmente. 

— Me sinto assim com você também, por isso me apaixonei e me apaixono mais a cada dia. 

Um pouco alterada, Mariana falava extremamente perto de Ana, conseguindo sentir a respiração dela em seu rosto, o que lhe causa uma leve taquicardia. Servin exercia um poder surreal sobre o corpo e a mente dela.

Pouco depois, a mais jovem afastou-se da amada e logo procurou por seu celular. De início a atitude incomodou Ana, que se sentiu trocada pelo aparelho eletrônico e por quem estivesse conversando com Mariana através dele.

— Já que você está me enrolando para subirmos, vamos dançar! 

Ao som de The Way You Look Tonight, Mariana ergueu a mão para Ana, que envergonhada, cedeu ao convite silencioso enquanto balançava a cabeça negativamente.

É óbvio que Ana sorria envergonhada naquele momento, mas também é ainda mais óbvio que ela jamais deixaria aquele momento passar e que aproveitaria a dança ao lado de Mariana.

Para se conectarem uma com a outra novamente, as duas uniram seus corpos, sentiram o doce e suave aroma de seus perfumes.

Ana encostou seu rosto no peito da amada, e com os olhos fechados, passou a acompanhá-la nos passos. 

Em meio a melodia, as mãos das duas se perdiam pelo corpo uma da outra.

— Sou péssima nisso e acredito fielmente que estou passando vergonha. — disse Ana.

— Não, você é boa em tudo que faz, lembra? — Mariana ergueu o rosto da loira para si e deixou um beijo quente e molhado em seus lábios.

 A morena realmente havia bebido bastante, então Servín acompanhou-a na bebida e virou uma bela garrafa de vinho.

Em pé no canto da mesa, Ana passou a admirar o busto de Mariana, que quando percebeu, usou isso a seu favor, deixando a alça da blusinha cair.

— Está me provocando… — Ana a encoxou enquanto ela lavava alguns morangos na pia.

— Não estou fazendo absolutamente nada, mas não posso controlar sua mente fértil que está pensando coisas enquanto estamos bebendo vinho nessa cozinha escura. — provocou.

Ana riu fraco com o tom de voz sinuoso de Mariana. A mão da loira continuou passeando pela perna da mais jovem, causando arrepios inimagináveis.

— Ana… — Mariana repreendeu.

— Podemos subir? Eu acho que a cozinha ainda deve ser preservada. — sussurrou no ouvido dela.

— Acho que não. Não me sinto capaz de subir as escadas, e como você não quer me ajudar… — Mariana fez o jogo falando em voz mansa, provocando cada vez mais. 

Ao sair de perto de Ana, a morena voltou à mesa, e lá novamente foi cercada. 

Servín a fechou com os braços, a obrigando a sentar na mesa. Após se encaixar entre as pernas da amada, ela a olhou firme nos olhos, e bem perto de sua boca voltou a sussurrar.

Me Salvaste - MaryanaOnde histórias criam vida. Descubra agora