22.

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— Isso está absolutamente incrível! Vocês combinaram suas idéias juntas e fizeram uma ótima dupla. Eu acho que estava certa sobre esse trabalho no final, não estava? — Senhora Jerome olha para mim com um sorriso orgulhoso na face.

Eu coro furiosamente, mas eu sinto uma mão pegando a minha tranquilizadoramente.
Eu viro para sorrir para minha parceira, que está tão satisfeita quanto eu, visto que nosso trabalho foi um sucesso completo.

— Obrigado senhora Jerome. — Eu pego os papéis de volta e retorno ao meu assento rapidamente, porquê os outros estudantes estão sussurrando entre si de maneira suspeita. Billie me segue e logo depois se senta. Muitas cabeças são viradas em nossa direção e algumas delas tem expressões se nojo no rosto.

O que fizemos de errado?
E se segurar as mãos foi demais?

Não.
Eu prometi a mim mesma que pararia de pensar no que o resto pensa e focar no que eu quero fazer.

Quando a aula acaba, nós nos colocámos no meio da multidão e andamos sobre o corredor escolar.
Eu esperava todo mundo olhar e sussurrar como assim como antes, mas acontece que eu não estava preparada para lidar com algo assim.
Estar em uma sala com 23 pessoas é diferente de andar por um corredor onde todo mundo pode te encarar e te julgar.

— Você tá bem? — Billie pergunta silenciosamente ao meu lado.

— Sim, eu só preciso sair daqui. — Minha voz é trêmula, mas pelo menos eu ainda não surtei.

Ela concorda e começa a andar mais rápido, sinalizando para que eu a siga, o que eu obedeci.

— Fizemos bem — Eu consigo sorrir.

— Você realmente se afeta com essas pessoas, não é? — Ela suspira.

— Sim, me afeto. Mas quer saber? Não importa, porquê eu vou me acostumar a ter pessoas me julgando pelas minhas escolas. Isso é só o ensino médio, a vida lá fora vai ser muito mais difícil. — Eu murmuro.

Ela parece não convencida, mas eu estou orgulhosa de mim por pensar assim.

— Bem, temos uma nota boa. — Ela me lembra, colocando um sorriso em seu rosto.

Eu gargalho e nego com a cabeça.
— Não importa mais.

— Não? — Ela questiona, genuinamente surpresa.

— Quero dizer, eu sou jovem. Se a única coisa que importa pra mim é a escola, quando eu vou viver minha vida? — Dou de ombros.

— Oh meu Deus, o que eu fiz com você?! — Ela ri, balançando a cabeça desacreditada.

Eu rio junto com ela, porquê ela não está errada. Ela me afetou de muitas formas, mas eu posso dizer que prefiro essa versão nova.

— Você meio que abriu meus olhos. Valeu. — Eu sorrio abertamente.

— O prazer é todo meu. — Ela responde, ainda em um estado de choque.

Ela está vestindo um suéter branco e largo hoje, e seus olhos azuis agora são bem notáveis.

— Seus olhos são azuis. — Eu afirmo, mas parece mais como uma questão.

— Por quê? — Ela questiona, seu sorriso desaparecendo.

Huh?

— Como assim “por que”? É só a cor dos seus olhos. — Eu aponto pros seus olhos.

— Você tava falando da cor de verdade.
As vezes eu esqueço que nem todo mundo pensa do mesmo jeito que eu. — Ela sorri adoravelmente. — Eu pensei que meus olhos estavam tristes.

— Oh, azul é triste. Ok. — Eu percebo.

— Mais melancólico. Acho que eu gosto desse sentimento.

— Estamos falando da cor ou do sentimento agora? — Eu sorrio para sua expressão adorável.

— É a mesma coisa para mim.

Certo.

Ela me dá um sorriso e depois muda sua atenção para os estudantes se aprontando para dirigir as suas motos. Sua pele parece fofa e perfeita. Seus lábios carnudos e atrativos. Eu me pergunto como não notei quão linda ela era.

Isso está ficando fora de controle.

— O que eu deveria fazer se eu hipoteticamente gostar de outra pessoa? — Eu deixo escapar sem pensar.

Que caralhos eu tô fazendo?

Ela vira para mim com um sorriso surpreso.
— Você tem sentimentos por alguém?

— Estou tentando ser hipotética.

— Você não está conseguindo. — Ela levanta as sombrancelhas.

— Eu nem estou dizendo que gosto da pessoa de qualquer forma. Só que eu talvez tenha algum sentimento. — Eu me defendo.

Boa. Agora se salve Jade

— Okay, então, primeiro você precisa ter certeza do que sente sobre essa pessoa. Você não quer machucar ela, quer?

Claro que não.

— Como eu faço isso?

crotchety, new, loveable - billie eilish.Onde histórias criam vida. Descubra agora