Dois caminhos!

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Nomes renomados, reputação e poder. Uma família poderosa não surge de apenas uma geração, pelo contrário, elas crescem e se fortalecem com o passar dos anos, deixando legados para filhos dos filhos e assim por diante, até que uma mera citação ao sobrenome declare o quão influente é uma família, essa que fez fortuna, alianças e até inimigos.

Muitas famílias — grandes nomes da atualidade — descendem da realeza do passado, tão fortes e ameaçadoras que são respeitadas até por grupos e outras famílias, propriamente ditas, perigosas. Facções, gangues, mafiosos sem limites, todos sedentos por mais espaço e poder, são conhecidos por seus nomes, sendo eles, também de famílias importantes do passado, ou que tenham se tornado conhecidos por atos inescrupulosos.

Dracon é um dos maiores grupos mafiosos do país, conhecidos tanto na superfície — diante dos olhos dos civis — quanto no submundo, onde o crime é profissão. Apesar de ser uma família antiga composta por numerosas gerações, atualmente mantém sua posição devido ao líder frio de pulso firme, que conduz seus aliados, mantendo-os próximos, fazendo trabalhos onde traz benefícios a todos e mantém os problemas longe.

Embora não sejam assassinos cruéis, Dracon ainda mata se necessário, o fazem para manter a ordem entre os grupos, pois se houvessem muitas desavenças e atenção desnecessária, tais infortúnios trariam perturbações indiretamente para seus negócios; sejam mafiosos ou não, se fizerem muita "bagunça", os grandes, incluindo eles, hão de interferir.

Bryan Grigory, um alfa dominante, líder de Dracon, é muito astuto e discreto, poucos o vêem em ação, mas quando ele aparece, até alfas - conhecidos por crimes terríveis - tremem diante dele. Sua presença tensa e aterrorizadora mostra quem esteve e sempre estará no topo.

Filho único do antigo líder, o alfa Fabrício Grigory, marido da ômega Eniriam Mabel Grigory, Bryan é respeitado e temido, tanto pela reputação de sua família, quanto pela própria; sem mencionar as histórias sombrias que foram obscuramente aumentadas sobre sua pessoa.

O alfa dominante perdeu a mãe aos 15 anos, quando ela viajou a negócios para a China e não conseguiu escapar de um terremoto que ocorreu na cidade em que estava. O jovem passou a ter só o pai que, apesar da realidade em que viviam, o ensinou que não existe nada bom de verdade, que não se confia em ninguém, mas que, mesmo um homem como ele, que uma vez soube o que era amor, ainda pôde ser feliz; felicidade que desejava que seu filho também encontrasse.

O pai e a mãe de Bryan haviam passado por algo extremamente raro, eles eram o que o mundo e as crenças chamam de "Destinados": um casal que nasceu para se encontrar, se conectar e ser um, para o resto da vida; o reencontro e a respectiva união de uma única alma.

A conexão instantânea, intensa, até dita como mágica, era considerada um fenômeno esquecido e já não mais possível de acontecer; um fenômeno raro que as pessoas sequer comentavam ou acreditavam nos dias atuais. Afinal, como encontrar a pessoa que nasceu especialmente para você? Era impossível, tão raro quanto ser atingido por um fragmento de meteoro. Diante a crença humana, e os males que sabiam que cometiam, eles tinham-se como não dignos para receber tal bênção. Em um mundo onde a ganância fala mais alto no coração de alguns mortais, a conexão dos Destinados tornara-se um mero conto de fadas, lembrado apenas como uma joia ou item poderoso que ninguém mais era capaz de encontrar.

O pai de Bryan viveu apenas o suficiente para ver o filho se tornar o líder do grupo, morrendo 5 anos depois da morte da esposa. Dizem que ele sucumbiu à perda e à solidão, pois se a história dos Destinados era verdade, perder a esposa abriu um buraco em seu peito, que por fim, o tragou para o túmulo.

O jovem Grigory sabia a verdade, e sobre a ligação de seus pais. Ele viu o pai definhar dia após dia, e embora visse o que os pais tinham como algo realmente verdadeiro, ele, de certa forma, sem perceber, deixou crescer um sentimento negativo em relação a história da união mística. Se a conexão de almas não existisse, Fabrício não teria sucumbido ao luto e morrido, sentindo-se só após perder sua Eniriam.

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