Conexão dos Destinados!

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Betagem pela estrelinha: brisada_6969

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Sina Florença, uma beta de 50 anos, está com Grigory há 15 anos, trabalhou para os pais e continuou com ele depois que os antigos patrões faleceram. No caminho para a mansão, Bryan havia a avisado sobre estar levando um convidado, suas condições, e que ele precisaria de um médico, tudo o que ela providenciou antes de ele chegar.

Quando chegou em casa e a situação com o beta preocupado foi resolvida, Grigory subiu com o rapaz para o próprio quarto sem dar conta disso, esquecendo que havia pedido à sua governanta para deixar um cômodo à disposição do ômega; o alfa do moreno havia falado mais alto, induzindo-o a levar o seu ômega, com claros sintomas de cio, para o lugar que julgava mais seguro: seu quarto.

Uma vez dentro, Bryan não se importou de ter se deixado levar, observando que o local estava com as cortinas abertas e bem iluminado pela luz do sol.

O moreno olhou para sua cama e inspirou o aroma do ômega, lembrando que ele podia estar iniciando o ciclo de calor e, se o colocasse em sua cama, onde seu cheiro era predominante, iria provocar o garoto, como também pensou no fato que seu quarto inteiro ficaria com o odor de Jiwon. Não era como se fosse ruim ter aquele feromônios de fragrância floral ali, porém, ele ainda estava confuso com a história de ter tido a conexão com aquele jovem, não queria simplesmente se deixar ser movido por planos que não foram seus. Ser a "alma gêmea" de Fiori não foi escolha sua e ele não tinha em mente apenas seguir aquilo. 

Ao deitar o rapaz no colchão, o alfa reparou que ele estava segurando com força sua roupa, até se estranhou por não ter desgostado da condição; também não pôde deixar de pensar que Jiwon devia ser do tipo mimado, já que grunhiu insatisfeito ao ter as mãos afastadas do agarro. 

Grigory arrumou o travesseiro sob a cabeça do ômega, tirou seus calçados e sentou ao lado dele, observando; o loiro tremia e ofegava, mas só quando ele se encolheu de lado, com as mãos em frente ao peito e abdômen, é que Bryan sentiu tristeza e preocupação; aquilo era um óbvio sinal de dor, mais precisamente causada pelo cio. 

Inconscientemente, Grigory inclinou-se sobre o rosto alheio, sentindo a respiração quente e acelerada, porém, logo afastou-se, colocando uma das mãos sobre a que estava sobre o peito do rapaz e com a outra, o virou e começou a massagear sua barriga. Seus feromônios se espalharam sem que realmente quisesse; era parte do instinto alfa tentar confortar um ômega. 

O coração de Bryan batia forte e ansioso, pensando que a qualquer instante poderia ver novamente aqueles olhos dourados o encarando ao acordar pela leve massagem de conforto.

Poucos minutos depois, como o alfa imaginava, o ômega acordou, abrindo os olhos lentamente, ainda acostumando-se com a claridade. As írises do garoto estavam douradas, entretanto, não demoraram a retornar para o costumeiro azul mesclado com lilás. Que peculiar, pensou Grigory, enquanto observava aqueles orbes tão incomuns.

Bryan não sabia o que sentir tendo aqueles olhos o encarando aparentemente curiosos e temerosos; sentindo-o estremecer, o alfa apertou sua mão sobre a que estava no peito dele e massageou com mais força sua barriga, sentindo-se satisfeito e aliviado por não ter rejeição pela outra parte. Os feromônios estavam minimizando os sintomas e Fiori devia ter entendido aquilo, tal como a atitude do alfa que o tocava descaradamente, mas com tanto carinho. Não podia negar-se aos feromônios, muito menos alegar não estar gostando da atenção e cuidado que recebia; Bryan é um homem lindo, afinal de contas.

— Quem… Quem é você? — indagou, ofegante e trêmulo, pois, à sua frente, ainda era um desconhecido.

O alfa tornou a espalhar seu cheiro com mais intensidade, porém, em nuances mais suaves, esperando manter o recém-acordado calmo para evitar escândalos desnecessários. Grigory só não esperava receber uma resposta tão positiva, esta que ocorreu quando Jiwon se inclinou para o lado, acomodando-se em contato com a mão alheia que afagava a sua.

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