Nos braços de um alfa!

12 3 0
                                    

Escritório

— Eu não consegui vê-lo direito lá no parque. Como ele é, Roger? — perguntou Naty, sentada no colo de Ivan. 

— Não prestei muita atenção, Bryan não se afastou dele desde que chegamos — respondeu, indiferente. — Achei que teria que segurá-lo quando o médico se aproximou do garoto. — Tam, que não estava dando muita atenção para aquele assunto, quase não percebeu o semblante de surpresa que manifestou-se na face de todos: era estranho, mesmo para a condição dos dois, ver Bryan — que não era do tipo super protetor, ao menos com um recém-chegado — começar a agir como um lobo feroz protegendo a cria, de uma hora para outra.

— Sério? Ele está tão possessivo assim com um desconhecido? Eu sei, eu sei, "a conexão", mas... Quem é esse e o que fez com o “senhor coração de gelo”? — perguntou Adrian, rindo sarcasticamente enquanto acendia um cigarro.

— Isso é a Conexão dos Destinados — Ivan começou a dizer, fazendo os demais o olharem. — Ela une duas pessoas, os faz se desejarem e reivindicarem posse um do outro apenas para si. É normal Bryan não querer a presença de qualquer um perto do ômega; é meramente o lado protetor dele, que nem ele conhecia, falando mais alto. Sem contar a questão de que eles não são marcados, portanto, até que Bryan entenda melhor o que está acontecendo e converse melhor com o ômega, ele vai se sentir inseguro até com a nossa proximidade.

— Até comigo? — indagou Naty, fingindo choro e fazendo bico ao encarar o marido. — Eu também sou ômega, e sou casada. — Ao terminar seu comentário, todos riram das expressões da mais nova.

— Roger não conheceu a mãe dele, apenas o fim de seu pai; os dois cuidavam um do outro... — O silêncio voltou quando Ivan prosseguiu. — Perder a mãe e assistir a tristeza do pai... Isso fez do nosso amigo o que ele é hoje; sentimentos não têm sentido para aquele alfa frio. Como algo supostamente bom poderia machucar tanto? Nosso Grigory precisa de tempo para entender tudo que deve estar sentindo.

Quarto de Bryan 

Abaixei minha mão que ainda estava nas costas de Jiwon e, lentamente, apreciando cada sensação; cada curva, levei-a até seu bumbum, afagando com firmeza, mas ainda gentilmente, tirando dele um arfar de surpresa e expectativa. Mesmo envergonhado, ele não fez nada, e eu conseguia notar que ele estremecia com meus toques, porém, mantinha-se concentrado no beijo, quem sabe, tentando não focar, por timidez, no que estava ocorrendo.

Nosso beijo tornou-se mais selvagem, mais úmido e quente, mais necessitado. Os estalos que fazíamos, mesmo que abafados, ecoavam em meus ouvidos de uma forma peculiarmente alta; o ar quente da respiração dele, roçando meu nariz, estava me incitando a avançar, a dar mais do que o ômega queria, que pedia através daquele gemidos chorosos.

Fiori, provavelmente, devido a onda de calor* que o atingiu abruptamente, estava com medo; confuso pelo que estava desejando para se aliviar e cessar a dor; fora de si, por conta do cio, contudo, ainda lutando contra os instintos, tentando não ir por um caminho que, obviamente, se estivesse bem e em sã consciência, não tomaria. Pelo pouco que descobri sobre ele, compreendo perfeitamente que ele não quer apenas se entregar à luxúria, não assim, não agora, entretanto, seu sofrimento não vai passar se não me deixar ajudar. Eu, e o alfa que sou, não consigo aceitar que ele se permita torturar-se assim. Não posso… Nego-me a deixá-lo passar por isso sozinho novamente.

Com o olhar atento, não apenas na face avermelhada do loiro e em como transpirava, mas na posição em que estávamos, movi minha outra mão, que ainda estava em sua cintura, também para sua bunda. Com um pouco de impulso, puxei-o para cima, e apesar de ter sido um um tanto bruto, com uma urgência que racionalmente eu não julgaria necessária, consegui não afastar nossos lábios; e ele, que senti encolher-se, tensionando os braços assustado, também negou-se a romper o contato, demonstrando isso ao mordiscar meu lábio inferior e apertar os olhos com força. Confesso que tive dúvida se ele não queria mesmo parar o ósculo ou se, ao movê-lo para cima, acabei estimulando seu membro; outro gemido escapou de sua garganta e, talvez, induzido pelo estímulo, revelando a falta de vergonha que até o momento não exibira, ele abriu os dedos agarrados a minha camisa, e com as palmas abertas sobre meu tórax, apoiou-se como pôde, passando as pernas uma para cada lado de meu tronco para, lentamente, afastar nossos rostos. A distância não foi considerável, Fiori não tinha forças para sentar-se corretamente e, lutando contra a fadiga, manteve a posição enquanto forçava-se para exibir aquelas lindas írises mescladas. Engoli em seco observando aquela cena, em como ele ofegava com a boca entreaberta e os olhos úmidos; como parecia tão quente…

Destinados!Onde histórias criam vida. Descubra agora