No chão — ao meio do galpão — havia dois dos seguranças de Bryan, mortos; outros dois, abaixados atrás de barris e paletes, evitando tiros de onde não conseguiam sequer identificar a direção, tentavam ir até o moreno. Haviam outros homens que foram com Roger, ambos abaixados também, esperando por ordens ou mesmo meras brechas para se moverem.
Quando a situação parecia estar se amenizando, e os disparos diminuíram, de repente, um barril rolou próximo a eles, explodindo, jogando-os para os lados. Os membros dos Azzuls, que estavam ajoelhados e amarrados, já haviam desaparecido há muito tempo.
Os seguranças, finalmente conseguindo uma chance, correram até onde Grigory e Roger estavam, verificando suas condições, ajudando-os a se levantarem e, por fim, movendo-os para fora dali.
Vendo que os bastardos estavam fugindo, ambos entraram nos carros e uma perseguição começou.
Horas depois...
O líder do Dracon e Tam estavam em pé ao lado do carro, parados em uma rua qualquer, não muito longe do centro da cidade, enquanto esperavam por informes sobre onde os Azzuls poderiam ter ido.Um dos subordinados, que estava com outros no veículo parado à frente, correu até eles e mesmo antes de dizer alguma coisa, os dois já entenderam a urgência: o que — ou quem — quer que tenha sido rastreado, não estava longe, mas precisavam se apressar.
Com o carro na estrada, o segurança explicou a situação, e antes que percebessem, já estavam na cola dos miseráveis.
Tiros ecoavam pelas ruas, assustando alguns transeuntes, veículos desviavam e até subiam no meio-fio para evitar batidas ou até mesmo os tiros.
Em plena perseguição, a 100km/h em ruas movimentadas, sangue fervendo e adrenalina a mil, Bryan sorria excitado; adorava aquilo, apesar de temer que civis fossem atingidos.
Já passam das 19 horas, muitas pessoas ainda estão a caminho de casa. Precisamos pegá-los antes que os problemas aumentem, pensava Grigory com o rosto na janela do carro, segurando um revólver, pronto para efetuar um disparo quando um de seus alvos entrasse na mira.
Ao lado de um ponto de ônibus, Jiwon mexia distraidamente no celular quando foi trazido à realidade, assustado pelos sons de tiros; os estalos eram altos, indicando que estavam próximos, e talvez por nunca ter presenciado a situação, o garçom demorou para ter alguma reação, travando no lugar ao olhar em volta, tudo passando em câmera lenta diante seus olhos.
O pânico era nítido na face do loiro e na das pessoas naquela exposta calçada. Ele podia ouvir os gritos e a correria, todos tentando encontrar um lugar seguro antes que acabassem sendo atingidos por uma bala perdida; finalmente saindo de seu susto inicial, Fiori conseguiu dar alguns passos para longe do ponto, mas não o bastante, e não vendo escolha, decidiu por se abaixar atrás de um banco de madeira que havia ali.
Pouco segundos depois que a maioria das pessoas escondeu-se ou abaixou-se atrás de algo, carros em alta velocidade passaram, trazendo com eles os vívidos tiros.
Os breves momentos em que aquela dezena de veículos pretos passou, pareceram uma eternidade para os transeuntes naquela rua, chorando e finalmente respirando aliviados que tudo havia acabado, ou era o que pensavam.
Já em pé ainda atrás do banco, o jovem dos olhos mesclados pôde ver os carros se distanciando, ziguezagueando e ainda trocando tiros; alguns homens apoiados nas janelas segurando armas.
De repente, fazendo o tempo parar para ele, Jiwon ouviu apenas o silêncio que ficou envolto a um único som: um dos projéteis, cuja distância não amenizou a eficácia, atingiu seu braço direito, enquanto ele assistia aquilo em câmera lenta, podendo até ver as gotas de sangue afastando-se de sua pele, essa que sentiu queimar no mesmo instante; com o impacto, seu corpo foi impulsionado para o lado, jogando-o contra o chão.
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Destinados!
RomanceO destino, uma força maior, invisível e incontestável que, supostamente, decide por nós, o rumo de nossas vidas; fugir, se esconder, negar ou lutar, contra ele, não há nada que se possa fazer. O porém é, as escolhas anteriores foram nossas e o "dest...