Capítulo 6~> Dia de aula

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》》Marry《《

Estava deitada na cama meio dormindo meio acordada, não me pergunte como é possível, eu só sei que é?
De repente escutei uns barulhos e me sentei na cama, em seguida passaram sombras pela janela. Que droga é essa? Só pode ser alguém fugindo pra transar, algum cara na seca com certeza.
—Que droga. Pervertidos. —Eu disse.
—Hã? —Escutei Ammy dizer.
—Relaxa, vai dormi. —Eu mandei

Que escola estúpida, meus pais me pagam. Peguei meu celular e coloquei Bring Me The Horizon para me ajudar a dormir. Depois de umas 15 músicas dormi finalmente.
Acordei com o sol a brilhar, Ammy tinha acabado de sair do banheiro enrolada em uma toalha preta e uma branca no cabelo.
—Bom dia. —Ela disse.
—Bom dia.

Ela foi se trocar e então eu fui para o banheiro. Resolvi tomar banho na água fria para despertar e também por que não queria lavar o cabelo hoje, não estava com humor para isso. Saí do banheiro e fui até o armário pegar minha roupa. Optei por uma camisa regata comprida com a Minie sendo enforcada, uma calça preta rasgada no joelho, um all star e meus óculos pretos que não fico sem.
—Vai tomar café? —Eu perguntei à Ammy.
—Acho que não e você? —Ela respondeu.
—Não, porque tenho biologia. Vai que temos que dissecar sapos o que seria legal ,mas eu vomitaria o café da manhã. —Eu expliquei
—Biologia? É minha primeira aula também. Vamos?
—Vamos. Até que você é legal, Ammy.
—Você também não é nada má.

Saímos rindo do quarto com nossas mochilas em direção a sala de aula. Alguns alunos saiam do refeitório correndo com medo de se atrasar, outros ainda iam comer e nós fomos com calma. Eu não ligava se chegasse atrasada, nunca liguei por que ligaria agora?
Entramos na sala e nós sentamos no fundo. Ammy sentou a minha frente perto da janela e eu atrás dela. Os alunos iam entrando e reconheci alguns que vi ontem, principalmente os pés no saco de Christopher e Jev.
—E aí gata. —Christopher disse, se sentando ao meu lado.

Meu Deus como eu te agradeço por essa sala não ser de parceiro mas, mesmo assim ele se sentou na cadeira ao lado da minha.
—Fala, pé no saco.
—Tão doce.
—Sempre. —Eu sorri

Uma mulher parecendo ter 60 anos entrou na sala, ela deveria ser a professora. Mais uma velha.
—Bom dia classe. Estamos começando o semestre e espero que sejam comportados como no outro. Não vou tolerar nada que atrapalhe minha aula, se atrapalharem já sabem as consequências. Abram o livro na página 141 e vamos começar a aula.

Que professora educada, não disse nem o nome. Já sei como vou chamar ela. Sra. Hemorróida.
A aula estava tão intediante, os minutos pareciam horas. Então vejo um papel sendo colocado na minha mesa pelo senhor EI-ME-ACHO-O-GOTOSO-DO-PEDAÇO.

"O que acha de ir até o meu quarto hoje?"
"Adoraria..."
"Mesmo?"
"Você não deixou eu terminar de escrever, eu quis dizer adoraria não ir"
"Você ainda vai gemer meu nome"
"No meu pior pesadelo sim"

Ele mandou o papel de volta,mas eu não quis responder apenas o joguei no chão. A professora percebeu e ficou a nos olhar então me abaixei e peguei o papel antes que ela pegasse.
—Belos peitos. —Ele sussurrou.
—Vai se foder. —Sussurrei de volta.
—Te foder? Só se for agora.

Revirei os olhos e resolvi prestar atenção no lado de fora já que a aula estava muito chata.
A aula de biologia tinha acabado e estávamos na de matemática. Era dada por um professor chamado John, John Davinew. Por incrível que pareça a aula estava mais chata do que a outra.
—Ah, professor eu posso ir ao banheiro? —Foi a única desculpa que eu consegui inventar.
—Pode. Não demore por que essa matéria é importante. —Ele advertiu.

Saí da sala aliviada pois estava com tanto tédio que iria dormi. Caminhei até o banheiro e ao entrar ouvi gemidos, quando cheguei à parte dos sanitários tinha um casal de garotas fazendo sexo encostado a parede. Eu fiquei abismada, tipo por que não ir para um quarto?
—Gata, quer vir também? —A garota que estava encostada a parede perguntou.
—Ah eu não jogo nesse time. —Disse e saí correndo do banheiro.

Estava quase chegando a sala quando o sinal tocou e todos começaram a ir para o almoço. Entrei na sala para pegar minhas coisas, lá tinha um garoto terminando de anotar algo no caderno, até que daria um caldo.
—Oi. —Ele disse atrás de mim.
—Oi.
—Prazer sou Josh.
—Marry.
—Belo nome.
—Não venha com cantadas baratas, apenas me beije.

Nunca gostei de ser cantada, se quer me beijar,beije logo antes que eu desista. Saí da sala e ele veio atrás de mim, ele segurou meu pulso me fazendo girar e ir de encontro ao seu tórax musculoso.
—Agora sim, cara com pegada é melhor. —Eu disse.

Ele me puxou mais pra perto e começamos o beijo. Nossa, que cara quente, enquanto ele me apertava contra ele eu mordia seus lábios e os sugava. Muito bom. Terminamos o beijo e eu fui para o refeitório, bem nós fomos por que o cara me seguiu e fez questão de segurar minha bandeja. Vish mais um que vou ter que dar o fora.
Nos sentamos em uma mesa perto da janela onde só tinha nós e uma garota que já estudava aqui pelo que parece e uma garota nova, já que ela não parava de fazer perguntas.
Eu mordiscava um pedaço de bolo já que não tinha tanta fome e já estava entediada de novo, quando escutei algo que me chamou atenção.
—Na década de 60 aqui não era uma escola como é hoje. era um manicômio. Tinha uma mulher que sempre ficava em uma cela separada por ser mais violenta e em belo dia ela conseguiu sair...Ela matou quase todos no prédio e depois se suicidou. Este lugar é assombrado, por isso tem gente que escuta barulhos a noite e vê sombras por aí...

Antes que ela terminasse eu me levantei e fui correndo pro corredor, me sentei no chão e comecei a pensar se isso era real ou não.

Medo do escuroOnde histórias criam vida. Descubra agora