Capítulo ~>20 Desespero

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Meu Deus, demos de cara com a parede. O que vamos fazer? Vamos morrer...morrer.
—Não tem saída. Não tem saída. —Eu gritei tentando segurar as lágrimas.
—Vai ficar tudo bem. —Chris disse.
—Vai mesmo. Nós vamos morrer. —Eu disse.
—Se for para morrer que seja com quem você ama. —Ele disse.

Mesmo no escuro percebi que ele olhava para baixo enquanto dizia. Aquelas palavras por mais estranho que seja algo relacionado a mim falar de amor me acalmou.
—Oh Chris— Cheguei perto dele e dei um pequeno celinho, agarrei sua mão apertando com força e chegando mais perto dele.—Droga o que vamos fazer agora? —Eu perguntei
—Espera aí. Cadê os outros? —Ammy perguntou.
—Covardes. Com certeza eles voltaram. —Jev disse.
—Vejam pelo lado bom, só nós quatro como planejamos antes. —Chris falou.
—Chris isso não é bom. Os outros provavelmente morreram. —Eu falei.
—Só quis dá uma animada. —Ele disse passando o braço pelos meus ombros.
—Que droga. —Ammy disse começando a socar a parede.

Ammy quando fica brava costuma destruir coisas e eu acho que ela poderia destruir essa parede se tivesse só mais um pouquinho de raiva.
—Droga! Droga! —Ammy gritava
—Amor..—Jev falou

Ela batia cada vez mais e com mais força e então do nada se ouve um estalo. Todos paramos e olhamos para o túnel. Não tem nada, apenas nós. O estalo soa de novo e quando levanto o olhar a mulher do escuro está a nossa frente nos encarando como se fossemos ratos de laboratório e ela o cientista que ia nos estudar com técnicas novas e dolorosas.
—Aaaaaah. —Todos soltamos gritos de susto.

Nós fomos nos encostando no final do túnel, e encostando até que estávamos completamente encurralados.
E então ela faz o esperado, vem em nossa direção para atacar. Eu fecho meus olhos e começo a gritar com medo de morrer.
Dizem que quando Você está prestes a morrer sua vida passa pelos seus olhos. Comigo se passou cada coisa que eu aprontei, desde a primeira escola quando eu coloquei tinta nas coisas da diretora na pré-escola até a última que foi com o filho do diretor. Pobre Greg, eu o magoei e tantos outros que nem me dei ao trabalho de gravar o nome.
Então senti a parede atrás de mim ceder, Pensei que tinha morrido mais uma luz forte tomou minha visão me fazendo abrir os olhos.
—Isso é impossível—Ouvi Chris

Estávamos do lado de fora. Estava amanhecendo. Espera, nós conseguimos, estamos livres.
A mulher do escuro não estava mais lá, apenas nós quatro. Conseguimos sair, eu não acredito. A parede cedeu nos derrubando de costa no chão e nós tijolos mais foda -se estamos vivos.
—Ai meu Deus. —Ammy diz começando a chorar.
—Conseguimos Ammy!!—Abracei ela

As barreiras de Boston estão logo a nossa frente, o sol esta a nascer formando uma linda vista no logo e eu não consigo fazer nada. Eu quero me levantar mais não dá, o estado de choque ainda não passou.
—Estamos livres. —Jev cai de joelho gritando.

Chris vem me abraçar e só aí eu consigo voltar a mim e perceber que eu estou viva. Que tenho uma vida pela frente com três pessoas incríveis ao meu lado.
Ammy e Jev se juntam ao abraço e assim ficamos em um abraço grupal felizes por estarmos vivos.

Saímos andando pelas ruas, de mãos dadas, Sinto pena, pensando em todos que morreram lá. Todos que deixamos
—Hey, não fique assim. Não foi nossa culpa—Chris falou
—Tudo bem—Sorri
—Ar Puro! Liberdade Porra!!—Ammy saiu correndo

Jev correu atrás dela e nós os seguimos. Correndo pela estrada como um grupo de lunáticos. Na verdade, parecia um grupo que acabou de escapar da morte.
—Uhuul!!—Jev pegou Ammy no colo e à beijou

Chris me olhou e eu pulei no colo dele. O beijando como se não houvesse amanhã, e quase Não houve mesmo
—Você é minha. Para sempre—Ele falou
—Sua..—Falei

Jev e Ammy se giravam no ar e nós assistiamos
—Eu te amoo Jeev!!—Ammy gritou
—Eu te amoo Ammy!!—Jev respondeu

Saímos correndo em direção a cidade, felizes e alegres. Deixando todo o horror para trás, bem para trás.

Medo do escuroOnde histórias criam vida. Descubra agora