Capítulo 2~> Internato

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》》Marry Wintens《《

Mais uma tarde comum em Los Angeles. O sol está entrando na sala enquanto olho entediada a cara do Sr. Hwig,  nosso diretor. Estou feliz em dizer que não houve um dia no meu histórico escolar em que não fui para a sala do diretor, não importava a escola (considerando que já passei por mais de 30), não importava as regras eu sempre estava lá. Meus pais já perderam a esperança em relação a mim e eu também, já que é inevitável seguir estúpidas regras e tirar boas notas e ser uma boa filha e blá blá blá...
—O que houve dessa vez Marry? —Meu pai quebrou o silêncio da sala.
—Nada demais. —Dei de ombros.
—Nada demais senhorita Wintens? Sua filha colou uma colega na cadeira e quando a professora a mandou à direção ela fugiu da sala e foi encontrada no vestiário masculino aos beijos com um garoto que nem sequer estuda aqui. —Disse Sr. Hwig
—Primeiro aquela estúpida me chamou de piriguete atrevida, eu apenas lhe devolvi o insulto. E o garoto é o Greg, reconhece o nome Sr. Hwig ? —Eu digo segurando o riso.
—Você está ensinuando que estava com meu filho? Impossível, a essa hora ele está na faculdade. —Sr. Hwig  ri nervoso.
—Sinto lhe informar mas, ele não está lá. Talvez chegue em casa e ele esteja lá tomando chá por quê eu sei que ele detesta café. E se quiser mais uma confirmação olhe seu pescoço no qual dei um chupão e também veja sua blusa que está com a marca do meu batom. —Digo vitoriosa.
—Já chega! Sr. Wintens, sua filha está todo dia na minha sala aprontando todas e agora tira o meu filho da faculdade para ficar com essa agarração...
—Espera aí, ele veio aqui sozinho. Eu não peguei ele a força e o obriguei a dirigir de New York até aqui. —O interrompi em minha defesa.
—Não importa. Cansei disso. Você está expulsa. —Amo escutar essas palavras.
—Trigésima primeira escola aí vou eu. —Digo sarcástica.
—Sr. Hwig sinto em lhe informar mas não precisa a expulsar. Eu e minha mulher estávamos analisando umas possibilidades e eu vim aqui, além de ver o que essa criatura fez, pedir a transferência dela. —Meu pai disse.
—Espera aí, transferência? Vocês vão me mandar para onde? Idiotas, i-d-i-o-t-a-s é isso que vocês são. —Eu gritei.
—Marry cale-se. Já está decidido. Agora vá para o carro e me espere lá enquanto eu converso com o Sr. Hwig —Meu pai mandou
—Ótimo. —Me levanto, soltando fogo pelos palavrões que estou preferindo

Fui para o único carro que está no estacionamento já que as aulas se acabaram há 30 minutos. Que inúteis, vão me transferir e nem me avisam. Meu celular toca e vejo o nome de Greg na tela.
—Fala, gato.
—Você foi pega, não foi?
—Sim.
—O que deu?
—Expulsão e não expulsão.
—Como assim?
—Seu pai me expulsou ,mas meu pai disse que já ia me transferir, então não faz diferença.
—E para onde você vai? Como fica nós?
—Gato, eu não sei para onde vou e não existe nós, apenas ficamos e tal mas eu não quero mais nada.
—Você está me dando um fora?
—É essa a idéia.
—Isso magoa sabia? Não vai rolar nem despedida?
—Greg eu não quero mais te ver okay? Ficamos? Sim. Transamos? Sim. Mas foi só isso, já passou. Acabou, okay?
—Mas eu te amo.
—Greg a gente se conhece há um mês. Você acha que me ama, mais nada. Eu acho que você devia voltar com a Polly, ela sim gosta de você.
—Eu te odeio, Marry.
—Também gosto de você, Greg. Beijos. Até nunca mais.

Desligo o telefone e me sinto culpada por dar outro fora nele. No total foram 3 mas sempre ficava com dó dele e deixava rolar por mais um tempo, mas chega, ele é muito grudento.

—Marry quando chegar em casa arrume suas coisas por quê você vai para um colégio interno em Boston—Meu pai diz, quando já estamos a caminho de casa.
—Como assim? Eu não vou pra Boston.
—Ah você vai. Eu e sua mãe pensamos muito e já está na hora de isso acabar.
—Ótimo. Amanhã eu serei expulsa mesmo.
—Hahaha já conversei com o diretor, contei tudo que você fez e ele disse que já viu coisa pior. Fique tranquila, você irá se formar lá.
—Eu nunca fiz nada demais pai. Isso é injusto. Que droga. Eu vou quebrar esse carro. —Eu já estava nervosa, de novo.
—Nunca fez nada? Que tal começarmos por semana passada? você brigou com a sua professora e fez ela ir ao hospital. Brigou com uma menina no primeiro dia de aula por que ela pegou sua borracha do chão e por você ter faltado 2 meses de aula—Meu pai citou uns acontecimentos sem importância.
—Aquela professora era velha e irritante, eu não sou alejada portanto posso pegar minhas coisas do chão e os meses sem ir à escola é por que não tinha nada importante—Me defendi.
—Mais nenhuma palavra. —Ele disse.

Chegamos em casa e ele veio atrás de mim me mandando arrumar minhas coisas e sabe o que eu fiz? Arrumei tudo, estava cansada dessa casa, dessa vida, dessas pessoas, então arrumei tudo.
No total foram 4 malas e uma mochila, fui ao banheiro e tomei um rápido banho. Coloquei minhas roupas de sempre, um short rasgado, uma blusa decotada pra mostrar minha tatuagem já que vinha a escondendo há 6 meses, mas agora não tem necessidade, um cuturno e um óculos. Peguei minhas coisas e fui até a sala onde meus pais me esperavam para me levar.
—Que coisa é essa no seu pescoço e nos seios? —Perguntou minha mãe indignada.
—Uma tatuagem não está vendo? Vamos logo pra essa escola, porque não estou com paciência.

Entrei no carro sem dizer nada, meus pais começaram a brigar comigo por causa da tatuagem e diziam que isso poderia ser diferente, eu apenas peguei meus fones e comecei a ouvir Black Veil Brides enquanto eles tagarelavam no caminho.

A música Revelation me fez lembrar meus traços, tenho cabelos castanho ondulados, olhos escuros, pele clara e nem alta ou pequena. Tenho 16 anos, me irrito facilmente, detesto rosa e tudo ligado à essa cor demoníaca. Curto rock e amo me vestir com roupas rasgadas, pretas e cinzas. Toco violão mas quebrei ele sem querer, então tenho que descolar outro, gosto de correr pra esquecer os problemas e de vez em quando fumo um cigarro ou tomo bebida alcoólica. Essa sou eu, meu Deus como eu sou perfeita

Medo do escuroOnde histórias criam vida. Descubra agora