CAPÍTULO 4 - A ARTE DE RESOLVER PROBLEMAS

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Nossas bagagens, diferenças de personalidade, gostos, expectativas etc., preparam o palco para os problemas aparecerem no relacionamento. Quando eles aparecem e você não sabe como lidar com as diferenças, ficam mal resolvidos e o casamento se deteriora. 

Se nada mudar, dentro de poucos anos o divórcio acontece. A propósito, o que é o divórcio senão uma maneira de fugir dos problemas conjugais que o casal nunca conseguiu resolver?

Casais que se amam acabam se separando, ou vivendo juntos como dois estranhos dentro de casa, porque não conseguem resolver os conflitos no relacionamento. Na verdade, o que insistem em tentar fazer é mudar a outra pessoa. 

Pensam: "Se eu conseguir fazer com que meu marido/esposa seja como eu, então os problemas estarão resolvidos." E aí criticam, acusam, apontam os erros um do outro, enquanto se defendem e justificam suas atitudes. Ficam dando voltas sem chegar a lugar algum.

Quando um finalmente cansa dessa insanidade, decide separar. Viver feliz no casamento é uma arte — a arte de resolver problemas. Existem pelo menos sete bilhões de problemas no mundo hoje – cada ser humano tem pelo menos um, provavelmente muito mais. Ainda assim, todos nós estamos aqui, sobrevivendo apesar deles. 

Alguns nós conseguimos resolver, já com outros aprendemos a conviver até que encontremos a solução. Problemas fazem parte da vida. Quem é mais hábil em resolver problemas tem mais sucesso; quem é menos fracassa mais. No casamento não é diferente. Se você quer blindar seu casamento, deve começar com a decisão de se tornar um expert em resolver problemas.

Note: resolver problemas, não resolver pessoas. O seu foco tem que ser resolver o conflito entre vocês, mudar a situação, e não lutar contra a outra pessoa. É um erro achar que pode resolver a outra pessoa, mudá-la a seu gosto. Você não somente não o conseguirá, mas acabará achando que o problema é a outra pessoa e que, portanto, você deve se separar dela e encontrar outra. 

Quer dizer, você não aprendeu a resolver problemas no primeiro casamento, parte para o segundo sem essa habilidade, encontra os mesmos e ainda outros problemas, e continua fracassando no casamento. É de surpreender que o índice de divórcio para quem casa pela segunda, terceira vez ou mais só vai aumentando?

Nosso método é mais eficaz: ajudá-lo a enxergar o verdadeiro problema, encontrar a raiz, eliminá-lo e evitar que volte. Uma das coisas que nos intrigou foi descobrir que o índice de divórcios não varia muito entre pessoas de orientação cristã e pessoas não religiosas. A crença em Deus, o autor do casamento, parece não ser suficiente para evitar que uma pessoa se divorcie. Isso é no mínimo curioso, pois se há um grupo que deveria ser mais hábil em manter o casamento, esse grupo é o das pessoas que creem em Deus. 

Mas por que isso não acontece? Porque a maioria dessas pessoas não consegue ou não sabe como aplicar seus conhecimentos teóricos sobre amor no dia a dia de seus relacionamentos.

Uma coisa é eu saber que Deus é amor. Outra coisa é saber o que fazer quando a pessoa que eu amo mente para mim, por exemplo. O cristianismo de uma pessoa começa a ser realmente provado quando ela entra no casamento.

ESPELHO, ESPELHO MEU

O casamento nos serve como um espelho. Quando se arrumou hoje de manhã, você olhou no espelho no mínimo umas cinco vezes (se você é mulher, umas vinte...) 

Por que olhamos no espelho sempre que temos a oportunidade? Porque nossos olhos não conseguem nos dar uma visão clara de como parecemos para quem nos olha. Se não existissem espelhos nem câmeras de foto ou vídeo, nunca saberíamos como é o nosso rosto, nem algumas partes do nosso corpo, especialmente atrás (apesar de alguns não acharem isso uma má ideia). Mas graças ao espelho podemos ver uma reflexão fiel de como somos, inclusive nas partes ocultas aos olhos.

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