Perdão

93 13 3
                                    

Chegamos na casa de Maddy e Eddie decidiu que iria passar a noite por lá com a gente. Já estávamos de bem, deveríamos estar. Depois de um ato heróico desses eu seria louca de não o perdoar, ele salvou a minha vida.

Eddie quis limpar o ferimento na minha cabeça que doía muito. Foi uma pancada bem perto da testa, aquele filho da puta me acertou em cheio.

-Calma, tá? Vai doer um pouco. -Disse Eddie passando um paninho no ferimento pra limpar o sangue. -Você se sente bem agora?
-Claro que sim.
-Que bom. Me desculpa por tudo que eu fiz, eu me descontrolei um pouco e você acabou sabendo da verdade da pior forma.
-Não se preocupa, Eddie. Já tá tudo bem. Só me promete uma coisa, nunca mais vamos esconder nada um do outro, fechado?
-Fechado.

Eddie me deu um beijo, foi um beijo tão bom. Nosso "momento fofo" acabou sendo interrompido por Maddy, que estava um pouco assustada com tudo que tinha acontecido.

-Eu ainda tô sem acreditar no que aconteceu. Elodie filha daquele homem? Casamento forçado? Eu matei aquele homem? Meu Deus, minha cabeça vai explodir!
-Fica calma, Maddy. Senta aí. -Disse eu, já que ela ficava andando pela sala sem parar.
-Será que eu matei mesmo ele? Eu nunca matei ninguém. Agora eu tô com peso na consciência, mas bem que ele mereceu.
-Seria melhor fazer uma denuncia anônima pra polícia, o que acham? -Perguntou Eddie.
-É uma boa ideia.
-Tá mas, e se perguntarem o que eu tava fazendo lá? Vai parecer suspeito.
-Depende do que você disser pra eles. Diz que tava fazendo caminhada noturna com uns amigos e quiseram se aventurar pra lá.
-Bem pensado, Eddie!

Maddy foi até o telefone e discou o telefone da polícia.

-Polícia de Hawkins, em quê podemos ajudar?
-Oi, eu queria fazer uma denuncia anônima.
-Prossiga.
-Eu estava com uns amigos fazendo caminhada noturna próximo do antigo laboratório de Hawkins e lá a gente achou um homem com um ferimento na cabeça, como se tivesse levado uma paulada. Teria como mandar uma viatura pra saber se aquele homem tá bem?
-Certo, encaminharemos uma viatura ao local. Tenha uma boa noite.
-Boa noite. -Maddy colocou o telefone no lugar. -É, agora é só esperar.

Maddy se sentou conosco no sofá e pegou na minha mão.

-Você se sente melhor?
-Agora sim. Eu agradeço muito a vocês dois por terem vindo atrás de mim. Aliás, como adivinharam que eu estava lá?
-Eu percebi que você tava demorando e deduzi que talvez estivesse com Eddie, aí eu liguei pra ele mas ele disse que não tava com você. Então fomos até o ferro velho pra ver se você tava bem, aí quando chegamos lá só tinha a sua moto e uns pingos de sangue perto dela.
-Da pancada que eu levei. Velho imundo.
-Aí Maddy disse que você gostava muito de explorar os lugares e eu lembrei que o laboratório de Hawkins é perto do ferro velho. Imaginamos que você tivesse ido pra lá.
-Ainda bem que vocês pensaram isso. Mas eu definitivamente não iria pra um lugar como aquele naquela hora. -Todos nós rimos. -Gente, vamos dormir? Eu tô muito cansada. Eddie, já terminou aqui?
-O ferimento não foi tão profundo, só um curativo resolve isso. Você tem um curativo aqui, Maddy?
-Tenho sim, só vou ali buscar.

Maddy foi até a cozinha pegar um curativo, me deixando a sós com Eddie.

-Você fez enfermagem?
-Não. Eu só me machucava direto quando era adolescente e acabei aprendendo sozinho a me curar. Eu sempre fui sozinho na minha vida, Lizzy. Eu só tinha meu tio comigo, e agora eu tenho você. Eu te amo tanto, minha princesa.

Eu e Eddie nos beijamos e então Maddy chegou na hora.

-Opa! Cheguei numa hora errada. Aqui o curativo.
-Relaxa, Maddy. -Eddie pegou o curativo e pôs na minha testa.

Fomos então nos deitar, eu precisava dormir. Maddy foi pro quarto dela e Eddie dormiu no meu quarto comigo. Amanhã a gente saberia o que ia acontecer.

Continua...

Um amor para Eddie Onde histórias criam vida. Descubra agora