No hospital

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Fomos a caminho do hospital e minha boca não parava de sair sangue, eu já tava desesperada, Eddie também. Na real ele tava mais que eu. A toalha que eu tava usando pra limpar o sangue de azul tava toda vermelha.

Chegamos no hospital e Eddie me puxou correndo até lá. Maddy e Isac vieram atrás da gente.

-Oi senhora, tudo bem? -Eddie perguntou pra recepcionista- a minha esposa cortou o lábio e eu acho que vai precisar de ponto, tinha como arrumar algum enfermeiro urgente? Tá saindo muito sangue.
-Eddie, calma! Tá tudo bem.
-Desculpa Lizzy, é que eu tô nervoso.

A recepcionista viu o desespero de Eddie e então disse:

-Acalme-se rapaz, eu vou chamar um enfermeiro aqui e vamos ver o que ele vai fazer. -Ela então ligou o microfone que ficava na bancada dela e disse -Chamando o enfermeiro Martin Gardoff na recepção, chamado o enfermeiro Martin Gardoff na recepção. -e desligou o microfone. -Enquanto ele não vem, vão preenchendo essa ficha.

A recepcionista me entregou um papel em uma prancheta com uma caneta. Eu ia escrever mas Maddy pegou e escreveu por mim. Não demorou muito até que o enfermeiro chegasse.

-Olá, eu sou o enfermeiro Martin Gardoff, pela sua situação você que tá precisando de ajuda. -Ele disse apontando pra mim. -Vamos até a sala de operações.
-Eu posso ir também? -Perguntou Eddie.
-Pode sim.
-Fiquem aqui, tá? -Eddie disse pra Maddy e Isac.

Fomos até a sala de operações. Chegando lá eu me sentei na maca e Eddie não saia do meu lado. Ali eu me lembrei dele ter dito "a minha esposa" ao se referir a mim pra recepcionista. Eu me senti com uma moral do caralho.

-Como você conseguiu isso, senhorita? -perguntou o enfermeiro me interrompendo de meus pensamentos.
-Uma briga. Eu levei um soco e aconteceu isso.
-Ah mas você deu outro de volta, não deu? -Perguntou o enfermeiro rindo.
-Óbvio. Dei um bem no queixo de baixo pra cima que deixei ela desacordada.
-Ótimo, agora você vai não falar mais nada porque eu vou limpar aqui. Se quiser falar alguma coisa, levante a mão. Certo?
-Certo.

Ele pegou uma gaze e colocou um líquido que eu suspeitei ser soro, ou não pois aquilo ardeu um pouco. O enfermeiro analisou o machucado e disse.

-Como eu imaginei, vai precisar de uns pontos. Mas só uns três. Agora eu vou aplicar a anestesia pra você não sentir nada.

Na hora que ele aplicou a anestesia, e doeu pra porra, eu segurei com força na mão de Eddie. Eu tinha um medinho de agulhas, isso desde criança.

-Tá tudo bem, eu tô aqui com você meu amor.-Disse Eddie baixinho limpando algo no meu rosto que seria... Uma lágrima?

Por Deus, eu tava chorando?

O enfermeiro começou a "costurar" a minha boca e eu não sentia nada graças a anestesia. Como ele disse, levou só três pontos. Ele colocou um pedacinho de gaze com esparadrapo pra não entrar nenhuma sujeira.

-Prontinho. Vai ficar um pouco roxo nos primeiros dias, isso é normal. Você só não vai poder comer alimentos carregados como camarão, abacate, alimentos industrializados e embutidos, Fast Good, fritura e soja, mas só por 15 dias. E daqui a 15 dias você volta pra tirar os pontos. E lembre-se de limpar todos os dias com soro fisiológico. Está liberada.
-Obrigada, senhor.

Quando íamos saindo, o enfermeiro nos interrompeu:

-Antes que saiam, eu tenho uma dúvida.
-Pode dizer, senhor.
-Vocês por acaso estavam numa festa na piscina?
-Sim. -Respondeu Eddie.
-Na casa dos Harrington?
-Sim. -Respondeu novamente Eddie.
-Ah. Meu filho também estava lá.
-Quem era o seu filho? -Perguntei ao enfermeiro.
-Loius Gardoff.
-Aaaah, lembro dele. O senhor se lembra de mim? Eu sou Elizabeth Marckie.
-Não. Me desculpe. Mas era só isso mesmo agora você pode ir.

Saímos da sala, eu com estava de mãos dadas com Eddie. Fomos até a recepção onde estavam Maddy e Isac, nervosos.

-E aí?
-Levei três pontos. Mas daqui a 15 dias eu volto pra tirar esses pontos. Vamos pra casa agora? Eu preciso de um banho.

Fomos todos pra casa, amanhã seria um dia importante.

Continua...

Um amor para Eddie Onde histórias criam vida. Descubra agora